Seguradoras pagaram 1.263 milhões pelos sinistros do ramo automóvel em 2021

  • ECO Seguros
  • 7 Fevereiro 2022

Os custos das seguradoras com sinistros do ramo não Vida regressaram ao nível pré-pandemia. Dois terços do que foi devolvido aos segurados em 2021 indemnizou acidentes na estrada.

Os custos das companhias com sinistros de seguro direto cresceram 9%, ultrapassando 11,6 mil milhões de euros em 2021, evidenciando maior encargo no ramo Vida, onde os pagamentos rondaram 8,27 mil milhões de euros, quase 900 milhões de euros mais do que no ano anterior, embora desacelerando a variação anual (+27% em 2020, para +12% em 2021).

No negócio de não Vida, as seguradoras a operar em Portugal (nacionais e sucursais da UE) pagaram mais 2% pelos sinistros no ano passado, invertendo quebra de igual amplitude em 2020. No ano passado, as companhias que operam em não Vida desembolsaram 3,37 mil milhões para responder às queixas dos segurados, com destaque para o aumento de custos em Automóvel e Doença.

Com base nos dados da Autoridade de Supervisão do setor (ASF), comparando os dados do segundo ano de Covid-19 com o último do período pré pandemia (2019), o aumento aproximado de 100 milhões de euros nos gastos do setor segurador com o risco Doença compensou a quebra verificada nos custos com sinistros de Trabalho.

Dos três ramos que mais pesam nos encargos das companhias, os acidentes de trabalho custaram menos 43 milhões de euros, enquanto a subida mais expressiva (18%) registou-se no risco Doença, pelo qual as seguradoras devolveram aos segurados mais 116 milhões do que em 2020. Nos acidentes de Trabalho, que representam terceira parcela mais elevada não Vida, a fatura das seguradoras baixou 6%, talvez refletindo ainda menor atividade laboral.

No ramo automóvel, o que gera maior receita em volume de prémios para indústria, os custos com sinistros alcançaram 1 263 milhões, mais 3,2% do que em 2020, mas ainda distante do valor de 2019. Do total gasto em sinistros auto, as seguradoras nacionais desembolsaram 1,04 mil milhões, enquanto as operadoras sucursais da UE gastaram os restantes 222,4 milhões de euros, segundo estatísticas da autoridade de supervisão.

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