Portuguesas Automaise e CBR Genomics vão ao pitch global do Zurich Innovation Championship

A Automaise e CBR Genomics foram as vencedoras nacionais da 3.ª edição do Zurich Innovation Championship, concurso em que o grupo segurador global promove a transformação, inovação e disrupção no setor dos seguros.

A Zurich Portugal está a trabalhar com as duas startups portuguesas – concorrentes nas categorias Simplificação e Reimaginar os Seguros – que, em março, apresentarão credenciais na fase de pitch global da corrente edição do concurso global Zurich Innovation. “Selecionámos dois projetos bastante distintos, mas com enorme potencial de escala ao nível global. As duas startups apresentaram soluções muito interessantes e inovadoras que podem não só melhorar a qualidade de vida das pessoas, como a eficiência do setor segurador. Para nós é muito gratificante poder aprender e colaborar com estes projetos que podem influenciar, e muito, o futuro das empresas e da sociedade”, refere António Bico, CEO da Zurich em Portugal.

A Automaise, criada em 2017 e baseada em Braga, apresentou uma solução para tratamento e gestão dos pedidos e solicitações submetidas diariamente às seguradoras, por parte dos clientes, parceiros ou prestadores. “Estes pedidos podem estar associados a várias tipologias de seguros e consistem em solicitações que requerem uma avaliação individual, que levará à decisão do segurador no sentido de aprovar ou rejeitar. Estes processos implicam diversas dimensões de análise, vários níveis de aprovação, intervenção direta de profissionais especializados e, por estes motivos, são morosos e têm custo associado elevado”. A solução da Automaise introduz automação nestes processos de análise e decisão, explica a Zurich .

O projeto apresentado pela CBR Genomics, startup da área MedTech nascida em 2012 e sediada em Cantanhede, responde a um problema que, “embora pouco divulgado, é de enorme impacto: uma em cada seis pessoas tem no seu ADN uma alteração genética responsável pelo desenvolvimento de doenças e cujo conhecimento atempado traz enormes benefícios para a saúde,” observa a seguradora.

A terceira edição do Zurich Innovation Championship “foi a mais concorrida de sempre”, com a submissão de 2672 candidaturas em todo o mundo. As 42 startups que enviaram candidatura para a Zurich em Portugal são oriundas da Alemanha, Brasil, Espanha, Estados Unidos da América, Irlanda, Itália, Japão, Portugal e Reino Unido.

Destas, a Zurich Portugal selecionou sete startups para o pitch nacional, de onde se sagraram vencedoras as portuguesas Automaise e CBR Genomics. Estas poderão sair do pitch global entre as 12 startups que seguirão para a fase de aceleração de três meses (de abril a junho), com acompanhamento de especialistas da companhia suíça na elaboração de um plano operacional, com um apoio financeiro até 100 000 dólares. Depois da fase de aceleração e implementação, até setembro de 2022, apresentação pública das 12 soluções finalistas está agendada para outubro.

Detalhando competências das vencedoras nacionais com reserva assegurada no pitch global do Zurich Innovation, a companhia seguradora refere que a Automise assume como missão concreta democratizar o acesso, por parte das empresas, a soluções de automação baseadas em Inteligência Artificial. Para isso, desenvolveu uma plataforma a partir da qual foram criadas “diversas soluções que têm por base um mix único de AI conversacional, Natural Language Processing, Deep Learning e Robotic Process Automation. Neste momento, a Automaise disponibiliza um vasto conjunto de soluções para melhorar radicalmente o atendimento e suporte a clientes”, nas várias vertentes, fases e processos, com aplicabilidade a diversos setores de atividade.

Por seu lado, a missão da CBR Genomics é colocar a genómica ao serviço da medicina e, neste sentido, desenvolveu a gama de serviços DNA.files, ferramentas de apoio à decisão clínica baseadas na informação do ADN dos pacientes. A partir de uma simples amostra de saliva, a informação inscrita no ADN é lida e, após a sua análise, é transmitida ao médico de forma muito simples e focada na ação clínica. Esta abordagem, explica a Zurich, é suportada pelo conhecimento do ADN e propõe transformar o modo como a saúde das pessoas é gerida, possibilitando a prevenção ou a sua mitigação de doenças através de intervenções clínicas precoces.