EUA seguem UE e incluem ativos de Putin nas sanções
Os Estados Unidos seguiram os passos da União Europeia (UE) e decidiram incluir Vladimir Putin e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, nas sanções contra a Rússia.
Depois da União Europeia (UE), seguem-se agora os Estados Unidos na decisão de incluir o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, nas sanções contra Moscovo, anunciou esta sexta-feira a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
As sanções contra o Presidente Putin enviam “uma mensagem clara”, estando ainda em cima da mesa a eliminação da Rússia do sistema SWIFT, disse Jen Psaki, assinalando que a tomada da capital ucraniana, Kiev, pelas forças russas é “uma possibilidade real”.
Esta tarde, os chefes da diplomacia da UE chegaram a acordo para sancionar o Presidente russo e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros com congelamento de ativos financeiros, após a invasão da Ucrânia. Em conferência de imprensa em Bruxelas, no final de uma reunião extraordinária com os seus homólogos dos 27, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, indicou que o novo pacote “alarga a lista de personalidades, de pessoas singulares e de entidades russas objeto de sanções, estendendo-a ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assim como ao primeiro-ministro, ao ministro da Defesa, que já estava incluído, ao ministro dos Negócios Estrangeiros e ao ministro do Interior”.
De acordo com o chefe da diplomacia portuguesa, no caso de Putin e de Lavrov, está em causa o “congelamento dos seus respetivos ativos financeiros que sejam sua propriedade no espaço europeu”, à semelhança do que agora decidiram os EUA.
No novo pacote de sanções do bloco comunitário, foram também acrescentados “quatro novos bancos russos à lista de entidades bancárias russas sujeitas a interdição de quaisquer relações de natureza económica ou financeira no espaço da UE”, tendo também essa interdição sido alargada “às diversas empresas nas quais esses bancos participam”, indicou Santos Silva.
Também o Reino Unido anunciou entretanto que iria congelar os bens do Presidente russo e de Lavrov, devido ao papel de “desestabilizar a Ucrânia” ou “ameaçar a sua integridade territorial”.
Em resposta, a porta-voz do diplomacia russa, Maria Zakharova, disse que as sanções direcionadas para o presidente russo e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros são um sinal da “impotência” da política externa dos ocidentais. “Estamos perto de onde começa um ponto sem retorno” nas relações entre a Rússia e o Ocidente, avisou ainda Zakharova.
(Notícia atualizada às 22h02)
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