Domingo terá hora mais cara de sempre na produção de eletricidade
O preço médio grossista da luz atingirá no domingo os 379,03 euros/MWh, uma subida de 3,4% face ao registado este sábado. É o 2º valor mais elevado, depois do recorde alcançado a 23 de dezembro.
O preço da eletricidade no mercado grossista vai atingir uma média de 379,03 euros por megawatt-hora (MWh) no Mibel (mercado ibérico de eletricidade) no domingo, o que representa um aumento de 3,4% face à média de 366,55 euros registados este sábado, de acordo com os dados provisórios da Omie, o operador do mercado ibérico.
Trata-se do segundo valor mais alto de sempre no mercado ibérico de eletricidade, quando atingiu uma média diária de 383,67 euros por MWh do passado dia 23 de dezembro de 2021.
O valor oscila significativamente durante o dia. No domingo, o mínimo será de 334,21 euros por MWh e o máximo de 470,01 euros por MWh. Este último valor, que registar-se-á às 21h e às 22h, é o mais caro de sempre, segundo o Expresso.
Este aumento surge numa altura em que os preços do gás natural têm tocado máximos nos mercados internacionais. Esta sexta-feira a cotação europeia do gás natural situou-se nos 192,55 euros por megawatt hora (MWh), o que representava uma subida de 19,73%, segundo o Barchart. Ainda assim, ficou abaixo do recorde de 199,99 euros alcançado na quinta-feira de manhã.
O gás natural tem correlação com a eletricidade na medida em que é usado pelas centrais de ciclo combinado para a geração de energia elétrica. O aumento dos preços deste combustível, aliado à subida dos custos com licenças de carbono e à seca severa ou extrema que se vive na Península Ibérica (o que limita a produção das centrais hidroelétricas), ajudam a explicar estas evoluções dos preços nos últimos meses.
Mais recentemente, a influenciar de forma determinante esta evolução do preço da eletricidade e do gás natural está a invasão russa na Ucrânia. Com vários países da Europa dependentes do gás natural da Rússia, os mercados temem que a retaliação do Kremlin às sanções económicas e financeiras do Ocidente leve a disrupções no fornecimento.
Esta sexta-feira, na conferência organizada pelo ECO sobre a “Guerra na Europa e o choque energético”, o secretário de Estado Adjunto e da Energia sinalizou que o Governo não pode garantir “que não haja subidas” no preço da eletricidade para os consumidores, quando a ERSE fizer a revisão do tarifário no início de abril, mas antecipa que a subida, a ocorrer, será “sempre marginal” e abaixo dos dois dígitos.
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