Asisa quer trazer sofisticação ao mercado português

A Asisa “tem um compromisso enorme com Portugal”, afirmou Oscar Villoslada, mandatário geral da Asisa Portugal, no 1º Evento Nacional de Mediadores, realizado esta quarta-feira em Lisboa e que juntou agentes e gestores de empresas de mediação para tomarem conhecimento do que a seguradora espanhola pretende fazer em 2022.

Defendendo a introdução “processos mais simples e mais ágeis” na empresa, Villoslada prometeu dinamizar o mercado Vida Risco individual “sem esquecer que somos especialistas em saúde”, concluindo ao dizer “vamos trazer a sofisticação para o mercado português”.

O encontro teve início através de Jaime Ortiz, diretor Comercial e de Marketing da Asisa que lembrou a origem da companhia resultado da Lavinia, uma cooperativa de médicos criada há 50 anos que hoje conta com 9 mil membros. A cooperativa é a proprietária das seguradoras do grupo e de um a universo de 90 empresas na área da saúde, entre elas a HLA que explora 17 hospitais em Espanha aos quais os segurados portugueses têm acesso direto.

Segundo Ortiz este crescimento resulta de não precisar de dar dividendos aos acionistas, “reinvestimos todos os lucros dos seguros”, disse. Em 2021 o grupo emitiu prémios de 1,3 mil milhões de euros e obteve um resultado de 31 milhões.

Em relação à dimensão referiu que a Asisa conta com 2,8 milhões de segurados em todos os ramos dos quais 1,7 milhões em saúde o que lhe confere uma quota de mercado de 13,5% no segmento em Espanha. São 5 mil os colaboradores em todas as áreas do grupo Lavinia, dos quais mil trabalham em seguradoras e 2 mil funcionários estão nas áreas comerciais.

Vida Risco está a ser a grande aposta da mediação em Espanha

Francisco Martinez, Diretor Geral da Asisa Vida, fez um retrato do ramo Vida em Espanha e afirmou que o mercado Vida Risco “está a ser a grande aposta da mediação em Espanha”. Para Portugal estima que as vendas do ramo Vida do mercado total vai este ano superar 2018 e pressente forte crescimento quer na linha Vida Risco, quer em seguros poupança e investimento. Referiu que em Portugal fizeram-se 8.622 novos contratos Vida e que a idade média dos segurados foi de 47,42 anos, mas quer fazer chegar esta média aos 45,02 registados em Espanha para o mesmo fenómeno.

Martinez apontou as linhas estratégicas a seguir salientando a aceleração dos processos de subscrição automático “Quem não tiver processos fáceis vai ter dificuldades”, alertou. O especialista do ramo Vida acrescentou que o negócio tem de continuar rentável, que se tem de consolidar o crescimento acelerado verificado nos últimos anos e potenciar novas garantias e serviços aos segurados. Quanto aos mediadores apontou o caminho do “equlíbrio entre prémio, comissão e subscrição”, como o caminho a seguir.

A primeira pessoa que há quatro anos entrou na Asisa em Portugal, a country manager Sandra Moás, salientou os passos dados em 2021 com introdução de nova tecnologia interna e externa de relação com os mediadores bem como a a forte aposta feita no seguro Asisa+Saúde com promoção ativa nas redes sociais. Referiu ainda que a rede de mediadores ultrapassou os mil em 2021, crescimento acentuado face aos 647 existentes em 2020.

Para além das duas clínicas Asisa, estabelecidas em Lisboa e Porto, Sandra Moás destacou que a prestação de serviços de saúde já se estende aos 16 mil locais após o acordo com a Advance Care e prometeu novidades em abril alargando os parceiros na área da ótica e em odontologia.

A gestora aproveitou para anunciar para este ano o reforço das equipas internas, aumento da notoriedade da Asisa junto do público ao duplicar o seu investimento em marketing, desenvolver a rede própria de prestadores para proporcionar o fim dos co-pagamentos, manter o nível de comissionamento aos agentes e aumentar a equipa comercial para apoio à rede.

“Temos de retornar a um contacto relacional com a rede de mediação”, disse Sandra Moás, anunciando que a Asisa voltará a fazer mais dois encontros com mediadores ainda este ano.