EUA: mais de metade dos adultos segurados acumulam dívidas de Saúde
Um quarto dos residentes nos EUA deve individualmente 10 mil dólares ou mais em despesas de saúde. Covid-19 aumentou pilha de faturas em dívida.
Mais de metade dos residentes nos EUA acumula faturas de cuidados médicos por pagar. Quer se trate de pessoas que tenham seguro ou não, 56% dos adultos tem dívidas relacionadas com Saúde, indica a Affordable Health Insurance com base num inquérito online, realizado em fevereiro junto de 1 250 pessoas nos Estados Unidos da América.
O estudo revela que 55% dos inquiridos deve entre 501 e 10 mil dólares em faturas de idas ao médico ou outro serviço de Saúde. Um em cada quatro americanos (23%) acumula 10 mil dólares ou mais em dívidas com serviços médicos. Emergências médicas explicam faturas por pagar para 44% dos residentes nos EUA. Outros 6% devem montantes entre 50 mil e 100 mil dólares e 5% dizem ser devedores em mais de 100 mil dólares.
Muitos (46% dos inquiridos) adiam compra de casa própria por acumularem dívidas de Saúde, outros 24% deixam para trás planos de casamento ou ter filhos (22%) e 14% pensam declarar insolvência este ano, porque também já não conseguem pagar outras dívidas, pode ler-se no relatório da Affordable Health Insurance.
Entre os principais serviços que ficam por pagar, a mesma fonte lista “serviços de emergência médica, seguidas de hospitalizações e tratamentos Covid”. Embora o fardo de despesas de saúde sobre as famílias não seja novo nos Estados Unidos, “dívidas extra originadas pela pandemia trouxeram mais dificuldades financeiras para milhões”.
Outra conclusão do estudo mostra que o facto de ter seguro (ou não) não faz muita diferença no fenómeno de endividamento. Ou seja, de acordo com evidência resultante do inquérito, enquanto 59% dos não segurados têm dívidas de saúde, entre os beneficiários de uma cobertura de seguro, a percentagem de devedores é de 56%.
Considerando os segurados que beneficiam de apólice fornecida pela entidade empregadora, 61% têm faturas de saúde em dívida (de acordo com um relatório apresentado no Senado dos EUA, mais de metade das pessoas que trabalham dispõe de cobertura de saúde assegurada pelo empregador).
Independentemente da antiguidade da dívida ou das razões porque incorreram em dívida, cerca de um terço (32%) assume como improvável ou “muito improvável” que algum dia, em toda a sua vida, tenha condições de pagar a dívida das idas ao médico.
Números oficiais relativos a fevereiro deste ano indicam um total de 157,72 milhões residentes empregados nos EUA, cerca de 7,4 milhões de trabalhadores mais face ao efetivo em fevereiro de 2021 e a representar 62,3% da população em idade ativa.
Informação mensal do Bureau of Labor Statistics dos EUA, baseada em inquérito às famílias e atualizada a 4 de março, indicou ligeira descida da taxa de desemprego (excluindo setor agrícola) para 3,8% em fevereiro, equivalente a um total de 6,3 milhões de desempregados, sendo que 27% deste universo estava inativo há mais de um mês.
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