Energia mais cara atira trabalhadores da Siderurgia para férias antecipadas

Antecipar as férias de verão foi a solução encontrada pela Megasa para os 700 trabalhadores que emprega. Empresa viu-se forçada a parar produção por causa do "aumento radical" dos custos da luz e gás.

Interior das instalações da Siderurgia Nacional no concelho do Seixal. A fábrica deixou de produzir aço este mês, por causa dos custos elevados da luz e do gásRUI MINDERICO/LUSA

A Siderurgia Nacional (Megasa) decidiu antecipar as férias de verão dos trabalhadores por causa da suspensão de produção anunciada esta sexta-feira. Foi essa a solução laboral encontrada para fazer face ao “aumento radical” dos preços da eletricidade e do gás natural, que inviabilizaram parte da produção.

Desde 5 de março que “a totalidade da atividade produtiva na Maia” e “a produção de aço no Seixal” estão interrompidas, soube-se esta sexta-feira, uma decisão tomada pela empresa face à escalada das despesas com a energia. A informação foi divulgada num comunicado, mas não era claro o destino dos trabalhadores afetados pela suspensão.

A siderúrgica emprega diretamente cerca de 700 pessoas, gerando ainda 3.500 empregos indiretos. É responsável por exportações de cerca de mil milhões de euros por ano, de acordo com números da empresa.

Contactada pelo ECO, a Megasa esclareceu que “decidiu antecipar a paragem anual que costuma fazer durante o verão”. “Neste momento, os colaboradores estão a gozar período de férias e, por isso, não se encontram em lay-off“, revelou a companhia.

Neste momento, os colaboradores estão a gozar período de férias e, por isso, não se encontram em lay-off.

Fonte oficial da Megasa

A invasão russa à Ucrânia veio agravar severamente a crise energética num continente em que perto de 40% de todo o gás natural consumido tem origem na Rússia. Com os preços da eletricidade a disparar, assim como os do gás e dos combustíveis rodoviários derivados do petróleo, a Megasa não viu alternativa que não a de suspender a atividade.

“O agravamento da crise energética provocada pela guerra e o consequente aumento radical dos preços de eletricidade e de gás natural levaram a Megasa a suspender atividade nas fábricas do Seixal e da Maia”, anunciou a empresa esta sexta-feira, num comunicado.

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