Casal com dois filhos vai pagar mais 2,89 euros/mês de luz e 70 cêntimos de gás
Os preços da eletricidade e do gás natural vão aumentar 3% no mercado regulado a partir de 1 de abril. ERSE justifica subidas com impacto da guerra na Ucrânia nos mercados de energia.
A ERSE acabou de anunciar que os preços da eletricidade e do gás natural vão aumentar 3% para a maioria das famílias que estão no mercado regulado a partir de 1 de abril, em consequência do impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia nos mercados de energia.
Em relação ao aumento da tarifa regulada da eletricidade, em cinco euros por MWh, a ERSE calcula que:
- Casal sem filhos [potência 3,45 kVA, consumo 1900 kWh/ano] vai pagar mais 1,05 euros por mês, com a fatura mensal a subir para 38,35 euros;
- Casal com dois filhos [potência 6,9 kVA, consumo 5000 kWh/ano] vai pagar mais 2,86 euros por mês, com a fatura mensal a subir para 95,19 euros.
Quanto ao agravamento da tarifa regulada do gás natural, em dois euros por MWh, o impacto na fatura será este:
- Casal sem filhos [1.º escalão de consumo, consumo 1610 kWh/ano] vai pagar mais 0,33 euros por mês, com a fatura mensal a subir para 12,40 euros;
- Casal com dois filhos [2.º escalão de consumo, consumo 3407 kWh/ano] vai pagar mais 0,70 euros por mês, com a fatura mensal a subir para 23,41 euros.
“Esta atualização ocorre num momento em que os mercados de energia são particularmente afetados pelo conflito que decorre entre a Ucrânia e a Rússia, alterando os pressupostos que estavam na base dos preços em vigor no mercado regulado”, justifica o regulador.
Na eletricidade, a ERSE tinha fixado uma tarifa com base num custo de aquisição de referência no mercado grossista em 2022 de 105 euros por MWh, mas esse preço foi agora atualizado para 180 euros por MWh.
Para o gás natural, a anterior tarifa tinha por base um custo de referência de 17,60 euros por MWh, que foi atualizado agora para 22,15 euros por MWh para o período 2021-2022.
O aumento dos preços vai afetar 927 mil clientes no caso da eletricidade e 230 mil clientes no caso do gás natural que se encontravam no mercado regulado em janeiro, de acordo com a ERSE.
O secretário de Estado Adjunto da Energia, João Galamba, já tinha admitido no início do mês que a fatura das famílias com a luz e gás podiam subir por causa do aumento dos preços da energia nos mercados internacionais, por causa do conflito na Ucrânia, mas assegurou que os aumentos seriam marginais e longe dos dois dígitos que outros mercados europeus.
(Notícia atualizada às 18h09)
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