Municípios do Lima investem 200 mil para pôr vinho verde nas bocas do mundo

Ponte de Lima, Viana do Castelo, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca investem 200 mil euros na promoção e valorização económica do vinho verde. Para maior competitividade dentro e fora de Portugal.

São 200 mil euros para pôr o vinho verde nas bocas do mundo através de uma campanha de promoção, sob o mote “Loureiro do Vale do Lima – um vinho, um território, um destino”, que junta os municípios de Ponte de Lima, Viana do Castelo, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca. E que vai servir de alavanca para uma maior competitividade económica territorial dentro e fora do país. Além de incentivar a fixação de mais jovens no Vale do Lima com criação de riqueza atraídos pelas atividades económicas da agricultura e do turismo.

Através da agricultura e da valorização dos nossos produtos endógenos, temos a possibilidade de criar riqueza e fixar cada vez mais jovens na agricultura e no turismo”, desafiou Paulo Sousa, vice-presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, durante a sessão de apresentação do projeto. Os municípios lançam, assim, uma nova cartada para “inverter a tendência da concentração nas áreas urbanas” e, em simultâneo, verem o número de turistas crescer a olhos vistos na região. Estimam que, “a médio e longo prazo, o projeto poderá contribuir para o aumento de 5% de turistas”.

"Através da agricultura e da valorização dos nossos produtos endógenos, temos a possibilidade de criar riqueza e fixar cada vez mais jovens na agricultura e no turismo”

Paulo Sousa

Vice-presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima

Esta campanha dos quatro municípios da região, que vai durar dois anos, aposta numa marca territorial de grande valor para alavancar o enoturismo, mediante a realização uma panóplia de ações de promoção e marketing do vinho verde, centradas na casta Loureiro – a mais predominante -, enquanto produto patrimonial e identitário da região do Vale do Lima.

Segundo o autarca, é importante “olhar para o Vale do Lima como um território diferenciador do ponto de vista turístico; para captar investimentos e alavancar o setor primário da economia”. Por isso mesmo, sublinhou: “Temos de trabalhar em rede como parceiros e de uma forma estruturada para transformar o nosso território e acrescentar valor económico” com o vinho verde, bastante conhecido pelo sabor frutado e fresco.

Ao juntarem sinergias em prol do desenvolvimento territorial, os quatro municípios querem ainda apostar no conhecimento e na inovação para conquistarem uma maior competitividade nos mercados.

“A Região Demarcada dos Vinhos Verdes é crescentemente reconhecida e cada vez mais ocupa um lugar de destaque no panorama vínico nacional.” Os autarcas pretendem ainda “cruzar a restauração, o enoturismo e os produtores da casta Loureiro, com conteúdos de referência para todos os que visitam a região, mas também para quem quer conhecer, de forma aprofundada, o que de mais característico se produz no território”.

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