Têxtil confia que João Neves impede “descontinuidade” no Ministério da Economia
Industriais têxteis e do vestuário dão benefício da dúvida a António Costa Silva como ministro, mas a garantia de “bom entendimento” com o Governo é a recondução do secretário de Estado da Economia.
A indústria portuguesa do têxtil e do vestuário não esconde a “surpresa” com a saída de Pedro Siza Vieira, dizendo que “não estaria disponível para se manter no governo até ao fim da legislatura”. Ainda assim, os empresários elogiam a manutenção de João Correia Neves como secretário de Estado da Economia.
Num texto publicado esta segunda-feira no Jornal T, detido e controlado pela Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), os empresários portugueses referem que a escolha deste “profundo conhecedor do tecido empresarial português (…) é a garantia da continuidade do bom entendimento com o setor têxtil”.
“Permite que a gestão dos dossiês, nomeadamente no que tem a ver com o apoio às estratégias de crescimento das empresas, não sofra qualquer descontinuidade”, lê-se na mesma publicação, em que frisa igualmente que “a generalidade dos empresários parece ter aceitado como uma opção muito positiva do primeiro-ministro” a nomeação António Costa Silva.
Nos últimos anos, João Neves foi o governante com contacto mais permanente com a chamada economia real — e isso trouxe-lhe uma relevância junto das empresas, particularmente do setor industrial. Administrador da Bial entre 2010 e 2018, mas com larga experiência de administração pública, entrou para o Executivo em 2018, ficou na equipa de Siza Vieira e mantém-se no cargo agora com o chamado “pai do PRR” (Plano de Recuperação e Resiliência).
Outro nome com que os industriais vão ter de lidar de perto durante a próxima legislatura de maioria absoluta é o de Bernardo Ivo Cruz. O ex-chefe de gabinete e subsecretário de Estado de Freitas do Amaral, que foi administrador executivo da Sofid (instituição financeira de crédito do universo do Estado) rende Eurico Brilhante Dias na secretaria de Estado da Internacionalização.
“Igualmente importante para as empresas”, completa este artigo publicado no jornal da ATP, “pode ser a continuidade de António Mendonça Mendes como secretário de Estado dos Assuntos Fiscais”, num Ministério das Finanças que passa a ser liderado por Fernando Medina, ex-autarca de Lisboa derrotado por Carlos Moedas nas últimas eleições autárquicas.
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