Startup portuense Tatara Razors regista patente de aparelho de barbear
A empresa fundada por João Gomes, Luís Oliveira e André Guimarães, ex-colegas do curso de Engenharia Mecânica na Universidade do Porto, já vendeu mais de 5.000 exemplares para 60 países.
A Tatara Razors, uma startup incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, registou a patente de um inovador sistema de placas deslizáveis ajustáveis para os aparelhos de barbear, que diz ser “único no mundo” por permitir ajustar a exposição e o declive da lâmina.
A empresa cofundada e liderada por João Gomes, sublinha que a solução patenteada “diferencia-se pela capacidade de modificar o ponto de contacto entre a lâmina e a pele, apenas ao rodar o manípulo do aparelho”, tendo esta invenção portuguesa já vendido mais de 800 exemplares para vários países, como Espanha, Itália, Reino Unido ou EUA.
Desde o início do projeto em 2017, quando João Gomes, Luís Oliveira e André Guimarães, ex-colegas do curso de Engenheira Mecânica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) lançaram o primeiro modelo dos aparelhos de barbear, a Tatara Razors já comercializou um total de cerca de 5.000 exemplares para 60 países. Tem atualmente três modelos, desenvolvidos e produzidos em Portugal, que vende online com preços que variam entre 149 e 361 euros.
“Com a Muramasa [aparelho criado pela Tatara Razors] é possível – durante o barbear – fazer vários ajustes que compreendem uma combinação de folga da lâmina e valores de exposição da lâmina. Assim, o utilizador pode barbear-se com conforto em todos os contornos do rosto, apenas rodando o manípulo sem ter de desmontar o aparelho ou adicionar alguma peça extra”, resume João Gomes, citado numa nota enviada às redações.
A sustentabilidade é outro argumento comercial utilizado pela startup portuense, em contraponto com a alternativa das máquinas e lâminas descartáveis. Os empreendedores calculam ainda que os aparelhos de barbear, que têm garantia vitalícia, “podem ser usados infinitas vezes e cada lâmina pode durar entre cinco e oito utilizações”, o que, com um custo unitário de 20 a 40 cêntimos, se “traduz numa poupança a longo prazo”.
Recorde anual de patentes portuguesas
Os pedidos de patentes feitos em Portugal junto do Instituto Europeu de Patentes (IEP) aumentaram 14% em 2021, invertendo a tendência negativa do ano anterior, quando tinham caído 7,7%. “É o crescimento mais forte na Europa – de entre os países com mais de 200 pedidos de patentes – e mais de cinco vezes a taxa média da União Europeia a 27 de 2,7%”, destacou o IEP num comunicado de imprensa.
De acordo com o Índex de Patentes do IEP 2021, as empresas, organizações de investigação e universidades portuguesas apresentaram um total de 286 pedidos de patentes ao IEP, o volume anual mais elevado de sempre.
Entre os principais requerentes estão a Feedzai (17), a Universidade do Minho (13), a Sword Health (12), a Novadelta do Grupo Nabeiro (11), a Universidade do Porto (9), o Instituto Politécnico de Leiria (7), a Universidade de Aveiro (7), a OLI (6), a Instituto de Investigação da Floresta e do Papel RAIZ (6) e a empresa de tecnologia marinha Abyssal (5).
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