Portugal à distância de um clique? Recuou um pouco
Portugal melhorou a sua pontuação no índice de Digitalidade da Economia em todas as categorias, com exceção da administração pública 'online'. Dinamarca, Finlândia e Suécia são os melhores.
Portugal recuou para o 15º lugar do ranking europeu no domínio digital, apesar de ter progredido em diversas áreas, revela um estudo da Comissão Europeia, que aponta como grande desafio do país melhorar as competências digitais da população.
O “Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade” de 2017, hoje apresentado em Bruxelas, revela que Portugal obtém uma classificação global de 0,53 pontos (numa escala de 0 a 1), ligeiramente superior àquela obtida na tabela de 2016 (0,51) – e à média da UE, de 0,52 -, o que não impediu o país de cair um lugar na classificação, de 14º para 15º, trocando de posições com Espanha.
De acordo com o relatório de 2017, Portugal “melhorou a sua pontuação no índice em todas as categorias, com exceção dos serviços públicos digitais” (administração pública ‘online’), um dos cinco elementos considerados na elaboração da classificação, juntamente com conectividade, capital humano, utilização da internet e integração das tecnologias digitais.
Segundo a Comissão Europeia, Portugal continua entre os países com melhor pontuação na área dos serviços públicos digitais (é 10º entre os 28 Estados-membros), “mas o desempenho do país agravou-se relativamente ao ano anterior, sobretudo devido à fraca prestação nos domínios dos dados previamente preenchidos em formulários em linha e da utilização de dados abertos”.
"O desempenho do país agravou-se relativamente ao ano anterior, sobretudo devido à fraca prestação nos domínios dos dados previamente preenchidos em formulários em linha e da utilização de dados abertos.”
No entanto, Portugal progrediu nos restantes quatro indicadores, designadamente na conectividade, pois “os níveis de utilização de serviços de banda larga fixa e móvel aumentaram significativamente em 2016”, registando-se também progressos a nível de número de assinaturas de banda larga rápida e à cobertura de NGA (redes de acesso da nova geração), “na qual Portugal é um dos líderes europeus”, aponta o relatório.
Outra área na qual Portugal realizou progressos no último ano foi a da integração das tecnologias digitais por parte das empresas portuguesas, que “apresentaram elevadas taxas de utilização da tecnologia RFID (identificação por radiofrequência), tendo também a utilização das redes sociais e da faturação eletrónica registado “um aumento significativo” em 2016.
No entanto, “nem a percentagem de Pequenas e Médias Empresas com lojas em linha, nem o volume de negócios eletrónicos das PME registaram qualquer evolução”, observa o executivo comunitário.
Segundo o relatório anual sobre digitalidade na UE, o maior desafio de Portugal é no domínio do capital humano, pois “a percentagem de cidadãos portugueses que utilizam a internet aumentou em relação ao ano anterior, mas continua a ser bastante inferior à média da UE”: Portugal encontra-se em 20º lugar nesta área específica.
"A percentagem de cidadãos portugueses que utilizam a internet aumentou em relação ao ano anterior, mas continua a ser bastante inferior à média da UE.”
“Esta é uma área em que ainda existe margem para melhorias, pois não se verificaram progressos” no último ano, refere o relatório, apontando que, por outro lado, “continua a haver grande relutância em fazer compras em linha ou em utilizar serviços bancários através da internet”.
A nível geral, os três países europeus com melhor desempenho no domínio digital continuam a ser, pela mesma ordem, Dinamarca, Finlândia e Suécia, que ocupam também o pódio a nível mundial, à frente de Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos.
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