“Tudo indica que o secretário-geral será José Luís Carneiro”, aponta Carlos César

Eleições a 27 e 28 de junho e José Luís Carneiro com caminho aberto para a liderança do partido. Terminou a comissão política do PS, marcada no rescaldo da derrota eleitoral do último domingo.

“As pessoas com quem falei manifestaram-me que não tinham interesse em candidatar-se. Tudo indica que o secretário-geral será José Luís Carneiro, ou pelo menos que o candidato a si mais forte, mais consolidado, mais conhecido, será o José Luís Carneiro“, afirmou Carlos César à saída da comissão política do partido, que decorreu este sábado em Lisboa.

O presidente do PS propôs à Comissão Nacional que as eleições para secretário-geral socialista sejam em 27 e 28 de junho e o congresso depois das autárquicas, calendário que foi aprovado com 201 votos a favor, cinco contra. A apresentação de candidaturas será até ao dia 12 de junho.

Recorde-se que o PS regressou este sábado ao hotel Altis, em Lisboa, quartel-general da noite eleitoral de há quase uma semana que ditou o seu terceiro pior resultado em eleições legislativas e, ainda com os resultados provisórios porque não estão contados os votos da emigração, resultou na perda de 20 deputados e um quase empate com o Chega.

Logo na noite eleitoral de domingo, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, assumiu as responsabilidades pelo resultado e pediu a sua demissão, cargo que deixará após a reunião de hoje, ficando o presidente do partido, Carlos César, a assumir as funções interinamente.

O presidente do partido, numa proposta também subscrita por Pedro Nuno Santos, propõe a este órgão máximo entre congressos a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho, adiantava à Lusa fonte oficial na quinta-feira.

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“O Partido Socialista tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país”, garante José Luís Carneiro

"Compreendemos bem a mensagem que nos foi endereçada", garante o candidato a secretário-geral à saída da comissão política.

“Nós compreendemos bem a mensagem que nos foi endereçada e o Partido Socialista, naquilo que de si depender, tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país”. A garantia é deixada por José Luís Carneiro, ao que tudo indica o próximo secretário-geral do PS.

À saída da comissão política do PS, que decorreu este sábado em Lisboa, o socialista quis deixar três mensagens e remeteu as questões dos jornalistas para uma futura ocasião. Uma exceção, relacionada com o facto de poder ser candidato único, para responder que até 12 junho, “todas e todos aqueles que se queiram habilitar às funções de direção devem apresentar as suas candidaturas, pois naturalmente esse é, digamos, um espaço democrático”.

Quanto às mensagens, a primeira foi a “vontade e disponibilidade para saber ouvir e dar voz“, não apenas aos seus “camaradas, mas também ao conjunto dos portugueses.

De seguida, José Luís Carneiro afirmou-se disponível para “garantir a construção de uma solução de unidade“. “Na diversidade, naturalmente, há diferentes sensibilidades, formas de pensar diversas sobre o mundo, sobre as opções de política. Aquilo que eu garanti aos meus camaradas foi que só quem não quiser não estará nos órgãos de direção ou nas estruturas de responsabilidade do Partido Socialista”, aponta.

A terceira, dirigida à comissão nacional “mas sobretudo aos portugueses” é então que o partido compreendeu a mensagem que foi endereçada e “naquilo que de si depender, tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país”. “Foi isso que os cidadãos nos pediram durante o percurso da campanha eleitoral e é esse o compromisso que procuramos garantir“, resume.

“O PS deve ser aquilo que sempre foi, um fator de estabilidade e de confiança no futuro. Temos de ter a capacidade de, em sede parlamentar, sermos capazes de assentar compromissos, PS e AD. E o PS deve ser claro na garantia de viabilização do Governo, porque é isso que os cidadãos nos pedem”, sublinhava já na segunda-feira o antigo ministro da Administração Interna e membro da comissão política nacional do PS em entrevista à CNN.

José Luís Carneiro explicava ainda que decidiu disponibilizar-se uma segunda vez para a liderança do PS “para servir o país, mantendo o diálogo com os camaradas”.

Tenho um dever constituído quando fui candidato pela primeira vez, há um ano atrás, e hoje essa responsabilidade é acrescida pela crise política que estamos a viver”, sublinhou.

O socialista defendia que a eleição do novo líder socialista deve ocorrer o mais rapidamente possível, porque “o vazio na vida política é algo que prejudica a eficácia da resposta aos cidadãos”. Para além disso, argumentou, “é necessário escolher, nas próximas semanas, a liderança do grupo parlamentar e dar orientações políticas sobre a viabilização do programa do Governo”.

A meio da semana, as federações e concelhias já se uniam em torno de José Luís Carneiro, que conta com o apoio de Augusto Santos Silva, João Soares e Eurico Brilhante Dias. É um repetente. Há um ano perdeu as diretas para Pedro Nuno Santos. Não é visto como carismático, mas alguém que dará “tranquilidade” ao partido depois do massacre eleitoral de domingo, capaz de enfrentar um deserto de eventualmente quatro anos de legislatura, papel que António José Seguro desempenhou durante a governação do social-democrata Pedro Passos Coelho, entre 2011 e 2015.

“O PS deve ser aquilo que sempre foi, um fator de estabilidade e de confiança no futuro. Temos de ter a capacidade de, em sede parlamentar, sermos capazes de assentar compromissos, PS e AD. E o PS deve ser claro na garantia de viabilização do Governo, porque é isso que os cidadãos nos pedem”, defendeu José Luís Carneiro, em entrevista à CNN Portugal. Mas rejeitou por completo uma solução de bloco central, porque “seria prejudicial aos dois partidos subsumirem-se”.

Pode ser que depois surja um novo ‘António Costa’. É a esperança do partido. Mas, agora, a grande preocupação é vencer as autárquicas e é nisso que todo o partido está focado e unido, relegando para segundo plano qualquer disputa interna.

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ECO Quiz. Chega, têxtil português e TAP

  • Tiago Lopes
  • 24 Maio 2025

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou?

As eleições legislativas de 18 de maio de 2025 em Portugal provocaram uma reconfiguração significativa no panorama político nacional. A coligação de centro-direita Aliança Democrática (PSD/CDS) venceu com 32,72% dos votos, mas sem alcançar a maioria absoluta, ficando com 89 deputados.

Já o Chega, liderado por André Ventura, obteve 22,6% dos votos e 58 deputados, igualando o número de assentos do Partido Socialista (PS). Este resultado posiciona o Chega como uma força relevante na oposição, desafiando o tradicional bipartidarismo em Portugal.

A indústria têxtil portuguesa está a pressionar a União Europeia para impor uma taxa por encomenda realizada em plataformas de comércio eletrónico chinesas, como a Temu e a Shein. Esta proposta surge em resposta ao elevado volume de artigos de baixo custo provenientes destas plataformas, que têm vindo a inundar o mercado europeu.

O ECO publica todas as semanas um quiz, que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento.

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Aprovadas eleições para secretário-geral do PS em 27 e 28 de junho

  • Lusa
  • 24 Maio 2025

A data limite para apresentação de candidaturas é dia 12 de junho, estando até agora na corrida à sucessão de Pedro Nuno Santos apenas o ex-ministro José Luís Carneiro.

As eleições diretas para escolher o novo secretário-geral do PS vão decorrer em 27 e 28 de junho, como previa o calendário proposto pelo presidente do partido que foi aprovado na Comissão Nacional com 201 votos a favor e cinco contra.

Os resultados da votação do calendário e do regulamento eleitoral para as diretas foram transmitidos à Lusa por fonte oficial do partido, não havendo nestes documentos aprovados informação sobre o congresso.

Segundo o mesmo calendário, a data limite para apresentação de candidaturas é dia 12 de junho, estando até agora na corrida à sucessão de Pedro Nuno Santos apenas o ex-ministro José Luís Carneiro.

Já a proposta alternativa, subscrita por Daniel Adrião, e que pretendia que houvesse primárias e que a escolha do novo líder do PS fosse depois das autárquicas, foi chumbada.

O presidente do PS — que assumiu interinamente as funções deixadas por Pedro Nuno Santos, que se demitiu na noite eleitoral — anunciou à chegada da Comissão Nacional que ia propor que a eleição do secretário-geral do PS decorresse imediatamente no dia 27 e 28 de junho, com a apresentação de candidaturas até ao dia 12 de junho.

“E que, depois das eleições autárquicas e quando a liderança que, entretanto, for eleita entender mais adequado, se realizam as eleições para delegados ao Congresso do Partido Socialista”, disse.

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Uzina e Ikea vencem grande prémio do Clube da Criatividade de Portugal

  • + M
  • 24 Maio 2025

Uzina é a Melhor Agência do Ano e o troféu Melhor Anunciante é da Ikea. Save us from the USA, da Stream and Tough Guy para a Change The Ref, é o Grande Prémio para o Bem. Conheça todos os vencedores.

A Uzina e a Ikea repetiram o feito de 2024 e levam para casa o Grande Prémio do CPP. O trabalho “Ikea HiddenTags”, da Uzina para a Ikea, é o grande vencedor da 27ª edição do Festival do CCP. A campanha recebeu ainda o Grande Prémio Jornalistas. A Uzina subiu também a palco como Melhor Agência do Ano e a Ikea é o Melhor Anunciante do Ano. Destaque ainda para o Grande Prémio para o Bem, entregue “Save us from the USA”, da Stream and Tough Guy para a Change The Ref. Os vencedores foram conhecidos na noite de dia 23, no espaço da antiga Fábrica de Pão, no Beato Innovation District.

Este ano foram inscritos 843 trabalhos a concurso, tendo chegado 388 a shortlist. Foram atribuídos no total 47 ouros, 66 pratas e 105 bronzes. A categoria Publicidade teve 125 trabalhos finalistas e 62 prémios, com 29 Bronzes, 20 Pratas e 13 Ouros. Design contou com 89 finalistas e 35 prémios, com 17 Bronzes, 12 Pratas e 6 Ouros. Na categoria Digital houve 55 finalistas e 46 prémios, com 25 Bronzes, 13 Pratas e 8 Ouros. Experiências de marca teve 42 finalistas e 27 trabalhos premiados, com 14 Bronzes, 6 Pratas e 7 Ouros. Craft em Publicidade contou com 70 finalistas, com 43 trabalhos premiados: 18 Bronzes, 14 Pratas e 11 Ouros. E, por fim, Integração com 7 finalistas e 5 prémios, com 2 Bronzes, 1 Prata e 2 Ouros.

Pela primeira vez, as subcategorias de Criatividade em Meios passaram a vigorar na categoria de Publicidade. A antiga categoria Integração e Inovação passou a chamar-se Integração, sendo que a Inovação passou a vigorar como subcategoria nas categorias de Publicidade, Design, Digital e Experiências de Marca.

Os melhores de cada categoria a concurso:

  • Publicidade
    Melhor Anunciante: Ikea
    Melhor Agência de Meios em Publicidade: Dentsu Media
    Melhor Agência: Dentsu Creative
  • Design
    Melhor Anunciante: Fundação Livraria Lello
    Melhor Agência: Studio Eduardo Aires
  • Digital
    Melhor Anunciante: McDonald’s Portugal
    Melhor Agência: Bürocratik
  • Experiências de marca
    Melhor Anunciante: Ikea
    Melhor Agência: Uzina
  • Craft em Publicidade
    Melhor Anunciante: Turismo de Portugal
    Melhor Produtora de Som: Salva
    Melhor Produtora de Imagem: Casper Films

Pode consultar todos os premiados aqui.

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Carneiro quer ouvir todos no PS e promete oposição “firme e responsável”

  • Lusa
  • 24 Maio 2025

"O PS será oposição responsável, séria e firme", assegurou, comprometendo-se a não ser parceiro "para nenhuma operação de subversão da Constituição".

O candidato anunciado à liderança do PS, José Luís Carneiro, comprometeu-se a ouvir toda a gente, apelou à união e assegurou que os socialistas serão uma “oposição firme e responsável”, recusando qualquer “operação de subversão” da Constituição.

Estas são algumas das ideias que o ex-ministro defendeu na sua intervenção na Comissão Nacional do PS, em Lisboa, segundo informação a que a agência Lusa teve acesso.

José Luís Carneiro fez um agradecimento a Pedro Nuno Santos, que hoje deixou a liderança do partido, e pediu “humildade democrática” perante os resultados de domingo.

O candidato anunciado promete “saber ouvir todos e contar com todos” e defendeu que só unidos os socialistas terão “muita força”.

“O PS será oposição responsável, séria e firme”, assegurou, comprometendo-se a não ser parceiro “para nenhuma operação de subversão da Constituição”, apesar de não acreditar que esse seja o caminho da AD.

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Mohamed Salah eleito melhor jogador da época da Premier League

  • Lusa
  • 24 Maio 2025

Salah junta-se ao francês Thierry Henry, ao português Cristiano Ronaldo, ao sérvio Nemanja Vidic e ao belga Kevin De Bruyne como únicos futebolistas a serem distinguidos duas vezes.

O egípcio Mohamed Salah foi eleito melhor jogador da época na Liga inglesa, tornando-se apenas no quinto futebolista a conquistar o prémio mais do que uma vez, após sagrar-se campeão com o Liverpool.

Com esta distinção, o avançado de 32 anos, que já tinha sido eleito melhor jogador do campeonato inglês em 2017/18, vê reconhecida “uma temporada extraordinária”, como descreve o comunicado da Premier League.

Salah junta-se ao francês Thierry Henry, ao português Cristiano Ronaldo, ao sérvio Nemanja Vidic e ao belga Kevin De Bruyne como únicos futebolistas a serem distinguidos duas vezes.

O internacional egípcio foi fundamental na vitoriosa campanha do Liverpool, tendo, até ao momento, 28 golos e 18 assistências – está a apenas duas do recorde partilhado por Henry e De Bruyne.

Os seus 46 envolvimentos em golos representam também um recorde numa temporada de 38 jogos, com Salah a apenas uma ‘contribuição’ do máximo global detido por Alan Shearer e Andy Cole, que somaram 47, mas em 42 partidas.

O egípcio, cuja continuidade no Liverpool chegou a estar em dúvida no final do ano passado, já é o terceiro melhor marcador da história do clube, com 244 golos, e o quinto no campeonato inglês, com 185 — apenas Shearer (260), Harry Kane (213), Wayne Rooney (208) e Cole (187) têm mais.

Durante a época 2024/25, Salah tornou-se também o jogador estrangeiro com mais golos marcados na Premier, destronando o argentino Sergio ‘Kun’ Agüero (184).

O avançado dos ‘reds’ bateu a concorrência dos colegas Virgil van Dijk e Ryan Gravenberch, assim como de Morgan Gibbs-White e Chris Wood (Nottingham Forest), Alexander Isak (Newcastle), Bryan Mbeumo (Brentford) e Declan Rice (Arsenal).

A distinção de Salah, resultante da combinação dos votos do público com a de um painel de especialistas, coloca um ponto final no domínio do Manchester City, que viu um jogador seu conquistar o prémio nas cinco épocas anteriores, nomeadamente o português Rúben Dias em 2020/21.

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Sabe o que são os EEA Grants? Têm 126 milhões para Portugal

“Portugal é um dos países beneficiários desde o início” e “já foram apoiados mais de 800 projetos” no nosso país, diz Maria Mineiro, a coordenadora dos EEA Grants Portugal

Sabe o que são os EEA Grants? E o Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu? Pois bem, são exatamente a mesma coisa e têm 126 milhões de euros para financiar projetos em Portugal até 2028.

O ECO falou com Maria Mineiro, a coordenadora da Unidade Nacional de Gestão dos EEA Grants Portugal para saber um pouco mais sobre estes apoios que “resultam do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu, assinado na cidade do Porto em 1992 entre os Estados-membros da União Europeia e três Estados EFTA: a Noruega, a Islândia e o Liechtenstein, garantindo a participação destes três Estados EFTA no mercado interno da União Europeia”.

Este mecanismo, que está em vigor desde 1994, tem dois objetivos: “a redução das disparidades económicas e sociais entre países beneficiários, no qual Portugal se inclui, e os países doadores, e o reforço das relações bilaterais entre países”.

Maria Mineiro recorda que “Portugal é um dos países beneficiários desde o início” e que “já foram apoiados mais de 800 projetos em Portugal”.

Para o novo quadro de programação que se inicia este ano ainda não há candidaturas abertas, mas saiba quais as áreas elegíveis e como se pode concorrer, conheça casos de sucesso, e como estes apoios podem ser cumulativos com os fundos europeus.

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Pedro Nuno Santos já não é secretário-geral do PS

Numa democracia avançada e qualificada, o atual primeiro-ministro não era primeiro-ministro. Não tem as condições éticas mínimas para liderar um governo", reforçou à saída da reunião do PS.

Pedro Nuno Santos já deixou oficialmente a liderança do Partido Socialista. À saída da reunião deste sábado, na qual vão ser marcadas as datas para as eleições internas, o socialista reiterou a ideia de que o atual primeiro-ministro não tinha condições para manter o cargo. “Era impensável que alguém com o histórico de Luís Montenegro merecesse a confiança do PS“, reforçou, justificando o chumbo da moção de confiança que fez cair o governo.

“Nós temos que ser muito claros e muito transparentes. Há um ainda primeiro-ministro que os portugueses quiseram e vai continuar a ser primeiro-ministro, mas uma coisa é ter ganho eleições, outra coisa é eu passar a achar que o ainda primeiro-ministro merece confiança. A minha confiança não merece. E na minha liderança, também não merecia, não podia merecer a confiança do meu partido”, começou por afirmar sobre o tema.

“Numa democracia avançada e qualificada, o atual primeiro-ministro não era primeiro-ministro. Não tem as condições éticas mínimas para liderar um governo”, reforçou. “Achava isso na altura em que se votou a moção de confiança, acho isso hoje e dificilmente não acharei no futuro”, prosseguiu Pedro Nuno Santos.

Há momentos em que devemos fazer aquilo que é correto. E eu tenho orgulho em ter feito, em cada momento, aquilo que eu achava que era correto“, afirmou à saída da reunião o que aconteceu, cerca de uma hora após o início do encontro no qual os socialistas vão marcar o calendário interno para escolher o seu sucesso.

“Termino aqui um percurso de muitos anos de dedicação ao partido e ao país”, começou por afirmar à saída da comissão política política do partido, adiantando que ainda não tomou decisão sobre o lugar na Assembleia da República.

Sobre os motivos que levaram à derrota do PS no último domingo, o agora ex secretário-geral defende que é preciso fazer uma análise menos imediatista do que dizer que “a responsabilidade é do candidato, é das listas, é do projeto, ou é do discurso, ou é das medidas”. “Não podemos ignorar que há uma quantidade muito grande de portugueses que sentem que a sua vida não ata nem desata, está a marcar passo. E enquanto não conseguirmos que essas pessoas acreditem que as suas vidas podem de facto melhorar, não vamos recuperar a confiança das pessoas”, admitiu.

“São milhões de portugueses que contam os cêntimos para chegar ao final do mês, que depois os filhos se prolongam em casa porque não conseguem uma casa, filhos que se licenciaram e recebem salários que são baixos, pais acamados que não têm onde ficar e famílias que não têm como cuidar deles. As realidades que muitos milhões de famílias enfrentam em Portugal são pesadas, são difíceis, e obviamente que há uma penalização também do partido que mais governou o país”, deu como justificação.

A emigração é outro tema que deve ser algo de reflexão, acrescentou. “O país precisa de trabalhadores estrangeiros para crescer. Se a economia não cresce, temos tensões sociais. Mas, uma entrada tão grande em tão pouco tempo, criou outro tipo de tensões e nós temos que saber lidar com elas e olhar para trás, reconhecer o que correu bem, reconhecer o que correu mal. Só recuperaremos a confiança dos portugueses quando os portugueses sentirem que nós percebemos o que é que correu mal”.

Sobre a sua atuação, de agora em diante, poder vir a condicionar o próximo secretário-geral, Pedro Nuno Santos responde que uma das características do PS é “não triturar nem líderes nem dirigentes”. “Há um nível de solidariedade dentro do PS a não assistimos noutros partidos, nomeadamente no principal adversário do PS”. Garante, no entanto, que vai continuar a dizer o que pensa.

 

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Carlos César propõe eleições no PS em 27 e 28 de junho e congresso pós-autárquicas

  • Lusa
  • 24 Maio 2025

Candidaturas até 12 de junho e eleições a 27 e 28 é a proposta do presidente do partido. O presidente socialista também afirmou que não deve haver dúvidas que o PS viabilizará o Governo da AD.

O presidente do PS, Carlos César, vai propor à Comissão Nacional que as eleições para secretário-geral socialista sejam em 27 e 28 de junho e o congresso depois das autárquicas.

Sendo certo que essa reflexão é necessária, porque reconhecidas as consequências negativas, é importante serem conhecidas as causas, também é importante que a prioridade seja definida no que toca às eleições autárquicas e à reposição dessa normalidade institucional“, disse Carlos César à entrada da Comissão Nacional do PS, em Lisboa.

O presidente do PS – que vai assumir interinamente as funções deixadas por Pedro Nuno Santos, que se demitiu na noite eleitoral – anunciou que vai propor que a eleição do secretário-geral decorra imediatamente no dia 27 e 28 de junho, com a apresentação de candidaturas até ao dia 12 de junho.

“E que, depois das eleições autárquicas e quando a liderança que, entretanto, for eleita entender mais adequado, se realizam as eleições para delegados ao Congresso do Partido Socialista”, disse ainda.

O presidente socialista também afirmou que não deve haver dúvidas que o PS viabilizará o Governo da AD, já que o mesmo aconteceu há um ano e com uma votação inferior da coligação liderada por Luís Montenegro.

“Nós estamos confrontados com uma situação similar à legislatura anterior. Se na legislatura anterior o partido vencedor teve uma votação inferior à que teve nesta, o natural é que o Partido Socialista, tendo viabilizado o anterior Governo, viabilize este”, respondeu.

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Comissão Nacional do PS analisa pesada derrota nas legislativas e decide calendário interno

  • Lusa
  • 24 Maio 2025

Carlos César, numa proposta também subscrita por Pedro Nuno Santos, propõe a este órgão máximo entre congressos a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista.

Depois da pesada derrota nas legislativas, que levou Pedro Nuno Santos a demitir-se, a Comissão Nacional do PS reúne-se este sábado para analisar os resultados e aprovar os calendários eleitorais, estando até agora na corrida à liderança José Luís Carneiro.

O PS regressa ao hotel Altis, em Lisboa, quartel-general da noite eleitoral de há quase uma semana que ditou o seu terceiro pior resultado em eleições legislativas e, ainda com os resultados provisórios porque não estão contados os votos da emigração, resultou na perda de 20 deputados e um quase empate com o Chega.

Logo na noite eleitoral de domingo, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, assumiu as responsabilidades pelo resultado e pediu a sua demissão, cargo que deixará após a reunião de hoje, devendo ficar o presidente do partido, Carlos César, a assumir as funções interinamente, segundo informação adiantada à Lusa.

Na reunião de hoje, que servirá para analisar os resultados das legislativas, serão ainda aprovados os calendários e regulamentos eleitorais internos.

Carlos César, numa proposta também subscrita por Pedro Nuno Santos, propõe a este órgão máximo entre congressos a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho, adiantou à Lusa fonte oficial na quinta-feira.

Em alternativa a esta proposta do presidente do PS, o antigo candidato à liderança socialista Daniel Adrião, juntamente com outros dirigentes, propõem à Comissão Nacional do PS eleições primárias abertas apenas em outubro ou novembro, considerando mais sensato que o novo secretário-geral seja escolhido depois das autárquicas.

Carlos César ouviu, segundo fonte oficial adiantou à Lusa, “diversas personalidades apontadas como possíveis candidatos à liderança do PS e optou pelo cenário de eleições imediatas apenas para o cargo de secretário-geral do partido”.

Horas depois desta notícia, soube-se que os dois ex-ministros dos governos de António Costa, Fernando Medina e Mariana Vieira da Silva, estavam fora desta corrida eleitoral, numa semana em que também Duarte Cordeiro e Alexandra Leitão já tinham manifestado a sua indisponibilidade.

Assim, neste momento é o antigo candidato à liderança do PS José Luís Carneiro — que há cerca de um ano e meio perdeu as diretas para Pedro Nuno Santos — o único nome que até agora avançou a sua disponibilidade para a sucessão da liderança do PS.

Numa nota enviada à Lusa logo na segunda-feira ao final dia, o antigo ministro da Administração Interna assegurou que estará disponível para servir o PS e Portugal, considerando que o partido deve fazer “uma reflexão profunda” e abrir um novo ciclo, além de contribuir para a estabilidade política.

Segundo os resultados provisórios, o PS tem neste momento 58 lugares no parlamento, com um resultado de 23,38%, ou seja, 1.394.501 votos.

Com este resultado, o PS surge quase empatado com o Chega e, em comparação com os mesmos resultados do ano passado, também sem a emigração, perdeu mais de 365 mil votos num ano.

Este é o terceiro pior resultado da história do PS em termos de percentagem, tendo a marca só sido pior apenas em 1985, com Almeida Santos, e em 1987, com Vítor Constâncio.

No discurso no qual assumiu a derrota, o líder do PS assumiu a responsabilidade do resultado, disse que deixa de ser secretário-geral se “puder ser já” e que não quer “ser um estorvo nas decisões” que o PS tem que tomar.

“Mas como disse Mário Soares, só é vencido quem desiste de lutar e eu não desistirei de lutar. Até breve. Obrigado a todos”, enfatizou.

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Trump diz que pode impor tarifas de 25% à Samsung e outros fabricantes de telemóveis

  • Lusa
  • 24 Maio 2025

"Se vão vender nos Estados Unidos, quero que fabriquem aqui", insistiu Trump, que confirmou que não haverá tarifas para as empresas que transferirem as suas fábricas para o país.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que poderá alargar a tarifa de 25% com que ameaçou Apple à sul-coreana Samsung e a outros fabricantes de telemóveis, caso não transfiram a sua produção para os EUA.

Trump avisou, na Sala Oval da Casa Branca, que as medidas entrarão em vigor no final de junho e incluirão “também a Samsung e todos os que fabricam esse produto; caso contrário, não seria justo”.

Questionado por um jornalista sobre se a ameaça de aplicação de direitos aduaneiros que tinha feito horas antes visaria apenas a empresa tecnológica norte-americana Apple, o Presidente especificou que a sua intenção era alargar os impostos a todas as empresas tecnológicas que operam no mercado norte-americano.

“Se vão vender nos Estados Unidos, quero que fabriquem aqui”, insistiu Trump, que confirmou que não haverá tarifas para as empresas que transferirem as suas fábricas para o país.

Sobre o aviso feito à Apple no início do dia, a partir da sua conta na rede social Truth Social, Trump disse que quando o CEO da empresa tecnológica, Tim Cook, lhe disse que iria levar a produção de iPhones para a Índia, lembrou-lhe que isso levaria a um aumento das taxas.

“É bom ir para a Índia, mas eles não vão vender aqui (nos EUA) sem tarifas, e é assim que as coisas são”, adiantou.

Desde que regressou ao poder, Trump adotou várias medidas tarifárias contra os seus parceiros comerciais, algumas das quais foram temporariamente suspensas.

Há muito que informei Tim Cook que espero que os iPhones vendidos nos Estados Unidos sejam fabricados e montados nos Estados Unidos, não na Índia ou em qualquer outro lugar“, escreveu hoje Trump na sua rede social Truth Social.”Caso contrário, a Apple terá de pagar uma tarifa de pelo menos 25% aos EUA”, acrescentou o Presidente no post.

A mensagem do nova-iorquino teve um efeito imediato no preço das ações da empresa sediada em Cupertino, Califórnia, que registou quedas persistentes de cerca de 3 por cento em Wall Street.

Ainda hoje, Donald Trump afirmou que as empresas da União Europeia (UE) deverão mudar-se para os Estados Unidos, tornando dispensáveis as tarifas alfandegárias de 50% com que horas antes ameaçou os 27 membros.

O bloco comunitário escapará às tarifas porque “o que fará é enviar as suas empresas para os Estados Unidos e construir as suas fábricas”, disse Trump, cuja anterior ameaça causou indignação e preocupação na Europa.

Trump acrescentou que as negociações com a EU “não estão a dar frutos”, com várias vozes de países europeus a pedirem um abrandamento da escalada de tarifas.

Entre essas vozes encontram-se o primeiro-ministro irlandês, Michéal Martin, que afirmou hoje que as tarifas norte-americanas de 50% sobre os produtos europeus irão “prejudicar seriamente” a relação comercial UE-EUA, lamentando as ameaças de Donald Trump.

A Irlanda alberga a maioria das sedes europeias de gigantes tecnológicos norte-americanos, como a Apple, a Google e a Meta, graças ao seu atrativo sistema fiscal.

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