Governo avalia pedir a Bruxelas alívio das regras do défice para a Defesa

  • Lusa
  • 13 Abril 2025

O Governo ainda está a analisar se vai pedir à Comissão Europeia a ativação da cláusula nacional nas regras do défice para investir em defesa sem isso contar para o saldo orçamental.

O Governo ainda está a analisar se vai pedir à Comissão Europeia a ativação da cláusula nacional nas regras do défice para investir em defesa sem isso contar para o saldo orçamental, decisão que tem de ser tomada até ao final de abril. “Nós estamos a analisar. […] Teremos, naturalmente, um diálogo com a Comissão, também com o Partido Socialista dado estarmos em período pré-eleitoral, e a seu tempo anunciaremos a decisão“, afirmou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, em entrevista à agência Lusa.

O executivo comunitário pediu que, até final deste mês de abril, os Estados-membros ativassem a cláusula de salvaguarda nacional no âmbito das apertadas regras orçamentais comunitárias para poderem gastar mais em defesa, dadas as atuais necessidades num contexto de tensões geopolíticas, sem correrem o risco de terem um Procedimento por Défice Excessivo (PDE).

Apesar de este não ser um prazo formal, certo é que Lisboa ainda não fez qualquer pedido a Bruxelas, apesar de a instituição comunitária ter dado “sinais de que teria preferência que os países optassem pela cláusula de salvaguarda, até para não haver qualquer risco reputacional de quem o venha a fazer”. Isto é, a Comissão Europeia pretende que todos os países da UE o façam, mesmo que não necessitem desta ‘folga’ no saldo orçamental.

Como Portugal beneficia de excedente e de crescimento económico, o Governo português tem vindo a dizer que o país não necessita de tal alívio nas apertadas regras da UE do défice e dívida pública para gastar mais em defesa devido ao equilíbrio orçamental do país. Outros países, como República Checa, Malta, Letónia, Bélgica e Grécia, já manifestaram interesse, disseram à Lusa fontes europeias.

No sábado, a Comissão Europeia disse esperar que, em abril, a “grande maioria” dos Estados-membros da UE peça a ativação da cláusula nacional de salvaguarda para mais investimentos na área de segurança.

Esta é uma das medidas do plano de 800 mil milhões de euros para defesa na UE, que inclui esta ativação da cláusula de salvaguarda nacional das regras orçamentais para evitar PDE (para aumento da despesa pública com defesa num acréscimo máximo de 1,5% do PIB por ano, que resultará em 650 mil milhões de euros em quatro anos) e um novo instrumento europeu de crédito em circunstâncias extraordinárias (num total de 150 mil milhões de euros, semelhante ao de empréstimos a condições favoráveis criado durante a covid-19 para evitar o desemprego).

O Governo português também ainda não decidiu se vai recorrer a estes empréstimos, adiantou Joaquim Miranda Sarmento à Lusa: “Nós não temos nada fechado, estamos a analisar”. “Nós olharemos dentro daquilo que são as necessidades brutas de financiamento do Estado português, olharemos para os diferentes instrumentos, e procuraremos a cada momento fazer as escolhas que entendemos que são as mais eficientes para as finanças públicas“, concluiu.

As restantes vertentes do plano da Comissão Europeia incluem a reafetação de verbas de outros fundos (como da Coesão, para projetos de uso civil e militar), verbas do Banco Europeu de Investimento (que deverá passar a ter regras mais flexíveis para estes investimentos) e ainda capital privado.

A UE pode ter de gastar 250 mil milhões de euros por ano, o equivalente a 3,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB), para a sua segurança face à guerra da Ucrânia causada pela invasão russa.

Entre 2021 e 2024, a despesa dos Estados-membros com defesa aumentou mais de 30%, para 326 mil milhões de euros, o equivalente a cerca de 1,9% do PIB da UE. Portugal investiu cerca de 1,55% do PIB em defesa no ano passado e já disse que, antes da anterior data prevista de 2029, chegará aos 2%, sem revelar como e quando.

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Apoios às empresas “praticamente não tem impacto orçamental”

  • Lusa
  • 13 Abril 2025

O Governo garante que o plano de 10 mil milhões de euros para apoiar as empresas face às tarifas "praticamente não tem impacto orçamental", embora 200 milhões possam ser convertidos em subvenções.

O Governo garante que o plano de 10 mil milhões de euros para apoiar as empresas exportadoras portuguesas face às tarifas anunciadas pelos Estados Unidos “praticamente não tem impacto orçamental”, embora 200 milhões possam ser convertidos em subvenções.

O plano que nós apresentámos na quinta-feira é um plano que, do ponto de vista orçamental, praticamente não tem impacto“, disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, em entrevista à agência Lusa dias depois de o Governo ter anunciado um pacote de medidas com um volume superior a 10 mil milhões de euros para o apoio rápido às empresas exportadoras, com linhas de crédito, seguros e expansão de apoios à internacionalização.

E explicou: “O plano tem uma componente de linhas de financiamento do Banco Português de Fomento, que é uma entidade que está fora do perímetro das contas públicas, […] e depois há uma parte de seguros de exportações que é feita na COSEC, que é uma entidade que, neste momento, é detida por empresas privadas e há uma reprogramação do Portugal 2030 de fundos europeus e, portanto, do ponto de vista orçamental é neutro“.

Joaquim Miranda Sarmento referiu que, “a haver impacto orçamental, […] acontecerá no final dos empréstimos, daqui a cinco ou seis anos, numa pequeníssima margem desses empréstimos”.

“Estamos a falar de um valor muito pequeno em termos de subvenções, face aos 10 mil milhões do programa”, na ordem dos 200 milhões de euros, acrescentou o governante, explicando estarem em causa “pequenas partes” dos créditos que, caso uma empresa cumpra os critérios relativos ao emprego e ao investimento, poderão ser assumidas pelo Estado. “Há uma pequeníssima parte desse empréstimo que pode ser convertido em subsídio e, portanto, não ser pago“, adiantou, reforçando que “o impacto orçamental deste programa é praticamente nulo”.

A posição surge depois de, na sexta-feira, a Comissão Europeia ter pedido “cautela na resposta orçamental” dos países da União Europeia (UE) às tarifas anunciadas pelos Estados Unidos. “Do lado da Comissão Europeia, a nossa primeira avaliação é que precisamos de ser um pouco cautelosos na nossa resposta orçamental. Tivemos a pandemia de covid-19, tivemos uma crise energética relacionada com a agressão da Rússia na Ucrânia, enfrentamos sérios desafios de segurança e temos um défice e uma dívida elevados“, disse o comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis, após ter sido questionado por apoios europeus às empresas e por pacotes de medidas como o português ou o espanhol. O programa português irá abranger empresas exportadoras com base em Portugal.

Este fim de semana, os ministros das Finanças da UE analisaram o impacto económico das novas tarifas aduaneiras dos Estados Unidos, num contexto de alívio após o anúncio norte-americano de suspensão temporária, pausa também adotada pelo bloco comunitário.

Os cálculos da Comissão Europeia dão conta de que os novos direitos aduaneiros norte-americanos implicam perdas de 0,8% a 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA até 2027, sendo esta percentagem de 0,2% do PIB no caso da UE.

No pior cenário, isto é, se os direitos aduaneiros forem permanentes ou se houver outras contramedidas, as consequências económicas serão mais negativas, de até 3,1% a 3,3% para os Estados Unidos e de 0,5% a 0,6% para a UE. Em termos globais, o executivo comunitário estima uma perda de 1,2% no PIB mundial e uma queda de 7,7% no comércio mundial em três anos.

Na entrevista à Lusa, Joaquim Miranda Sarmento disse ainda que o Governo está a monitorizar tais impactos, que “dependerão muito daquilo que for a situação final” das decisões protecionistas norte-americanas, mantendo para já as perspetivas de crescimento. “A situação é difícil, o risco é muito grande“, concluiu.

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Ministério Público arquiva processo sobre declaração de rendimentos de Montenegro

  • Lusa
  • 12 Abril 2025

O Ministério Público considerou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, esclareceu todas as dúvidas relativas à sua declaração de rendimentos e arquivou o processo junto do Tribunal Constitucional.

O Ministério Público considerou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, esclareceu todas as dúvidas relativas à sua declaração de rendimentos e arquivou o processo que corria junto do Tribunal Constitucional. A informação consta de um comunicado divulgado pelo PSD, que anexa o despacho de arquivamento, após notícias veiculadas por vários órgãos de comunicação social de que o primeiro-ministro não teria esclarecido todas as dúvidas dos magistrados relativamente às suas contas bancárias e que o processo continuaria em aberto.

O Presidente do PSD prestou integralmente todos os esclarecimentos solicitados. Neste sentido, o Presidente do Tribunal Constitucional notificou ontem [sexta-feira] o Presidente do PSD, na sequência da proposta do Ministério Público, do arquivamento dos autos respetivos, decisão da passada quinta-feira, dia 10/04/2025“, lê-se no comunicado dos sociais-democratas.

Em causa estariam dúvidas dos magistrados sobre a declaração de rendimentos, património, interesses, incompatibilidades e impedimentos entregue por Luís Montenegro no Tribunal Constitucional em julho de 2022 e em setembro de 2023.

Citando a decisão, o comunicado dos sociais-democratas indica que “o Ministério Público considerou cumpridos todos os esclarecimentos adicionais solicitados na passada quinta-feira”, pelo que optou por partilhar o documento com a comunicação social, “para que não restem dúvidas sobre a veracidade dos factos”.

Donde decorre que não se registou qualquer falha por parte do Presidente do PSD, nem se encontra nenhuma apreciação pendente“, conclui o comunicado dos sociais-democratas.

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Chanceler alemão enfrenta Trump e propõe comércio livre para evitar crise global

  • Lusa
  • 12 Abril 2025

Alemanha em alerta com recessão e tarifas de Trump. Merz promete resposta europeia firme e defende novo pacto comercial para evitar o pior

O futuro chanceler alemão, Friedrich Merz, alertou este sábado para o crescente risco de uma crise financeira devido às tarifas aduaneiras norte-americanas e apelou à reflexão para novo acordo comercial com os EUA.

As políticas do presidente Donald Trump aumentam o risco de a próxima crise financeira ocorrer mais cedo do que o previsto. Nós, europeus, temos de dar uma resposta convincente”, declarou numa longa entrevista ao diário económico alemão Handelsblatt.

Enquanto a China e os EUA prosseguem uma guerra comercial, os europeus estão na expectativa, após o Presidente americano ter anunciado o congelamento por 90 dias das maiores sobretaxas punitivas que acabara de impor a 60 parceiros comerciais.

Espero que seja celebrado um novo acordo de comércio livre transatlântico, com 0% de tarifas sobre tudo.

Friedrich Merz

Chanceler alemão

No entanto, foram mantidas outras taxas sobre o aço, o alumínio e os automóveis, nomeadamente contra a União Europeia, que afetam de forma particularmente dura a economia alemã, pela forte componente de exportação, e a indústria automóvel.

O conservador Friedrich Merz, que se tornará oficialmente chanceler a 06 de maio, tenciona enviar a mensagem de que a Europa “é uma entidade política capaz de agir e pronta a fazê-lo e defende os seus interesses e valores com confiança”, quando se deslocar a Washington para a sua primeira visita oficial, cuja data ainda não foi fixada.

“Espero que seja celebrado um novo acordo de comércio livre transatlântico, com 0% de tarifas sobre tudo”, sublinhou, lamentando que a Europa não tenha conseguido levar a bom porto o principal acordo de comércio livre transatlântico.

Para atenuar os diferendos comerciais, disse estar aberto à ideia de importar mais matérias-primas dos EUA, como solicitado por Trump, nomeadamente de gás.

A Alemanha libertou-se gradualmente da sua dependência do gás russo depois de a Rússia de Vladimir Putin ter invadido a Ucrânia em 2022, e desde então a maior economia da Europa sofreu duas recessões consecutivas, e está a caminhar para a estagnação este ano.

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Graham’s lança, pela primeira vez, um Porto Tawny 80 Anos

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 12 Abril 2025

Graham’s lança o seu primeiro Porto Tawny 80 Anos, em edição limitada a 600 garrafas, criado por Charles Symington em homenagem ao pai, Peter Symington. Um vinho raro, elegante e histórico.

A Graham’s Port acaba de apresentar uma verdadeira raridade no universo vínico: o seu primeiro Porto Tawny 80 Anos, um lançamento histórico que assinala os 200 anos da casa e presta homenagem ao legado familiar da Symington, uma das famílias mais importantes no setor do Vinho do Porto.

Trata-se da primeira vez que a marca lança um Tawny com esta longevidade, aproveitando a criação da nova categoria “80 Anos” pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), anunciada no início deste ano. Com uma edição extremamente limitada de apenas 600 garrafas (PVP: 2.000 euros), este vinho torna-se desde já uma peça de colecionador e uma celebração da passagem do tempo.

O blend foi cuidadosamente elaborado por Charles Symington, co-CEO e Master Blender da Symington Family Estates, em homenagem ao seu pai, Peter Symington, figura histórica do setor e mestre provador da terceira geração da família, que celebra agora o seu 80º aniversário. “O meu pai nasceu em 1944 — em plena Segunda Guerra Mundial — e a sua infância foi moldada pela recuperação pós-guerra, numa época de profunda incerteza. Vários dos vinhos que compõem este lote especial datam desses anos difíceis, e as décadas de envelhecimento resultaram num Porto velho verdadeiramente magnífico”, afirma Charles.

O resultado é um Tawny hipnotizante, de cor âmbar profunda, com uma textura cremosa, marcada por camadas de complexidade. No paladar, revela-se polido, com notas de caramelo, marmelo, tangerina, praliné, baunilha e um toque subtil de caramelo torrado, terminando com sugestões de tabaco e chá preto. A sua acidez bem equilibrada oferece uma frescura surpreendente, rara num vinho com esta idade.

Visualmente, a garrafa é apresentada numa caixa desenhada com inspiração nas árvores e plantas centenárias do Vale do Douro, símbolo da longevidade e da ligação profunda com a terra. O Porto Graham’s 80 Year Old Tawny junta-se, assim, à já célebre coleção de Tawnies Envelhecidos da marca, onde figuram também os reconhecidos vinhos de 40 e 50 anos.

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Angels ou scouters. Eles são fundadores que investem em outros fundadores<span class='tag--premium'>premium</span>

Passam o primeiro cheque para a ideia sair do papel, investem dinheiro pessoal, são ‘olheiros’ para fundos ou criam veículos founder friendly. Faltam mais fundadores a investir noutros fundadores.

Este artigo integra a 13.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.Ainda nem a Anchorage Digital tinha voado para unicórnio, já Diogo Mónica investia em startups de outros fundadores. Passou o primeiro cheque em 2015. “Investi 25.000 dólares, e passado seis meses a empresa faliu. Perdi tudo.” Mas não deixou de investir. Motivo? “Fundadores que com muito trabalho, e muita sorte, conseguem criar riqueza, devem reinvesti-la no ecossistema que os suportou na criação da sua empresa”, defende. “É a maior lacuna em Portugal no que toca a capital de risco: não termos mais fundadores com experiência a investir em projetos em early stage”, acredita Roberto Machado, fundador da Subvisual. Aplicando a política de reinvestir no ecossistema, somando os investimentos pessoais com os feitos via fundo

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Trump recua e exclui smartphones, computadores e chips das tarifas

O presidente dos EUA voltou atrás e poupa bens eletrónicos como smartphones e portáteis da aplicação das tarifas. A decisão beneficia consumidores e empresas como Apple, Samsung e Microsoft.

Num movimento inesperado que promete aliviar os receios dos consumidores e das gigantes tecnológicas, a administração de Donald Trump anunciou que smartphones, computadores portáteis, chips de memória e outros dispositivos eletrónicos ficarão isentos das tarifas impostas às importações provenientes da China e de outros países.

Esta decisão, publicada pela Agência de Alfândegas e Proteção das Fronteiras dos EUA (CBP), representa um alívio significativo num contexto de tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, e justamente no dia em que entra em vigor a tarifa de 125% sobre importações chinesas.

Os novos critérios excluem também máquinas utilizadas na produção de semicondutores, televisores de ecrã plano, tablets e computadores de secretária das tarifas que variam entre 10% para importações globais e até 125% para produtos chineses. Este recuo por parte de Trump beneficia diretamente empresas como Apple, Samsung, HP e Microsoft, que dependem de cadeias de produção fora dos EUA.

A decisão surge num momento em que os consumidores norte-americanos se preparavam para enfrentar aumentos significativos nos preços dos produtos eletrónicos devido às tarifas.

Segundo estimativas da Wedbush Securities, cerca de 90% da produção da Apple ocorre na China, o que poderia ter levado a uma subida acentuada nos preços dos seus dispositivos após o esgotar os stocks nos EUA.

Empresas como a Taiwan Semiconductor Manufacturing, que recentemente anunciou investimentos nos EUA, também poderão beneficiar desta isenção ao evitar custos adicionais na importação de equipamentos essenciais para a produção.

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ECO Quiz. Diversidade, tarifas e preço das casas

  • Tiago Lopes
  • 12 Abril 2025

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou?

Na semana que agora termina, o ECO divulgou que o Governo dos EUA está a rever os contratos com empresas que lhe fornecem bens e serviços em Portugal, incluindo a verificação do cumprimento das novas regras contra programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), conforme estabelecido por uma ordem executiva assinada em janeiro por Donald Trump. A embaixada norte-americana em Lisboa confirmou ao ECO que está a proceder a esta revisão contratual. Segundo a imprensa internacional, medidas semelhantes estão a ser adotadas em outros países da União Europeia.

As tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, continuam a marcar a atualidade. Entre avanços e recuos, Trump anunciou uma taxa de 125% para todas as importações chinesas.

O ECO publica todas as semanas um quiz, que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento.

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Primeiro-ministro nega acusações e diz-se vítima de desinformação

Luís Montenegro rejeita acusações de ocultação de conta bancárias e donativos ao PSD por parte da maior cliente da Spinumviva, ao mesmo tempo que reforça o compromisso com a ética e a transparência.

Este sábado, à entrada da Feira do Folar de Valpaços, Luís Montenegro queixou-se de estar a ser alvo de uma “campanha de desinformação e manipulação de notícias” por parte de dois órgãos de comunicação social.

As declarações surgem na sequência de notícias publicadas pelo Expresso e pelo Correio da Manhã, que colocam em causa a transparência do líder do Governo em temas relacionados com contas bancárias não declaradas e donativos ao PSD provenientes do maior cliente da sua empresa familiar.

Segundo o Correio da Manhã, o Ministério Público está a investigar a não declaração de várias contas bancárias por parte de Luís Montenegro. O primeiro-ministro já terá respondido às autoridades, em abril, confirmando a existência dessas contas, mas garantiu que os valores nelas depositados são inferiores ao limite legal para obrigatoriedade de declaração.

Sobre esta matéria, Montenegro afirmou que não há qualquer irregularidade nas suas declarações de rendimentos. “É falso [que terei escondido contas bancárias]. Ao longo dos últimos 25 anos que tenho [colocado] nas minhas declarações junto do Tribunal Constitucional tenho feito menção das minhas contas bancarias”, disse o primeiro-ministro aos jornalistas.

Luís Montenegro confirmou que foi alvo de pedidos de esclarecimentos por parte do Ministério Público sobre a eventual utilização de três contas para a compra de um imóvel — que o primeiro-ministro refere não ser verdade, tendo apenas recorrido a uma conta para comprar o imóvel –, e que após ter feito esses esclarecimentos “o caso ficou encerrado”.

O primeiro-ministro garantiu que continuará a cumprir as suas funções sem deixar que estas situações desviem o foco do trabalho governativo. “Podem confiar no primeiro-ministro. Podem confiar no PSD e na AD”.

“Dizer-se a quem presta esclarecimentos escondeu contas bancárias — estamos a falar de três contas bancarias à ordem da minha vida: uma com 37 anos, outra com 26 anos e outra com 16 anos — é simplesmente adulterar o teor daquilo que foi a prestação de esclarecimentos banal”, referiu Luís Montenegro, sublinhando que “a ética tem de valer para todos. A ética tem de ser um juízo que importa que todos cumpramos a nossa responsabilidade.”

Outra polémica que mereceu comentários do primeiro-ministro este sábado em Valpaços refere-se ao suposto envolvimento do maior cliente da sua empresa familiar — a Spinumviva –, na atribuição de donativos ao PSD. Segundo o Expresso, membros da família Barros Rodrigues, proprietária da gasolineira em Braga que contratou a Spinumviva, realizaram donativos significativos ao PSD desde 2021.

Questionado sobre uma possível ligação entre os donativos e a liderança do partido, Montenegro rejeitou qualquer irregularidade. “É falso. É simplesmente falso. Não há nenhuma empresa que financie o PSD. É proibido por lei às empresas financiarem partidos políticos. E o PSD cumpre a lei”.

No entanto, refere também que “há cidadãos que, individualmente, fazem donativos aos partidos políticos, que no caso do PSD são sempre registados, feitos de forma transparente, de forma legal”, adiantando que em função disto fazer qualquer relação com o presidente do partido ou com o PSD “é simplesmente manipulação.”

O primeiro-ministro esclarece ainda que a situação em questão refere-se a “um financiamento que, ainda por cima, é para uma concelhia do partido”, notando também que tem sido confrontado com “notícias que eu considero desinformação e manipulação de factos perfeitamente normais e banais.”

Embora Luís Montenegro tenha reafirmado a sua tranquilidade face às investigações, as acusações levantadas pelos dois jornais têm gerado controvérsia no panorama político nacional, particularmente no período de pré-campanha eleitoral para as próximas eleições legislativas.

O primeiro-ministro garantiu que continuará a cumprir as suas funções sem deixar que estas situações desviem o foco do trabalho governativo. “Podem confiar no primeiro-ministro. Podem confiar no PSD e na AD, e podem ter a certeza que nós daremos às portuguesas e aos portugueses os elementos que são importantes para que eles possam aferir as condições para os líderes, equipas e programas poderem desenvolverem o seu trabalho a bem da vida de cada um e de cada uma”.

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Trump arrisca tudo com plano de 90 acordos em 90 dias

O presidente dos EUA promete negociar 90 acordos comerciais em 90 dias, mas enfrenta críticas e algum ceticismo entre especialistas e investidores.

Donald Trump lançou um novo desafio à sua administração: alcançar 90 acordos comerciais em apenas 90 dias. A meta ambiciosa, anunciada após uma pausa estratégica nas tarifas impostas a vários parceiros comerciais, já está a levantar dúvidas entre especialistas e no mercado de capitais sobre a sua viabilidade.

A decisão do presidente dos EUA surge num contexto de volatilidade económica marcada por receios de recessão e inflação nos EUA. Recentemente, Trump suspendeu temporariamente as tarifas mais elevadas aplicadas a diversos países, mantendo uma taxa base de 10% para a maioria dos parceiros comerciais.

Contudo, a China, alvo de tensões comerciais prolongadas, viu as suas exportações para os EUA sujeitas a uma tarifa agravada de 145%, que fez Pequim retaliar com uma taxa de 125% sobre importações de bens dos EUA.

Segundo Peter Navarro, conselheiro comercial da Casa Branca, Trump será o “negociador-chefe” neste processo. “Nada será assinado sem que o presidente reveja cuidadosamente cada detalhe”, garantiu Navarro numa intervenção na Fox Business canal Fox.

A pausa de 90 dias foi apresentada como uma oportunidade para os países negociarem acordos bilaterais com os EUA, mas também como uma tentativa de restaurar a confiança dos mercados financeiros, que têm reagido com instabilidade às políticas tarifárias da administração.

Apesar do otimismo declarado pela Casa Branca, analistas apontam para desafios logísticos e políticos significativos. Wendy Cutler, ex-negociadora-chefe do Representante Comercial dos EUA, considera “irrealista” alcançar acordos abrangentes em tão pouco tempo. Mesmo os acordos mais simples negociados por Trump no passado levaram meses ou anos a serem concluídos, como sucedeu com as negociações com a Coreia do Sul ou o tratado comercial tripartido EUA-México-Canadá.

Adicionalmente, a administração enfrenta limitações internas, com muitos cargos-chave a permanecer vagos ou são ocupados por funcionários interinos, o que aumenta as dificuldades em gerir simultaneamente negociações com dezenas de países.

Os mercados têm também demonstrado ceticismo relativamente à capacidade de Trump em cumprir esta meta. A volatilidade recente nos preços das ações e nos mercados cambiais reflete preocupações sobre os impactos económicos das tarifas e sobre a incerteza associada às negociações comerciais. O ouro atingiu máximos históricos esta semana, reforçando o sentimento de insegurança entre os investidores.

Além disso, países como o Reino Unido e a Austrália têm mantido conversações com os EUA desde o início da presidência de Trump sem resultados concretos até agora. Este histórico contribui para dúvidas sobre se 90 dias serão suficientes para transformar “conversas” em “acordos”.

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Espaço Quanta Terra casa vinho com arte de Vhils, HelioBray e Paulo Neves

E se uma antiga destilaria do Douro, transformada em adega, casar arte com vinho? É assim no Espaço Quanta Terra, onde por estes dias é possível admirar obras de Vhils, HelioBray e Paulo Neves.

Entre barricas onde estagia o vinho e as antigas cubas de armazenamento de aguardente, revestidas a ladrilhos espelhados, os enólogos Celso Pereira e Jorge Alves mostram que arte e vinicultura têm tudo para casar na perfeição. No Espaço Quanta Terra, em Favaios, concelho de Alijó, os dois empresários harmonizam vinho com obras de arte de Alexandre Farto aka Vhils, HelioBray e Paulo Neves, num formato fora da caixa que desperta os sentidos a quem os visita.

Começamos por nos render à arquitetura desta antiga destilaria do Douro transformada em adega, em pleno Douro Vinhateiro, para depois sentirmos o aroma do vinho a envelhecer e embarcarmos numa viagem pela mestria e engenho dos três artistas sob a curadoria da Galeria Contagiarte. São sete obras de Alexandre Farto aka Vhils, outras tantas de Paulo Neves e mais 11 de HelioBray nesta mostra batizada de “Quanta Terra Quanta Arte” que acaba por ser um desígnio dos dois enólogos.

Nesta viagem pela arte, “Vhils escava camadas que revelam a história, como um pintor na tela. HelioBray mistura técnicas e pigmentos, que levam a formas que se conectam à natureza”, começa por detalhar Rui Pedro, responsável pela curadoria da Contagiarte. Já o escultor Paulo Neves, continua, “une a escultura e a arte, com uma forte ligação à madeira e materiais orgânicos”.

São 25 obras criteriosamente espalhadas pelos vários espaços da adega da marca de vinhos Quanta Terra que dá cartas por esse mundo fora com duas distinções Best of Wine Tourism (2023 e 2025), na categoria arte e cultura, atribuídas pela Great Wine Capitals. E em parte graças a essa simbiose do vinho com umas quantas expressões artísticas que transforma esta adega numa espécie de galeria de arte onde é possível apreciar pintura ou instalações artísticas enquanto se faz uma prova de vinhos rodeado de outras referências a envelhecer em barricas.

É precisamente ao lado de uma escultura, feita de madeira, de Paulo Neves, que o enólogo Celso Pereira começa por assinalar “a importância desta narrativa de associar o vinho à arte” que tem colocado a marca Quanta Terra no circuito cultural. “Escolhemos trilhar este caminho nesta antiga destilaria do Douro, que inicialmente estava para ser apenas uma adega, e tornou-se um espaço cultural com a coexistência de vinho e arte”.

Ao lado o sócio Jorge Alves graceja, emocionado, com a dimensão que este formato fora da caixa já alcançou. No dia da inauguração da mostra das “três estrelas” tinham casa cheia; um momento que serviu ainda para dar a conhecer algumas das suas melhores colheitas, entre elas o vinho Quanta Terra Wild a partir da casta Pinot Noir; o Inteiro 2014 produzido a partir das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Sousã –; ou o Manifesto Tinto 2018 — 65% Touriga Nacional e 35% Touriga Franca.

Mas para percebermos melhor como tudo começou, recuamos até 2022, ano em que os empresários estrearam o conceito da simbiose vinho e cultura, com a exposição da artista plástica Joana de Vasconcelos, que também assinou alguns rótulos de vinhos. Como é o caso do pack de três garrafas de vinho tinto produzido com uma diversidade de castas, como Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Sousão, vendido a 900 euros com uma serigrafia da artista plástica.

O modelo parecia resultar e, um ano depois, era possível captar a essência e mestria da artista plástica holandesa Leni van Lopik na antiga destilaria, com a mostra “Cor no Douro”. O modelo tinha cimentado e um ano depois, pelas comemorações das Bodas de Prata da marca Quanta Terra, a arte atracou novamente na antiga destilaria do Douro. Desta vez, com a mostra “Técnica Ancestral”, com curadoria da plataforma cultural Underdogs Gallery, com obras de arte de artistas portugueses e estrangeiros, entre os quais Alexandre Farto aka Vhils, AkaCorleone, Pedrita Studio, PichiAvo, Raquel Belli e Vasco Maio.

Por estes dias e até 31 de dezembro de 2025, de quarta a domingo, a arte coexiste lado a lado com as barricas de vinho para os mais apreciadores deste modelo que tem ganho cada vez mais fãs, segundo dizem os mentores desta iniciativa.

Quanta Terra
Rua da Casa do Douro – Favaios
[email protected]
Tel.: 935907557

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Governo compromete-se com reforço na defesa sem comprometer contas públicas

  • Lusa
  • 12 Abril 2025

O ministro das Finanças garante mais investimento militar sem afetar o equilíbrio orçamental e o Estado social, mas a meta dos 2% do PIB continua envolta em incertezas.

O ministro das Finanças não se comprometeu com um prazo ou valor para antecipação da meta de alocar 2% do PIB a defesa, mas garantiu esforços para aumentar o investimento, sem afetar o equilíbrio orçamental.

“Haverá uma cimeira em junho da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] onde isso será revisto. Nós estamos a trabalhar nesses cenários, [mas] não posso, naturalmente neste momento, comprometer-me nem com o valor nem com o ano, embora teremos que acelerar o aumento de despesa e de investimento na defesa”, referiu este sábado Joaquim Miranda Sarmento, em declarações à agência Lusa à chegada da reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (UE).

Realizada em Varsóvia pela presidência polaca do Conselho, a reunião visa discutir como aumentar as oportunidades de investimento e financiar a defesa e da segurança da Europa, num contexto de tensões geopolíticas, com Portugal a defender “um equilíbrio entre manter – e se possível reforçar – o Estado social, reforçar a capacidade de defesa e […] o equilíbrio orçamental”.

Nós temos de fazer, de facto, um esforço de reforçar a capacidade de defesa europeia e esse reforço tem de ser a nível europeu coordenado.

Joaquim Miranda Sarmento

Ministro das Finanças

Depois de Portugal ter investido cerca de 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa no ano passado e de o Governo ter anunciado na quinta-feira que tenciona antecipar a meta de alocar 2% do PIB para gastos em segurança, que estava prevista para 2029, Joaquim Miranda Sarmento escusou-se a indicar para quando e como isso será feito.

Nós temos de fazer, de facto, um esforço de reforçar a capacidade de defesa europeia e esse reforço tem de ser a nível europeu coordenado, em que cada Estado-membro assume um conjunto de responsabilidades também muito relacionadas com a sua posição geográfica e com aquilo que é a sua economia e a sua capacidade de gestão”, apontou, exemplificando Portugal tenciona apostar na marinha, na força aérea, nos ‘drones’, na cibersegurança.

Certo é que, de acordo com o ministro das Finanças, isso será feito sem impactar a estabilidade orçamental, quando o Governo continua a prever excedentes neste ano e nos próximos até 2028.

“Nós avançaremos nas diferentes áreas da governação, incluindo despesa, na medida em que seja possível, mantendo o equilíbrio orçamental em todos os anos”, assegurou, embora admitindo que, no próximo ano, o excedente possa ser menor do que nos restantes, como consta, aliás, do plano de médio prazo enviado à Comissão Europeia.

Na quinta-feira, o Conselho das Finanças Públicas estimou que, se o Governo atingir a meta de gasto de 2% do PIB em Defesa, esse esforço em 2029 poderia agravar o défice orçamental para 1,2% do PIB.

Sobre esta questão, Joaquim Miranda Sarmento adiantou à Lusa: “O exercício orçamental de 2026 é mais exigente, […] mas nós não prescindimos de manter o equilíbrio das contas públicas e de continuar a reduzir de forma muito significativa a dívida pública”.

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