Portugal é uma exceção mundial com as ações a perderem para as obrigações do Tesouro há 20 anos

Contra a tendência global, Portugal viu as obrigações do Tesouro superarem as ações nas últimas duas décadas em mais do dobro, expressando com isso o baixo apelo do mercado acionista português.

Nos últimos 125 anos, as ações têm consistentemente superado todos os outros ativos financeiros, apresentando uma rendibilidade real anualizada de 5,2% desde 1900 face a um desempenho de apenas 1,7% das obrigações e 0,5% dos títulos de dívida de curto prazo.

Esta é uma das principais conclusões do “Global Investment Returns Yearbook 2025”, um estudo abrangente que analisa o desempenho de vários ativos financeiros desde 1900 em 90 mercados mundiais, incluindo Portugal.

O estudo, elaborado pelos académicos Elroy Dimson, Paul Marsh e Mike Staunton em parceria com o UBS, demonstra de forma inequívoca a superioridade das ações como veículo de investimento a longo prazo. “A longo prazo, o desempenho superior das ações tem sido notável. As ações superaram as obrigações, os títulos e a inflação em todos os países”, refere o relatório.

Para ilustrar este fenómeno, os investigadores apontam que um investimento inicial de 1 dólar em ações americanas em 1900 teria crescido para 107.409 dólares em termos nominais até ao final de 2024. Em contraste, o mesmo investimento em obrigações ou títulos do Tesouro norte-americano teria crescido para apenas 268 e 67 dólares, respetivamente, enquanto o índice de inflação teria atingido 37 dólares.

Mesmo reduzido o período de análise para as últimas duas décadas, a conclusão é ainda mais marcante, com as ações a contabilizarem uma rendibilidade real anualizada de 5,2% entre 2005 e 2024, face uma performance de 1,1% das obrigações e de -1% dos títulos de dívida de curto prazo.

Ao contrário da maioria dos países, nos últimos 125 anos, os investidores consideraram que Portugal tinha mais risco em pagar a sua dívida de curto prazo do que a dívida de longo prazo (obrigações do Tesouro).

Esta realidade é igualmente marcante considerando individualmente o mercado nacional. Tal como no resto do mundo, também em Portugal investir em dívida pública numa perspetiva de longo prazo não é um bom investimento. Nos últimos 125 anos, as obrigações do Tesouro português registaram uma rendibilidade real média de -1,7% e os Bilhetes do Tesouro perderam, em média, 1,1% por ano, face a ganhos reais de 3,5% das ações.

Estes números revelam ainda que, ao contrário da maioria dos países, nos últimos 125 anos, os investidores consideraram que Portugal tinha mais risco em pagar a sua dívida de curto prazo do que a dívida de longo prazo (obrigações do Tesouro). Num ambiente saudável das finanças públicas, a relação seria exatamente a oposta.

Algo que já é visível quando se encurta o período de análise para os últimos 20 anos, com a rendibilidade das obrigações do Tesouro a alcançar uma yield real anualizada de 3%, superando assim não apenas a rendibilidade real de -0,8% dos títulos de dívida de curto prazo como também os ganhos reais de apenas 1,3% das ações.

Esta superação das obrigações do Tesouro face às ações é também ela uma exceção no contexto mundial (em que as ações renderam anualmente 5,2% e a obrigações 1,1%) como também no contexto europeu (em que as ações ganharam 2,7% por ano e as obrigações perderam 1%), que espelha a pouca atratividade do mercado acionista português.

O paradoxo do desempenho das ações

Apesar de os autores do estudo destacarem que, coletivamente, as ações são a classe de ativos com melhor desempenho no longo prazo, a maioria das ações tem um desempenho fraco. De acordo com os dados recolhidos entre 1990 e 2020, 52% das ações tiveram rendibilidades negativas, 57% tiveram um desempenho inferior aos títulos de dívida pública de curto prazo dos EUA e 71% ficaram abaixo do desempenho do índice de referência.

Segundo o relatório, “a geração de riqueza está extremamente concentrada numa minoria das ações com os melhores desempenhos”, o que significa que “os investidores devem ter uma carteira bem diversificada, a menos que tenham talento para escolher ações”.

Face a estes dados, o estudo sublinha a importância crucial da diversificação nas carteiras de investimento. “A diversificação tem ajudado a gerir a volatilidade. Embora a globalização tenha aumentado a extensão em que os mercados se movem em conjunto, os potenciais benefícios de redução de risco da diversificação internacional continuam a ser grandes”, destaca o relatório.

O market timming pode ser dispendioso se perder os melhores meses, e até para os investidores profissionais é uma estratégia extremamente difícil de seguir.

Paul Marsh

Um dos três autores do estudo Global Investment Returns Yearbook 2025

Para os investidores de mercados desenvolvidos, os mercados emergentes continuam a oferecer melhores perspetivas de diversificação do que outros mercados desenvolvidos. O estudo menciona ainda que a diversificação entre classes de ativos também tem sido eficaz na redução do risco.

Além disso, Paul Marsh, na apresentação do estudo esta manhã, destaca a importância de os investidores terem o cuidado de contabilizarem as expectativas no mercado quando tomam as suas decisões de investimento, notando que “quando existe um elevado consenso no mercado, os investidores devem questionar se essa perspetiva não está já descontada no mercado”.

Essa ideia pode explicar o facto de este ano as ações europeias apresentarem um desempenho bem superior ao desempenho as ações dos EUA, quando todos os outlooks para 2025 das principais casas de investimento apontavam os EUA tendo maior potencial que o mercado europeu.

Paul Marsh destaca também o risco de procurar seguir uma estratégia de “market timming“, marcada por entradas e saídas constantes do mercado por parte dos investidores, na expectativa de serem capazes de maximizar o seu investimento. “O market timming pode ser dispendioso se perder os melhores meses, e até para os investidores profissionais é uma estratégia extremamente difícil de seguir”, destaca o especialista, recordando que “os grandes ganhos não estão na compra nem na venda [das ações], mas na espera”, citando uma famosa frase de Charlie Munger, histórico parceiro de negócios de Warren Buffett.

Os autores destacam assim que a estratégia de tentar bater o mercado recorrendo à compra e venda constante de ações pode ser bastante cara se perder os melhores dias do mercado (algo qeu os autores consideram altamente provável de acontecer) e “é preciso ser uma pessoa muito inteligente” para alcançar bons resultados a longo prazo com esta estratégia.

Mercados em transformação constante

O estudo destaca também como os mercados se transformaram dramaticamente desde 1900. Das empresas norte-americanas cotadas em 1900, cerca de 80% do seu valor estava em indústrias que hoje são pequenas ou extintas, sendo que o número para o Reino Unido é de 65%.

“Adicionalmente, uma elevada proporção das empresas cotadas hoje vem de indústrias que eram pequenas ou não existiam em 1900”, referem os autores do estudo, destacando que, nos EUA, essa porção é de 63% e no Reino Unido é de 44%.

Um fator particularmente relevante é o nível de concentração dos mercados atuais. O estudo revela que “a concentração é uma questão crescente. Apesar de um mercado global de ações relativamente equilibrado em 1900, os EUA agora representam 64% da capitalização mundial, em grande parte devido ao desempenho superior das principais ações tecnológicas”.

A lição fundamental destes 125 anos de história de investimento é que as ações, quando combinadas com uma estratégia de diversificação adequada, continuam a ser a melhor opção para quem procura construir riqueza no longo prazo.

Esta concentração no mercado americano encontra-se no nível mais elevado dos últimos 92 anos, constituindo um risco potencial para os investidores, destacam os autores do estudo. As dez maiores empresas a nível mundial representam atualmente cerca de 25% do valor global das ações.

Na apresentação do estudo esta manhã, Paul Marsh sublinhou que, atualmente, “um fundo cotado (mais conhecido por ETF) que replique o mercado mundial apresenta uma exposição de dois terços da sua carteira aos EUA”, enquanto um ETF que replique o mercado de ações de mercados desenvolvidos terá cerca de três quartos do seu portefólio exposto ao mercado norte-americano.

Apenas 10 ações representam agora 24% da capitalização mundial

Elroy Dimson, Paul Marsh e Mike Staunton analisaram também a relação entre a inflação e o desempenho dos ativos, concluindo que “a inflação é uma consideração importante nos retornos de longo prazo”, notando que “os retornos dos ativos têm sido mais baixos durante períodos de taxas de juro em alta e mais elevados durante ciclos de flexibilização” e que “os retornos reais também têm sido mais baixos durante períodos de inflação elevada e mais altos durante períodos de inflação mais baixa”.

Entre os ativos que podem servir como proteção contra a inflação, os autores do estudo “Global Investment Returns Yearbook 2025” apontam o ouro e as matérias-primas destacam-se. “Desde 1972, as alterações no preço do ouro têm tido uma correlação positiva de 0,34 com a inflação”.

A lição fundamental destes 125 anos de história de investimento é que as ações, quando combinadas com uma estratégia de diversificação adequada, continuam a ser a melhor opção para quem procura construir riqueza no longo prazo. Como escreveu Harry Markowitz, criador da teoria moderna da gestão de carteiras com base no princípio da diversificação que lhe deu o Nobel da Economia em 1990, a diversificação é verdadeiramente “o único almoço grátis no investimento”.

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Von der Leyen divulga plano para mobilizar 800 mil milhões de euros para defesa europeia

  • Lusa
  • 4 Março 2025

O plano implica ainda a disponibilização de 150 mil milhões de euros de financiamento para os 27 Estados-membros da União Europeia, disse Von de Leyen.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta terça-feira, em Bruxelas, querer mobilizar 800 mil milhões de euros para investimento na defesa europeia.

O plano “Rearmar a Europa”, disse a líder do executivo comunitário numa declaração à imprensa sem direito a perguntas, ambiciona mobilizar “800 mil milhões de euros (ME) em despesa de defesa para uma Europa segura e resiliente”.

Este plano, cujos traços largos von der Leyen referiu, implica ainda a disponibilização de 150 mil milhões de euros de financiamento para os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), que deverão ainda poder reafetar fundos, como os de Coesão, para investimento na defesa e rearmamento.

Salientando “a grave natureza das ameaças” que a UE enfrenta, Ursula von der Leyen acrescentou que “a Europa está preparada para agir com a decisão e a velocidade requerida”, devendo responder a necessidades de curto e longo prazo.

Bruxelas propôs uma flexibilização das regras orçamentais para incentivar o investimento na defesa sem desencadear um procedimento por défice excessivo.

Se os Estados-membros aumentassem as suas despesas com a defesa em 1,5% do PIB, em média, isso poderia criar uma margem orçamental de cerca de 650 mil milhões de euros durante um período de quatro anos”, referiu também a responsável europeia.

“Esta medida permitirá que os Estados-Membros aumentem significativamente as suas despesas com a defesa sem desencadear o procedimento por défice excessivo”, referiu.

Para isso, a presidente da Comissão Europeia, numa carta enviada às capitais dos Estados-membros no âmbito do Conselho Europeu extraordinário, agendado para quinta-feira, desafia os chefes de Estado e de Governo a “enfrentar o momento, mobilizar os imensos recursos da Europa, convocar o espírito coletivo para defender a democracia”.

A Comissão Europeia propõe aos Estados-membros que o orçamento da União Europeia (UE) financie em 150 mil milhões de euros o investimento em defesa em domínios como a aérea, sistemas de artilharia, mobilidade militar e outros. Bruxelas propõe ainda a flexibilização do Pacto de Estabilidade e Crescimento para investimentos no âmbito do plano “Rearmar a Europa”.

A reafetação de fundos da Política de Coesão para ajudar empresas no setor da defesa, a contratação de linhas de crédito junto do Banco Europeu de Investimento e a mobilização de capitais privados são outros pilares apontados pela Comissão Europeia.

Após o Presidente Donald Trump ter anunciado a suspensão da ajuda militar dos EUA à Ucrânia, que se defende há três anos de uma invasão russa, von der Leyen salientou, na carta que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, também recebeu, que a UE aprecia o apoio dado durante décadas à segurança europeia por Washington, reiterando a intenção de manter “laços fortes” com os EUA.

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Sergas e Novartis lançam um projeto pioneiro com IA para melhorar o diagnóstico da esclerose múltipla

  • Servimedia
  • 4 Março 2025

O projeto “ImaginEM Galicia” apresentado no Mobile World Congress 2025, visa otimizar a utilização da ressonância magnética e estabelecer um modelo replicável para outros sistemas de saúde.

O Serviço Galego de Saúde (Sergas) e a Novartis lançaram o “ImaginEM Galicia”, um projeto pioneiro que utiliza a Inteligência Artificial para melhorar o diagnóstico e o acompanhamento da Esclerose Múltipla (EM). A iniciativa, apresentada no Mobile World Congress 2025, implementa a ferramenta NeuroCloud, concebida para analisar os exames de ressonância magnética de forma rápida e precisa, permitindo aos especialistas identificar lesões e avaliar a evolução dos doentes de forma mais eficiente.

O programa será desenvolvido nos sete hospitais públicos da Galiza, uma das regiões espanholas com maior prevalência de EM. O seu objetivo é normalizar os protocolos de diagnóstico, reduzir os tempos de avaliação e promover a coordenação entre a neurologia e a neurorradiologia. Pretende também estabelecer um modelo inovador que possa ser replicado noutros sistemas de saúde.

De acordo com José Ramón Parada, diretor do Sergas, este projeto “facilitará o diagnóstico precoce e um acompanhamento mais preciso, melhorando a qualidade dos cuidados”. Por seu lado, Eloy Viñuales, diretor de neurociências da Novartis Espanha, sublinhou que “o ImaginEM Galiza não só melhora os cuidados prestados aos doentes de esclerose múltipla, como também promove a equidade no acesso a cuidados avançados”.

O desenvolvimento do programa consiste em três fases: análise do processo de cuidados atual, implementação tecnológica do software NeuroCloud e avaliação contínua para medir o seu impacto clínico. Os resultados preliminares serão apresentados em 2026, com vista a replicar este modelo noutras regiões.

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Oito em cada dez consumidores utilizam plataformas para comprar e vender produtos usados

  • Servimedia
  • 4 Março 2025

Oito em cada dez cidadãos utilizam plataformas de segunda mão, segundo inquérito realizado pela Milanuncios e a Appinio a 1.000 espanhóis para analisar os seus hábitos em matéria de sustentabilidade.

Um tipo de comércio que já movimenta mais de 8.525 milhões de euros por ano em Espanha, de acordo com a “Radiografia da Segunda Mão em Espanha em 2024”, promovida por esta mesma plataforma de anúncios privados. No que diz respeito aos produtos mais procurados, em 2024 a categoria de motores ocupou o primeiro lugar, o que foi reforçado na sequência de diferentes legislações do setor relativas à restrição das emissões de gases com efeito de estufa. De facto, as bicicletas são um dos produtos de topo em termos de pesquisas.

O setor do mobiliário também regista uma expansão particular no âmbito desta tendência de consumo: o sofá e o roupeiro são os produtos seguintes no ranking dos mais procurados no ano passado. Tanto assim é que esta mudança de hábitos de consumo deu também origem a iniciativas empresariais com uma projeção importante. Um dos maiores operadores deste setor, a empresa sueca IKEA, lançou a sua própria plataforma de segunda mão, a IKEA preowned, em agosto passado. Foi um projeto-piloto global em Madrid e Oslo.

Um mercado paralelo à sua atividade principal que, segundo a própria empresa, está a suscitar um grande interesse, como o prova o facto de se estender a toda a Espanha no final do ano e também as 375.000 visitas acumuladas desde o seu lançamento. Até ao momento, os utilizadores registaram cerca de 5.500 produtos. No que diz respeito às categorias de produtos mais solicitadas, referem precisamente a dos assentos para a sala de estar, seguida dos móveis de arrumação e arrumação e, por último, dos móveis para o quarto de dormir. Até ao momento, os utilizadores parecem satisfeitos com a experiência da plataforma, que classificam com 4,4 em 5 pontos.

A IKEA Espanha também tem outros dados que apoiam o aumento deste mercado específico, uma vez que a compra e venda de mobiliário em segunda mão, que também tem vindo a promover como parte do seu serviço de Mercado Circular, representou uma quota de 12,3% das vendas totais no ano fiscal de 2024, acima dos 3,7% registados no Grupo Ingka a nível global. Além disso, a Espanha é o segundo país, depois da França, com o maior número de vendas em segunda mão entre todos os países onde a IKEA opera.

Iniciativas recentes no setor da moda e dos acessórios estão a colocar a sustentabilidade no centro das atenções, mesmo na esfera da alta costura, como o desfile Style for Change da Oxfam ou o desfile Endless Runway do eBay na Semana da Moda de Londres. As vendas de vestuário em segunda mão poderão atingir 350 mil milhões de dólares até 2028, de acordo com um relatório da GlobalData e alimentado pela plataforma de vestuário em segunda mão ThredUp.

Uma tendência, a do vestuário em segunda mão, que é confirmada pelo número crescente de feiras da ladra deste tipo e de artigos vintage que se organizam em diferentes cidades todos os fins-de-semana e também pelo estrelato da Vinted, uma plataforma criada especificamente para este mercado alternativo à “fast fashion”. De origem lituana, a sua avaliação ultrapassa os 5.000 milhões de euros e não exclui a possibilidade de alargar o foco a outros artigos, como livros, brinquedos, jogos de vídeo ou eletrónica.

Dado o seu sucesso e o volume de artigos e de rendimentos gerados pelos grandes comerciantes de artigos em segunda mão, o Ministério das Finanças anunciou, no ano passado, um controlo especial sobre aqueles que ultrapassam 30 transações por ano, que são obrigados a declará-las. Segundo a AERESS (Asociación Española de Recuperadores de Economía Social y Solidaria), 9 em cada 10 espanhóis pensam em comprar no mercado de segunda mão sempre que estão interessados em fazer uma nova compra.

No Eurobarómetro sobre as atitudes dos europeus em relação ao ambiente, quase 6 em cada 10 inquiridos estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis que sejam mais fáceis de reparar, recicláveis e/ou produzidos de forma ambientalmente sustentável. Além disso, de acordo com o mesmo barómetro, os cidadãos consideram que a promoção da economia circular é a forma mais eficaz de resolver os problemas ambientais em 11 Estados-Membros, seguida de perto pela recuperação da natureza.

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No MWC, o Rei conhece as propostas dos “gigantes” da inovação: GSMA, Telefónica e Huawei, entre outros

  • Servimedia
  • 4 Março 2025

O Rei inaugurou o Mobile World Congress (MWC), o maior evento mundial do setor das tecnologias e comunicações móveis, que se realiza em Barcelona de 3 a 6 de março.

Durante a sua visita, Felipe VI visitou o stand da Fundação Mobile World Capital Barcelona, o espaço GSMA e os pavilhões de Espanha e da Catalunha. No stand da GSMA, teve a oportunidade de experimentar um simulador de Fórmula 1 e interagir com Redy, a mascote virtual do stand de Espanha, um assistente inteligente 3D que combina animação avançada, inteligência artificial e projeção holográfica.

Entre as paragens da sua visita esteve também o stand da Huawei, o maior do MWC, onde foi recebido por Yang Chaobin, membro do Conselho de Administração e diretor executivo do grupo empresarial; Lu Yong, vice-presidente sénior e presidente da região europeia; Tony Jin Yong, vice-presidente da região europeia; Andrés Yin Hui, CEO da Huawei Iberia; e Carmen González, vice-presidente da Huawei Espanha. Ali, conheceu o Huawei Mate XT, o primeiro telemóvel dobrável de ecrã triplo, e testou um inovador assistente de ciclismo com inteligência artificial e inteligência corporal robótica, entre outras soluções avançadas baseadas em IA.

No espaço da Telefónica, o Rei foi acompanhado por Marc Murtra, Presidente Executivo da operadora; Carlos Ocaña, Vice-Presidente; e Ángel Vilá, CEO. Durante a visita, o monarca assistiu a demonstrações das capacidades avançadas da rede 5G e da tecnologia Open Gateway, incluindo aplicações para o planeamento e execução de voos seguros e eficientes, com funções avançadas de antecipação de riscos e otimização de rotas em tempo real, entre outras soluções.

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ISDIN participa no MWC para sensibilizar para os cuidados da pele através da tecnologia

  • Servimedia
  • 4 Março 2025

A ISDIN está presente pelo segundo ano consecutivo no Mobile World Congress para dar a conhecer os cuidados da pele através da tecnologia.

O espaço Face the Future da ISDIN incorpora dois dispositivos tecnológicos que permitem a análise da saúde da pele e a prevenção do cancro da pele.

O primeiro é o dispositivo Skeen (da FotoFinder Systems), uma ferramenta alimentada por inteligência artificial para detetar lesões pré-cancerosas. Utilizando tecnologia de imagem avançada, localiza lesões cutâneas suspeitas que podem ser um alerta precoce de melanoma. A ferramenta deteta-as e depois são analisadas e avaliadas por dermatologistas para diagnóstico e tratamento.

A segunda ferramenta é um sistema de análise facial personalizado que ajuda a observar a pele em diferentes níveis de profundidade e fornece informações sobre diferentes parâmetros, como o grau de hidratação, envelhecimento, rugas, manchas e textura, o que permite determinar a idade real da pele. Com base nestes resultados, a tecnologia recomenda um tratamento específico e personalizado que o utilizador pode encontrar no seu espaço pessoal na nova aplicação ISDIN. Lançada em 2025, a nova ferramenta ajuda as pessoas a conhecerem a sua pele e a cuidarem dela de uma forma única e personalizada. A aplicação inclui, por exemplo, o LYS, um assistente pessoal alimentado por IA, que oferece uma experiência adaptada às necessidades e hábitos de cada utilizador, com recomendações de rotinas e cuidados, bem como de hábitos saudáveis.

Graças a estes dois aparelhos, a equipa científica da ISDIN fará uma análise da pele dos participantes e fornecer-lhes-á recomendações para que o seu dermatologista lhes dê um diagnóstico definitivo, bem como a rotina e a proteção mais adequadas em caso de análise cutânea.Todas estas ferramentas utilizam a tecnologia e colocam-na ao serviço da pele, o principal objetivo da empresa em termos de inovação. “O nosso objetivo é colocar a inovação tecnológica ao serviço dos cuidados da pele para melhorar a saúde das pessoas. Estar no MWC25 permite-nos mostrar esta tecnologia para aumentar a consciencialização, com o desejo de que o seu impacto transcenda este congresso e chegue às pessoas”, disse Rod Menchaca, Diretor de Digital Skin da ISDIN.

Além disso, no âmbito do MWC25, a Casa ISDIN acolherá um simpósio na terça-feira, 4 de março, centrado na utilização da inteligência artificial na dermatologia. No formato de micro TED Talks, a Dra. Fátima Itzel, do Computer Vision Center; Mohadma Daryaie, membro do Conselho de Administração da FotoFinder; o Dr. Sebastian Podlipnik, dermatologista do Hospital Clínic de Barcelona; e o Dr. Jaime Piquero, dermatologista da DERMIK, partilharão as suas perspetivas sobre a utilização desta tecnologia inovadora no setor da dermocosmética e a coexistência entre tecnologia, ciência e cuidados com a pele perante 50 dermatologistas.

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“Dedicámos os últimos anos a fazer produtos para grandes marcas internacionais”

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  • 4 Março 2025

O turismo é um motor muito importante para a indústria têxteis lar. Paulo Coelho Lima, CEO da Lameirinho, explica porquê.

Ao colaborar diretamente com unidades hoteleiras nacionais e internacionais, a Lameirinho beneficia do crescimento do setor turístico para expandir os seus negócios. Para Paulo Coelho Lima, CEO da Lameirinho, a qualidade e a excelência dos produtos da empresa são valorizadas por hotéis que procuram oferecer o melhor aos seus hóspedes, fortalecendo não só a marca, mas também o impacto positivo do turismo na economia local e global.

O que é o projeto Eu conto com o Turismo?

Um empresário do têxtil, uma varina da Nazaré, um vendedor de bolas de Berlim, a proprietária de uma loja de produtos dos Açores, um piloto de voos de recreio, uma empresária do setor vinícola… e tantos, tantos outros. Todos nós, na verdade. Todos somos beneficiários do turismo e contamos com o turismo para melhorar as nossas vidas.

O turismo tem vindo a assumir um papel crescente na economia portuguesa e é o principal responsável pela maioria dos indicadores positivos dos últimos anos. Cria emprego, anima o tecido empresarial, revitaliza as cidades.

O projeto Eu conto com o Turismo tem como objetivo dar voz a pessoas, mais e menos conhecidas, das mais variadas atividades e regiões, que, de alguma forma, beneficiam do turismo.

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“Gosto muito de ouvir o que o meu corpo me pede e tentar respeitá-lo ao máximo”

  • ECO
  • 4 Março 2025

A nutrição intuitiva foi o tema principal do terceiro episódio do podcast Wellbeing, do Holmes Place, que contou com a participação da influencer Maggy Santos e do nutricionista João Côrça.

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No mais recente episódio do podcast Wellbeing, uma parceria entre o Holmes Place e o ECO, o tema central foi a nutrição intuitiva. Com a participação de João Côrça, nutricionista do Holmes Place Palácio Sottomayor, e Maggy Santos, empreendedora e influenciadora, o episódio trouxe uma reflexão sobre como ouvir os sinais do corpo pode transformar a forma como nos alimentamos.

Segundo João Côrça, a nutrição intuitiva é uma competência que envolve escutar os sinais internos do corpo, como a fome e a saciedade, para orientar a alimentação, ao invés de depender de fatores externos, como regras alimentares rígidas ou o ambiente em que estamos inseridos. “É uma competência que nos leva a sermos melhores ou piores ao ouvir os sinais do corpo e alimentar-nos de acordo com isso. É mais uma escuta interior”, explicou.

"É uma competência que nos leva a sermos melhores ou piores ao ouvir os sinais do corpo e alimentar-nos de acordo com isso. É mais uma escuta interior”

João Côrça, nutricionista do Holmes Place Palácio Sottomayor

Contudo, o nutricionista salienta que este tipo de abordagem não é indicado para todas as pessoas. “Populações idosas ou com distúrbios alimentares podem ter mais dificuldades em compreender os sinais do corpo, o que aumenta o risco de má nutrição”, afirmou, sublinhando a importância de uma base de saúde emocional e hormonal para implementar esta prática.

Maggy Santos, que também é mãe e desportista concorda com o conceito, mas reforça a necessidade de personalização: “Eu sou desportista e, portanto, existem coisas que são fundamentais, como ter uma alimentação muito variada e equilibrada”, explica.

A nutrição intuitiva foi o tema principal do terceiro episódio do podcast Wellbeing

A empreendedora e influencer diz ser importante conhecer as bases, o que está disponível e o que é adequado para cada pessoa. “Eu gosto muito de ouvir o que o meu corpo me pede e tentar respeitá-lo ao máximo, porque acho que quando estamos bem, também é isso que refletimos”, diz Maggy Santos.

Os benefícios da nutrição intuitiva vão além da saúde física. “Do ponto de vista emocional, ajuda a criar uma relação mais positiva com a comida, reduzindo culpas associadas a certos alimentos. Fisiologicamente, há melhores marcadores inflamatórios, uma gestão de peso equilibrada e melhorias na saúde cardiovascular”, explicou João Côrça, destacando a necessidade de mais estudos para confirmar os efeitos a longo prazo.

Maggy Santos trouxe um olhar prático ao tema, apontando que a educação alimentar é essencial. “Se eu seguisse a nutrição intuitiva sem conhecimento, vivia de bolachas e chocolate”, refere. Para a empreendedora é essencial uma alimentação variada e equilibrada, porque quer sentir-se bem e ter energia para o seu dia a dia.

Fome emocional, distúrbios alimentares e criar uma relação positiva com a comida foram outros temas abordados.

Assista à conversa completa por aqui:

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Trump determina suspensão da ajuda militar à Ucrânia

  • Lusa
  • 4 Março 2025

O Presidente norte-americano determinou na segunda-feira a suspensão do apoio militar à Ucrânia, que combate a invasão russa, na sequência da altercação durante a visita de Zelensky à Casa Branca.

O Presidente norte-americano Donald Trump determinou na segunda-feira a suspensão do apoio militar à Ucrânia, que combate a invasão russa, na sequência da altercação durante a visita, na semana passada, do homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky à Casa Branca.

Fonte da Casa Branca citada pela Associated Press (AP) referiu que Trump está focado em chegar a um acordo de paz para terminar a guerra que tem mais de três anos e que pretende ter Zelensky comprometido com esse objetivo. A mesma fonte, que falou sob a condição de anonimato, acrescentou que os Estados Unidos estão a “suspender e a rever” a sua ajuda para “garantir que está a contribuir para uma solução”.

Uma fonte da Casa Branca citada pela agência France-Presse (AFP), que também confirmou a suspensão da ajuda militar a Kiev, sublinhou que os Estados Unidos “precisam que os seus parceiros também se comprometam a atingir o objetivo” da paz.

De acordo com a estação Fox News, citada pela agência Efe, esta medida interrompe a entrega de armas ou equipamentos que já se encontrem em território polaco e prontos para entrega final aos ucranianos.

Acho que ele (Zelensky) deveria estar mais grato, porque este país (EUA) apoiou-os contra todas as probabilidades.

Donald Trump

O Presidente norte-americano tinha voltado a criticar na segunda-feira o homólogo ucraniano por não estar tão grato como deveria pela ajuda dos Estados Unidos. “Acho que ele (Zelensky) deveria estar mais grato, porque este país (EUA) apoiou-os contra todas as probabilidades“, disse Trump numa cerimónia na Casa Branca, onde na passada sexta-feira repreendeu publicamente Zelensky durante a visita a Washington do Presidente ucraniano.

Também na segunda-feira, Trump sublinhou que o acordo sobre os minerais ucranianos, cuja assinatura foi adiada na sexta-feira na sequência da altercação na Casa Branca, ainda pode ser concluído.

Na reunião na Sala Oval na sexta-feira, Trump e o seu vice-presidente, JD Vance, criticaram severamente o líder ucraniano por este não agradecer o apoio dos Estados Unidos e acusaram-no de não estar a contribuir para um cenário que torne possível um plano de paz com o Presidente russo, Vladimir Putin.

Trump discorda de Zelensky por este ter sugerido que poderá demorar muito tempo a chegar a um acordo entre a Rússia e a Ucrânia para pôr fim à guerra, mostrando profundas divergências entre os dois países sobre esta matéria.

Já na segunda-feira à tarde Trump tinha recorrido à rede social Truth Social para avisar que “os Estados Unidos não vão tolerar isto por muito mais tempo”, referindo-se à posição do homólogo ucraniano.

Zelensky, mesmo depois do episódio na Sala Oval, continuou a oferecer uma visão positiva sobre a relação EUA-Ucrânia. “Penso que a nossa relação (com os EUA) vai continuar, porque é mais do que uma relação ocasional“, disse Zelensky, referindo-se ao apoio de Washington nos últimos três anos de guerra.

Na Casa Branca, Trump voltou na segunda-feira a sublinhar que um acordo com Moscovo “poderia ser alcançado muito rapidamente”, pressionando Zelensky a aceitar o que está em cima da mesa.

 

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Mercado de seguros de saúde na Arábia Saudita atinge 7,4 mil milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 3 Março 2025

Consciencialização dos consumidores em relação à gestão da saúde, aliada ao aumento da população e diversificação da economia impulsionam vendas. 

O tamanho do mercado de seguros de saúde da Arábia Saudita atingiu 7,8 mil milhões de dólares (cerca de 7,4 mil milhões de euros) em 2024, um crescimento de 5,4% face ao ano anterior. O relatório que explora o setor prevê que o mercado atinja os 12,5 mil milhões em 2033, com uma taxa de crescimento CAGR de 5,12% durante 2025-2033.

Segundo o “relatório do mercado de seguros de saúde da Arábia Saudita 2025-2033”, é a crescente consciencialização dos consumidores em relação à gestão da saúde que está a impulsionar a procura por apólices de seguro.

O relatório destaca ainda o aumento da população e diversificação da economia como motores para o negócio.

Além disso, o governo impõe cobertura de saúde obrigatória a todos os residentes. Todas as empresas estão obrigadas desde 2017 a fornecer seguro aos seus trabalhadores bem como dependentes, o que inclui o cônjuge, filhas solteira e filhos com menos de 25 anos.

Os principais produtores de seguros da Arábia Saudita são Bupa Saudi Arabia, Tawuniya, MedGulf Arabia.

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Tarifas dos EUA sobre importações do México e Canadá arrancam esta terça-feira

"Está tudo pronto. Entram em vigor amanhã”, anunciou o presidente norte-americano, sobre as tarifas às importações do Canadá e México. Já as tarifas recíprocas avançam a 2 de abril.

Os direitos aduaneiros de 25% sobre as importações do Canadá e México para o mercado norte-americano vão mesmo avançar esta terça-feira, anunciou Donald Trump. Já as tarifas recíprocas avançam a 2 de abril, acrescentou ainda o presidente dos EUA esta segunda-feira.

Desta forma acabam as esperanças de um acordo de última hora que evitaria a escalada para uma guerra comercial com os principais parceiros comerciais dos EUA. “Está tudo pronto. Entram em vigor amanhã”, afirmou o presidente norte-americano em conferência de imprensa.

A “ordem executiva” pressupunha a imposição de tarifas a partir de 3 de fevereiro. No entanto, Trump adiou os planos por um mês depois dos dois vizinhos dos EUA se comprometeram a tomar medidas para resolver problemas nas respetivas fronteiras.

Na semana passada, Trump já tinha confirmado que a imposição de tarifas entraria em vigor esta terça-feira, queixando-se de que drogas ilícitas continuam a entrar no “país a partir do México e do Canadá a níveis muito elevados e inaceitáveis”.

“Se Trump está a impor tarifas, estamos prontos”, garantiu a ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, Mélanie Joly, em reação às declarações de Trump. “Estamos prontos com 155 mil milhões de dólares em tarifas e estamos prontos com a primeira parcela de tarifas, que é de 30 mil milhões de dólares”, acrescentou.

Joly disse que o Canadá tem um plano fronteiriço muito forte e explicou isso aos responsáveis da administração Trump na semana passada. A chefe da diplomacia canadiana realçou também que os esforços diplomáticos continuam.

O chefe de Estado norte-americano revelou ainda que vai acrescentar outra tarifa de 10% sobre os produtos da China, além dos 10% iniciais que implementou no mês passado.

No mesmo dia, Trump avisou, na rede social TruthSocial, que os EUA vão impor tarifas aduaneiras sobre produtos agrícolas importados a partir de 2 de abril.

“Para os grandes agricultores dos Estados Unidos: Preparem-se para começar a produzir muitos produtos agrícolas para serem vendidos dentro dos Estados Unidos. As tarifas serão aplicadas aos produtos externos a 2 de abril. Divirtam-se!”, declarou o presidente norte-americano esta segunda-feira.

Trump não detalhou quais serão os produtos afetados nem se haverá exceções. Também não é claro se esta medida faz parte do seu plano para implementar tarifas “recíprocas” sobre a maioria dos parceiros comerciais dos EUA.

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Primeiro-ministro pede à Entidade para a Transparência que audite as suas declarações

  • Lusa
  • 3 Março 2025

Gabinete de Luís Montenegro, refere que "sucedem-se notícias sobre alegadas condutas atribuídas ao primeiro-ministro no âmbito profissional e patrimonial", muitas com pressupostos falsos.

O primeiro-ministro anunciou hoje que vai pedir à Entidade para a Transparência que audite a conformidade das suas declarações e respetiva evolução, assegurando ter cumprido todas as obrigações declarativas.

Num comunicado do gabinete de Luís Montenegro, refere-se que “nos últimos dias sucedem-se notícias sobre alegadas condutas atribuídas ao primeiro-ministro no âmbito profissional e patrimonial, muitas das quais assentes em pressupostos falsos, incorreções, imprecisões e ou interpretações jurídicas altamente discutíveis”.

“O primeiro-ministro reafirma ter cumprido todas as suas obrigações declarativas e ser detentor de um património totalmente compatível e suportado pelos rendimentos do trabalho da família”, lê-se no texto.

No entanto, “e para que não subsistam dúvidas, o primeiro-ministro vai dirigir um requerimento à Entidade para a Transparência para que se possa auditar a conformidade das declarações e respetiva evolução”.

“Quanto às denúncias anónimas apresentadas junto da Ordem dos Advogados e da Procuradoria-Geral da República, desconhecendo-se o seu conteúdo, considera-se ainda assim que podem ser uma oportunidade para afastar dúvidas de legalidade suscitadas na esfera pública, pelo que se aguardará a tramitação e conclusão das respetivas averiguações”, lê-se ainda no comunicado.

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