Acionista da Inapa pede marcação de assembleia-geral com “urgência que o momento justifica”

Pedido de AG por parte da Nova Expressão, noticiado em primeira mão pelo ECO esta segunda-feira, já foi entregue e visa impedir a progressão do pedido de insolvência apresentado pela Inapa esta tarde.

A Nova Expressão, o segundo maior acionista da Inapa, com 10,85% do capital, já entregou o seu pedido de convocatória de uma Assembleia Geral Extraordinária, tal como tinha sido avançado pelo ECO, pedindo que esta seja marcada com “urgência”. A solicitação para a convocatória já seguiu, depois da administração da Inapa ter formalizado o pedido de insolvência, um processo que o grupo de Pedro Baltazar quer agora travar antes que produza efeitos jurídicos.

Entre as propostas avançadas para discutir em AG está a realização de um aumento de capital, não referindo contudo o montante desta operação, ao contrário do que surgia no primeiro draft a que o ECO teve acesso e que referia um aumento de capital no valor de 30 milhões de euros.

O primeiro ponto a discutir será apenas a eventual deliberação sobre a viabilidade económica da sociedade, uma vez que a administração já apresentou entretanto a Inapa à insolvência. O segundo que a Nova Expressão quer apresentar à discussão e deliberação é uma a redução de capital para cobertura de prejuízos, com a correspondente redução do valor nominal de todas as ações representativas do capital social.

Em terceiro lugar, será discutido e deliberado um aumento de capital da sociedade por realização de novas entradas em dinheiro, para reforço da cobertura de capital. Por fim, a AG pretende designar os novos membros do conselho de administração da empresa, para o mandato em curso.

A Nova Expressão justifica este pedido de AG com o pedido de demissão apresentado pela administração liderada por Frederico Lupi, com o acionista a referir que “existindo a possibilidade real de os acionistas encontrarem alternativas para fazer face às necessidades financeiras da sociedade que permitam a sua não apresentação à insolvência, é imperioso que tais alternativas sejam colocadas à decisão dos Acionistas, antes de a Sociedade ser confrontada com os efeitos jurídicos da declaração de insolvência.”

Face às circunstâncias, a Nova Expressão pede que a “Assembleia Geral seja agendada com a urgência que o momento justifica.”

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Multadas doze empresas de venda de suplementos alimentares

  • Lusa
  • 29 Julho 2024

ASAE fiscalizou 125 operadores económicos na área da comercialização de suplementos alimentares, designadamente, ervanárias, lojas de “produtos naturais” e supermercados.

Doze empresas que vendem de suplementos alimentares foram multadas numa operação que a Autoridade Nacional de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou nas últimas semanas em todo o país. De acordo com uma nota difundida esta segunda-feira, a ASAE fiscalizou 125 operadores económicos na área da comercialização de suplementos alimentares, designadamente, ervanárias, lojas de “produtos naturais” e supermercados, entre outros.

Estas operações decorreram, tanto na vertente física como online, incluindo redes sociais, com o objetivo de verificar o cumprimento das normas legais aplicáveis a estes produtos, que se destinam a complementar e/ou suplementar um regime alimentar.

As principais infrações detetadas estão relacionadas com a falta de tradução para a língua portuguesa das menções obrigatórias, a comercialização de suplementos alimentares em incumprimento das regras de rotulagem, apresentação e publicidade, a falta de preços em bens, a falta do livro de reclamações em formato eletrónico e a falta de mera comunicação prévia, entre outras.

Durante estas operações foram ainda apreendidos 150 quilogramas de suplementos alimentares por inconformidades na rotulagem, tudo num valor aproximado de 4.150 euros.

A ASAE alerta que “continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o país, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores e em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos”.

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Pré-acordo para regresso dos socialistas ao poder na Catalunha após 14 anos

  • Lusa
  • 29 Julho 2024

Se se confirmar a eleição de Salvador Illa como presidente da Generalitat, os socialistas regressam ao poder na Catalunha após 14 anos.

O Partido Socialista da Catalunha (PSC) e a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) chegaram a um pré-acordo para investir o socialista Salvador Illa presidente do governo regional (a Generalitat), anunciou esta segunda-feira a formação independentista. Se se confirmar a eleição de Salvador Illa como presidente da Generalitat, os socialistas regressam ao poder na Catalunha após 14 anos, período em que a região teve sempre governos separatistas.

O entendimento a que chegaram PSC e ERC é, para já, um pré-acordo porque será ainda submetido à votação dos militantes da Esquerda Republicana da Catalunha na próxima sexta-feira. Será uma “consulta vinculativa”, disse a porta-voz da ERC, Raquel Sans, numa conferência de imprensa hoje em Barcelona em que anunciou o entendimento com os socialistas.

Raquel Sans disse que o pré-acordo abrange áreas como o financiamento autonómico ou a utilização da língua catalã, com o objetivo de “avançar na soberania”, com ênfase para “a soberania fiscal”, tendo sempre em mente “o objetivo da independência” e de construir uma região “mais bem preparada e mais forte com vista ao objetivo final, que é a independência da Catalunha”.

A ERC, que está atualmente à frente da Generalitat, mas ficou em terceiro nas eleições regionais de 12 de maio passado, negociou já com os socialistas do primeiro-ministro Pedro Sánchez, na última legislatura, indultos e uma amnistia para separatistas da Catalunha envolvidos na tentativa de autodeterminação da região que culminou com uma declaração unilateral de independência em 2017.

Se o acordo entre PSC e ERC for ratificado pelos militantes da Esquerda Republicana, Salvador Illa terá de ser investido presidente da Generalitat numa votação no parlamento catalão até 26 de agosto, para evitar a repetição das eleições autonómicas de 12 de maio. O PSC, liderado por Illa, foi o mais votado nas eleições, mas não conseguiu maioria absoluta, pelo que negociou o regresso ao poder com a ERC, que ficou em terceiro.

O segundo partido mais votado foi o também independentista Juntos pela Catalunha (JxCat, conservador), do ex-presidente regional Carles Puigdemont, que vive na Bélgica desde 2017 para escapar à justiça espanhola depois de ter protagonizado a declaração unilateral de independência daquele ano.

Nas eleições de 12 de maio, além de a vitória ter sido do PSC (estrutura regional do Partido Socialista espanhol, PSOE), os partidos independentistas perderam a maioria absoluta na assembleia autonómica que há 14 anos garantia sempre executivos separatistas na região.

Nestes 14 anos, a Catalunha passou por um processo independentista que culminou com uma tentativa de autodeterminação em 2017 protagonizada por Carles Puigdemont, que prometeu voltar à região quando houver sessão parlamentar de investidura de um novo presidente da Generalitat, embora continue a ser alvo de um mandado de detenção em território nacional e de ainda não lhe ter sido aplicada a lei de amnistia aprovada em 30 de maio pelo parlamento de Espanha.

A situação na Catalunha tem tido impactos diretos na estabilidade política de Espanha, cujo governo nacional, do primeiro-ministro Pedro Sánchez, foi viabilizado, no parlamento, tanto pelo JxCat como pela ERC.

A antecipação das eleições autonómicas para 12 de maio passado levou, por exemplo, o executivo a desistir de apresentar uma proposta de Orçamento do Estado para este ano, depois de assumir que não tinha condições para negociar a aprovação do documento com os partidos independentistas catalães em período eleitoral.

Na semana passada, no dia em que se soube que socialistas e ERC negociavam a investidura de Salvador Illa, o JxCat rejeitou a lei com os tetos de despesa para 2025, primeiro passo para ser elaborada a proposta do Orçamento do Estado.

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Médicos da Santa Casa de Lisboa vão ter aumento salarial de 10% com retroativos a 1 de janeiro

  • Lusa
  • 29 Julho 2024

Acordo prevê um aumento salarial de 10% para os médicos da SCML, com retroativos a 1 de janeiro de 2024, e progressão na carreira para todos os que tenham mais de cinco anos de carreira.

Os médicos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vão ter um aumento de 10% nos ordenados e progressão na carreira para todos os que tenham mais de cinco anos de carreira, anunciou esta segunda-feira o Sindicato Independente dos Médicos.

Em comunicado, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) diz ter assinado, no dia 26 de julho, um “acordo histórico” com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e em conjunto com o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, para revisão do Acordo de Empresa.

As “principais conquistas” passam por um aumento salarial de 10%, com retroativos ao dia 1 de janeiro de 2024, uma medida que “representa um primeiro passo significativo na valorização dos profissionais que têm dedicado anos de serviço à Santa Casa”.

Em segundo lugar, e em relação à progressão na carreira, o acordo define que “todos os médicos com mais de cinco anos na categoria de assistente, que anteriormente se viam impedidos de progredir para assistente graduado, poderão agora fazê-lo”.

“Este acordo encerra uma longa injustiça e promove a equidade e a justiça na progressão de carreira dos nossos colegas”, diz o SIM.

O sindicato defende, no comunicado, a necessidade de investir na carreira médica com recursos humanos diferenciados, de modo a “valorizar e fortalecer instituições de referência na área da saúde, nomeadamente o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão e o Hospital Ortopédico de Sant’Ana”.

“Acreditamos que este acordo, junto com as novas medidas de gestão a implementar pela nova mesa, contribuirá significativamente para o desenvolvimento e a excelência contínua destas unidades”, defende a estrutura sindical.

O SIM aproveita para elogiar a “celeridade, capacidade de diálogo e empenho demonstradas” pelo novo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Paulo Sousa, apontando que “a resolução destes problemas complexos reflete um compromisso genuíno com a valorização dos recursos humanos e com a justiça para com os médicos da instituição”.

Segundo o SIM, “em menos de dois meses” foi possível “alcançar um acordo que, não só resolve problemas pendentes há anos, mas também estabelece uma base sólida para futuras negociações”, aproveitando para anunciar que a próxima reunião negocial irá decorrer em outubro.

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Empresa Seven cArtù vai investir 4 milhões em unidade de produção de cartão em Guimarães

  • Lusa
  • 29 Julho 2024

A unidade industrial em Guimarães tem como objetivo a produção de cartão ‘cArtù’, um “cartão canelado inovador e amigo do ambiente”.

A empresa Seven cArtù, fruto da parceria entre o grupo José Neves e a italiana Grifal, anunciou um investimento de quatro milhões de euros em Guimarães, numa unidade de produção de cartão canelado, segundo um comunicado.“Este investimento é fruto de capitais próprios e de um apoio no âmbito da medida ‘Portugal 2030’ e será crucial para impulsionar o crescimento e a expansão da empresa no mercado”, segundo uma nota enviada esta segunda-feira às redações.

A unidade industrial em Guimarães tem como objetivo a produção de cartão ‘cArtù’, um “cartão canelado inovador e amigo do ambiente”, destacou. “Com este investimento, a Seven cArtù, Lda. irá apostar em tecnologias e processos produtivos mais verdes e eficientes, fortalecer as cadeias de valor, captar e reter mão-de-obra qualificada e afirmar-se no mercado como uma referência na embalagem sustentável”, lê-se na mesma nota.

Com este investimento, a empresa pretende “implementar linhas de produção inovadoras e afirmar o posicionamento do ‘cArtù’ no mercado ibérico como solução de embalagem sustentável e alternativa às tradicionais soluções em plástico”.

Segundo o comunicado, este passo é “apenas o começo de uma série de iniciativas estratégicas que a empresa está a planear para os próximos anos e que irá permitir ampliar o volume de oportunidades, conquistar novos mercados e aumentar o market share, de acordo com a estratégia de crescimento delineada, ancorada na economia circular e na transição digital”.

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Portal das Finanças com interrupções no acesso esta quinta-feira

  • Lusa
  • 29 Julho 2024

"Na próxima quinta-feira, dia 1 de agosto, está agendada uma intervenção técnica que afetará o serviço Autenticação.gov", lê-se numa nota da AT.

O Portal das Finanças vai ser alvo de uma intervenção técnica esta quinta-feira, que vai provocar interrupções no acesso durante um máximo de três horas, avisou a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

“Na próxima quinta-feira, dia 1 de agosto, está agendada uma intervenção técnica que afetará o serviço Autenticação.gov”, lê-se numa nota divulgada esta segunda-feira pela AT.

A intervenção vai começar às 22:00 e deverá ter uma duração máxima de três horas. Na semana passada, o portal já tinha sofrido uma intervenção técnica.

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Lucro do banco moçambicano do BCP caiu mais de 4% até junho

  • Lusa
  • 29 Julho 2024

O ativo total do Millennium BIM cresceu 4,6% até ao final de junho, face ao final de 2023, enquanto o passivo total cresceu 7,5%.

Os lucros do banco moçambicano Millennium BIM, o segundo maior do país, liderado pelo português BCP, recuaram mais de 4% no primeiro semestre, face ao mesmo período de 2023, para 3.225 milhões de meticais (46,6 milhões de euros). De acordo com o relatório e contas intercalar, a que a Lusa teve acesso e comunicado entretanto ao mercado, este desempenho contrasta com o resultado líquido de quase 3.367 milhões de meticais no primeiro semestre de 2023.

O ativo total do Millennium BIM cresceu 4,6% até ao final de junho, para 199.129 milhões de meticais (2.880 milhões de euros), mas neste caso face ao final de 2023, enquanto o passivo total cresceu 7,5%, para 165.040 milhões de meticais (2.387 milhões de euros). O Banco de Moçambique aprovou a 9 de maio a proposta dos acionistas do Millennium BIM de nomeação de novos órgãos sociais, passando o conselho de administração a ser presidido por Moisés Jorge.

Em comunicado, o Millennium Banco Internacional de Moçambique (BIM) anunciou na altura aquela decisão e recordou que Moisés Jorge é um quadro superior da instituição, tendo integrado, em 1994, a equipa que lançaria o banco no ano seguinte, sendo que esta nomeação “reflete o compromisso” com uma “cultura de mérito e valorização dos seus quadros”. O Millennium BIM anunciou então a renúncia de João Cunha Martins ao cargo de presidente da comissão executiva “por motivos pessoais”.

“O seu compromisso com a excelência e a sua capacidade de liderança foram inestimáveis para o banco num momento crucial de desenvolvimento e crescimento da economia moçambicana”, lê-se no mesmo comunicado, no qual se acrescenta que o BIM “já iniciou o processo de seleção” de um novo presidente da comissão executiva e que “está comprometido em garantir uma transição tranquila e eficiente”.

Durante o “período de transição”, o atual administrador financeiro (CFO), Rui Maximino, “assumirá interinamente as responsabilidades de presidente da comissão executiva”.

À data de 30 de junho de 2024, o banco contava com um capital social de 4.500 milhões de meticais (65,7 milhões de euros), a maioria detido pelo BCP África (grupo Millennium BCP), com 66,69%, seguido do Estado de Moçambique (17,12%), do Instituto Nacional de Segurança Social moçambicano (4,95%) e da Empresa Moçambicana de Seguros (4,15%), entre outros.

As mudanças na estrutura de administração, efetivadas em maio, surgiram sete dias depois de o banco central ter indicado um quadro próprio para inspetor residente no BIM, para monitorizar o sistema de pagamentos e o modelo de negócio. Em comunicado, o banco central referiu então que o inspetor residente Hélder Manuel Chachuaio Muianga iniciou funções a 2 de maio, inserindo-se esta decisão no campo da “supervisão”, mas garantindo que o banco “continua sólido e estável”.

“O inspetor residente irá, dentre outras tarefas, monitorizar o sistema de pagamentos, o modelo de negócio e a estratégia do banco, acompanhar e analisar os desenvolvimentos no sistema de gestão e de controlo interno do banco, e participar em reuniões relevantes dos órgãos colegiais”, lê-se no comunicado.

O Millennium BIM publicou em maio um pedido de desculpas aos clientes “pelas várias anomalias” na utilização dos cartões, ATM e POS “nos últimos dias”. Estes problemas, aparentemente, envolvem a nova rede interbancária em Moçambique e têm afetado vários outros bancos, motivando queixas generalizadas de clientes e empresários, por dificuldades nos pagamentos.

“As nossas equipas têm estado a trabalhar intensamente por forma a resolver estes problemas. Neste momento, a situação está normalizada e os serviços restabelecidos. Continuaremos a monitorar a situação, por forma a assegurar a disponibilidade dos mesmos”, lê-se na mesma mensagem do Millennium BIM.

Os lucros do BIM aumentaram 8,2% em 2023, face ao ano anterior, para 7.211 milhões de meticais (104,3 milhões de euros), segundo o relatório e contas divulgado anteriormente pela Lusa.

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Painéis solares já ajudam a imprimir notas em Portugal

Numa primeira fase, o parque inclui 1.618 painéis fotovoltaicos, o que permitirá gerar 17% da energia necessária para o funcionamento do complexo do Carregado.

O Banco de Portugal inaugurou um parque fotovoltaico no Complexo do Carregado, onde se localiza a fábrica de notas e o principal centro de distribuição de numerário em Portugal.

A inauguração, que foi feita na passada quinta-feira, foi divulgada esta segunda-feira pelo banco central, através da respetiva conta da rede social X (antigo Twitter).

Numa primeira fase, o parque inclui 1.618 painéis fotovoltaicos e permitirá gerar 17% da energia necessária para o funcionamento do complexo do Carregado. Se essa energia proviesse de fontes não renováveis, geraria 477 toneladas de dióxido de carbono por ano, indica o banco central, na referida publicação.

A Valora é a empresa impressora de notas detida a 100% pelo Banco de Portugal que se situa no Complexo do Carregado, uma das 11 que existem na Europa. Desde 1999 que esta fábrica de notas portuguesa está a funcionar, tendo já produzido mais de 3.500 milhões de notas de euro. Na última década, a Valora imprimiu notas de 50, 20, 10 e 5 euros. Aquelas que são fabricadas em Portugal são identificadas por o respetivo número de série começar com a letra M.

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Católica avança com curso inovação e transformação em Seguros

Paulo Bracons será o diretor do novo curso que a Universidade vai lançar para colocar todo o ecossistema dos seguros atualizado em inovação e transformação no setor.

Paulo Bracons: “É um curso que vai falar de tecnologia, mas que é virado para o negócio, por isso chamamos ao curso Inovação e Transformação em Seguros e não inovação e transformação digital”.Hugo Amaral/ECO

 

A Católica Lisbon vai arrancar com um novo curso dirigido aos profissionais de seguros, inaugurando uma formação avançada destinada a atualizar conhecimentos sobre Inovação e Transformação na indústria. Está a interessar a todas as áreas dos seguradores, corretores, setores como banca, consultores, fundos de investimento, saúde, automóvel e também empresas que gerem volumosos contratos de seguros. Paulo Bracons, economista e Consultor de Seguros e Fundos de Pensões, com experiência executiva de mais de 30 anos no setor segurador em Portugal e Angola, é o diretor do curso e explicou a oportunidade para lançar Inovação e Transformação em Seguros a realizar entre 5 de novembro e 19 de dezembro deste ano.

Falta criatividade nos seguros em Portugal para inovar e transformar?

Não, mas a que existe precisa de ser aproveitada e potenciada. Há claramente que levar a Universidade e os centros de excelência da investigação a olharem mais para o setor segurador.

É essa lacuna que o curso que dirige pretende reduzir?

Foi esse o desafio que eu propus para a Católica Lisbon, que foi bem acolhido. Fazer um curso que é um programa dedicado à inovação e transformação em seguros, porque é uma área que está a mexer muito. Quando se fala em inovação e transformação, nós tendemos a falar apenas de transformação digital e tecnologia. Este é um curso que vai falar de tecnologia, mas que é virado para o negócio. Ao longo do curso, vamos mostrar como a tecnologia que pode servir para ajudar o negócio vai desde questões ligadas à eficiência das próprias companhias, a questões ligadas às vendas ou a questões ligadas ao serviço ao cliente. Vamos trazer a perspetiva de negócio que é alavancada naturalmente com a tecnologia, mas também por outras vertentes. Por isso chamamos ao curso Inovação e Transformação em Seguros e não inovação e transformação digital.

O curso vai além da teoria incluindo uma componente prática?

Nós estruturamos o curso em quatro blocos. O primeiro é uma abordagem ao setor segurador em inovação e transformação muito ligada a professores e a docentes da Universidade Católica que vão explicar como é que a inovação funciona conceptualmente. Uma segunda parte em que falamos dos tech enablers, em que vamos falar das tecnologias todas, vamos mostrar casos práticos, casos concretos nas diferentes áreas da cadeia de valor dos seguros, desde a subscrição às operações a sinistros, indo do serviço ao cliente. Depois tem um terceiro bloco que é, digamos, aí, entrar na cadeia de valor per si e na cadeia de valor falar novamente, trazer novamente os exemplos. E depois tem uma parte final com outros impactos, mais do ponto de vista contabilístico e financeiro.

Onde vai entrar o design sprint?

Os participantes vão ser desafiados, utilizando tecnologias de design sprint, a conceptualizar uma inovação e a trazer uma inovação para cima da mesa e depois a apresentar naturalmente. Essa inovação pode ser produto ou pode ser um serviço pode ser o que for, achado que for oportuno.

É preciso alguma base académica para compreender o curso?

Não, não é preciso. O que se exige são as regras que a Católica tem muito bem para os programas executivos, que é ter já alguma componente prática numa seguradora ou numa atividade económica, porque o curso não é dedicado exclusivamente a seguradoras. Há um seminário final que é também com o título Inovação e Transformação, que fará como que a síntese do programa.

Em relação à inovação e transformação como estão as mentalidades?

É importante dizer que a inovação, seja no setor segurador, seja em qualquer outro setor, só funciona se tiver envolvimento também do topo da organização. Ainda se nota uma certa resistência de topo no setor financeiro e outras organizações. Todos precisamos de trabalhar essa vertente.

A Inteligência Artificial é a palavra mágica para a transformação?

A grande ferramenta de transformação que todos estamos a falar é a inteligência artificial generativa, mas ainda não tem verdadeiramente o impacto que pode vir a ter. Para ter impacto é preciso todos nós percebermos que a tecnologia não é uma ameaça, é um instrumento para nos ajudar a desenvolver e criar.

Não teme que o Homem seja secundarizado pela máquina?

Tenho uma perspetiva muito positiva das coisas. Há 230 ou 240 anos, quando começou a Revolução Industrial, também se dizia que o mundo ia acabar, que iria ficar tudo desempregado. Não ficou, já estamos na quarta ou na quinta revolução industrial e o mundo progrediu tanto. Eu sou claramente otimista. A diferença dos tempos de hoje para os tempos passados é a velocidade da mudança. Há 100 ou 200 anos, mudava-se muito lentamente, hoje é quase como o estalar de dedos. Por isso que nós temos que ir em todas as áreas de atividade e no setor financeiro em particular, que agarrar a mudança e a velocidade da mudança.

A apresentação do curso pode ser vista aqui.

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Inapa já entregou pedido de insolvência

O pedido de insolvência, que já era esperado na última semana, avançou esta segunda, apesar das notícias que a Nova Expressão está a preparar um pedido de AG com propostas para evitar a falência.

A Inapa formalizou esta segunda-feira o pedido de insolvência junto do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste. Este pedido avança depois de a empresa ter comunicado, no passado dia 21 de julho, que o colapso na Alemanha era inevitável, uma vez que não conseguiu aprovação da Parpública, o seu maior acionista, para uma injeção de emergência de 12 milhões de euros, o teria repercussão na atividade da holding, puxando-a também para a falência.

“Nos termos e para os efeitos do disposto no art.º 17.º do Regulamento (EU) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, a Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, S.A. (“Inapa IPG”) vem comunicar ao mercado que procedeu hoje à apresentação junto do Juízo de
Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste da petição inicial com o respetivo pedido de insolvência, em decorrência do que havia comunicado no passado dia 21 de julho”, adianta a empresa em comunicado à CMVM.

A empresa reitera que a apresentação da Inapa Deutschland à insolvência há uma semana, no dia 22 de julho, após não ter encontrado uma solução para resolver uma carência de liquidez, no montante de 12 milhões de euros, “teve impactos imediatos na Inapa IPG, tendo o Conselho de Administração da Inapa IPG concluído pela consequente e iminente insolvência da Inapa IPG”.

A Inapa informa ainda que, antes de ter concluído pela insolvência da unidade alemã, “a Inapa IPG emitiu uma carta conforto à Inapa Deutschland a favor dos bancos financiadores desta última (entre os quais o Deutsche Bank AG, Hamburger Sparkasse AG e Norddeutsche Landesbank Girozentrale), nos termos da qual se comprometeu a contribuir os montantes necessários para a Inapa Deutschland cumprir as suas obrigações junto de qualquer credor a cada momento, tendo esta carta conforto sido chamada pela Inapa Deutschland no dia 19 de julho e que se verificou impossível de cumprir pela Inapa IPG no dia 22 de julho”.

O grupo de distribuição de papel acrescenta que o incumprimento da carta conforto e a insolvência da Inapa Deutschland determinavam o vencimento antecipado do financiamento obtido junto do consórcio alemão de bancos acima referido, no montante de €17.735.000, igualmente coberto pela carta conforto emitida à Inapa Deutschland.

O comunicado vem ainda esclarecer que a Inapa, no âmbito de financiamentos contraídos junto do Millennium BCP, que à data de 30 de junho de 2024 ascendiam a 34.671.377,15, prestou como garantia, penhor de ações da sociedade alemã Inapa Deutschland Holding GmbH (“Inapa Deutschland Holding”), sociedade que domina a 100% a Inapa Deutschland e que assim se tornou inevitável apresentar igualmente à insolvência no dia 22 de julho.

No que diz respeito a estes créditos contraídos junto do BCP, a Inapa informa que “a declaração de insolvência da sociedade Inapa Deutschland Holding implicava o vencimento antecipado dos referidos financiamentos contraídos pela Inapa IPG junto do Millennium BCP, não tendo a Inapa IPG capacidade para liquidar tal dívida“.

A empresa explica ainda que existem “um conjunto de contratos de financiamento no Grupo Inapa, de onde constam cláusulas de cross-default, tendo a Inapa IPG prestado, no âmbito desses contratos, garantias às suas participadas, que se tornava impossibilitada de cumprir”, não tendo ainda sido possível fazer o pagamento de três milhões de euros da terceira série das obrigações convertíveis em ações da empresa, devido à insolvência na Alemanha.

Face a estes constrangimentos e à ausência de capacidade para fazer face às suas obrigações, “a Inapa IPG encontra-se em sérias dificuldades para prosseguir a sua atividade, em face dos impactos que as circunstâncias descritas têm na sua relação com entidades financiadoras, fornecedores, seguradoras de crédito e demais stakeholders“, remata a empresa, que fica agora a aguardar pela “distribuição do processo de insolvência e a nomeação pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste do respetivo administrador de insolvência, que ficará responsável pela condução do processo e pela determinação dos próximos passos processuais”.

De acordo com o que o ECO tinha apurado, a administração da empresa previa entregar este pedido de insolvência na última sexta-feira, mas tal acabou por não acontecer, tendo-se formalizado esta segunda, dia 29 de julho.

O pedido de insolvência entra num momento em que um dos maiores acionistas da empresa, a Nova Expressão, com 10,85% do capital, se preparava para apresentar ainda esta segunda-feira um pedido de convocatória de uma Assembleia Geral Extraordinária, numa tentativa de tentar impedir a insolvência da distribuidora de papel portuguesa.

Segundo apurou o ECO junto da Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais (ATM), que representa um grupo de acionistas da Inapa e esteve a trabalhar ativamente com o grupo de Pedro Baltazar na elaboração de um plano com várias soluções para reverter a situação financeira da companhia, entre as propostas apresentadas para discussão em AG está uma operação harmónio, que inclui um aumento de capital até 30 milhões de euros, e a emissão de um empréstimo obrigacionista.

O pedido de convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária, encaminhado ao presidente da mesa da Assembleia Geral da Inapa, incluia, no primeiro ponto, precisamente a avaliação da situação financeira atual da empresa e deliberação sobre a possível declaração de insolvência, incluindo medidas a adotar para a recuperação da empresa, de acordo com um draft a que o ECO teve acesso.

(Notícia atualizada às 19h10)

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Poeiras estão de volta esta terça-feira. DGS recomenda cuidados face à fraca qualidade do ar

  • Lusa
  • 29 Julho 2024

A DGS recomenda que a população deve evitar os esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, como o fumo do tabaco.

Uma massa de ar proveniente dos desertos do norte África deve atravessar Portugal continental na terça-feira, anunciou esta segunda-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS), que recomenda “cuidados redobrados” à população mais sensível como crianças e idosos.

Prevê-se a ocorrência de uma situação de fraca qualidade do ar no continente, registando-se um aumento das concentrações de partículas inaláveis de origem natural no ar, afetando as regiões do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve”, adiantou a DGS em comunicado.

Segundo a direção-geral, esta massa de ar transporta poeiras em suspensão, estando previsto que atravesse Portugal continental na terça-feira com partículas inaláves que têm efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível – crianças e idosos – “cujos cuidados de saúde devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações”.

A DGS recomenda que a população em geral deve evitar os esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.

Já as crianças, idosos, doentes com problemas respiratórios crónicos, como a asma, e doentes cardiovasculares, pela sua maior vulnerabilidade aos efeitos deste fenómeno, devem também permanecer no interior dos edifícios, preferencialmente com as janelas fechadas, sempre que isso for viável, salientou o comunicado.

A DGS adianta ainda que os doentes crónicos devem manter os tratamentos médicos em curso e, em caso de agravamento de sintomas, contactar a Linha Saúde 24 ou recorrer a um serviço de saúde.

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Porque a Acrisure investiu em Portugal?

  • ECO Seguros
  • 29 Julho 2024

Na sua intervenção no Fórum Nacional de Seguros 2024, o presidente da Acrisure Internacional explica a aposta no mercado português e expõe planos futuros. Veja aqui.

A Acrisure apostou no mercado português com a compra da corretora Universalis tendo em mira aquisições de mais empresas. “Sentimo-nos atraídos por Portugal, porque acreditamos que há muitas oportunidades para comprar mais empresas”, afirmou Jason Howard, na terceira edição do Fórum Nacional de Seguros. Para o presidente da Acrisure Internacional este fator alinha-se com a estratégia da empresa em continuar a expandir-se no mercado europeu para mais fusões e aquisições

No evento organizado pelo Ecoseguros e pela Zest, o presidente da corretora salientou mais vantagens do mercado português. Jason Howard assinalou que Portugal cumpre os pré-requisitos necessários para a empresa sequer considerar adquirir uma companhia – que o país onde está sedeada apresenta contornos políticos e económicos estáveis, com um mercado dinâmico e com muitas oportunidades de crescimento.

A sua intervenção no encontro de profissionais de seguros ficou também marcada pela exposição dos requisitos que a corretora exige às empresas para as comprar, assim como as suas recentes aquisições e os planos para algumas delas nos próximos anos.

Veja a intervenção completa aqui:

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