Comercialização de certificados de aforro? Sim, nós podemos… E queremos!

  • Sebastião Lancastre
  • 13 Julho 2023

As instituição de pagamento podem e querem comercializar certificados de aforro e estão prontas para responder à chamada, assim sejam comunicadas as condições para o fazerem.

No início de junho, o Governo surpreendeu o país com o anúncio de mudanças nas regras de comercialização dos Certificados de Aforro. Durante anos, os CTT foram a entidade privilegiada para comercializar este produto, com ganhos significativos desta atividade em exclusividade.

De acordo com as suas contas divulgadas relativas ao primeiro trimestre, só os títulos da dívida pública – que incluem certificados de aforro e certificados do tesouro poupança crescimento – apresentaram rendimentos de 23,2 milhões de euros, um aumento de 306,7%, face a 2022.

Para além de uma revisão em baixa das taxas de remuneração, foi também anunciado que entidades bancárias e instituições de pagamento viriam a poder comercializar estes produtos.

O setor agitou-se com a novidade, especialmente do lado das instituições de pagamento (IP) que não foram auscultadas e receberam a informação ao mesmo tempo que o resto do país, de forma entusiasta.

Com a rapidez de análise e de criar soluções, características que nos são reconhecidas, é perceber que esta é uma oportunidade que não queremos perder e que estamos particularmente aptas a dar resposta.

Os grandes players, como as entidades bancárias, têm a força para fazer os acordos comerciais, mas quem apresenta a agilidade e flexibilidade necessárias para dar uma resposta célere e segura são as instituições de pagamento, que têm sido as grandes promotoras de inovação e que têm introduzido no mercado nacional as soluções mais inovadoras, seguras e flexíveis, muitas vezes na dianteira de todo o setor.

Em meu entender, os principais argumentos para considerar que a comercialização destes produtos pelas IP traz vantagens acrescidas ao consumidor são:

1. Permitem a utilização de dinheiro guardado em entidades bancárias no estrangeiro. É uma forma de democratizar os meios de pagamento.

2. Experiência do utilizador é melhor e mais facilitada, sem abdicar da segurança. É possível, por exemplo, solicitar prova de vida digital antes de iniciar qualquer pagamento.

3. Apresentam um pricing muito competitivo, por haver uma simplificação do processo, o que aporta ganhos para os consumidores. As interligações são muito mais simplificadas.

Em resumo, as IP podem e querem comercializar certificados de aforro e estão prontas para responder à chamada, assim sejam comunicadas as condições para o fazerem.

  • Sebastião Lancastre
  • CEO easypay

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