
Formação: um compromisso para a vida
Empresas e instituições devem criar e promover um clima de desenvolvimento permanente, oferecendo oportunidades de aprendizagem e valorizando o esforço individual.
Há não muito tempo a formação era limitada no tempo. Os ensinamentos apreendidos em idade escolar, no ensino secundário, ensino profissional ou universitário ou em formações complementares eram suficientes para uma carreira de sucesso, mesmo que a atualização periódica de conhecimento já significasse uma vantagem competitiva ou pelo menos, fosse recomendável. Hoje, essa atualização não é apenas recomendável, mas obrigatória para quem ambiciona destacar-se, manter-se atual ou simplesmente continuar a ser valorizado profissionalmente, precisa de assumir a aprendizagem contínua como uma prioridade constante.
Se o mundo sempre se caracterizou pela mudança, esta tem-se vindo a tornar cada vez mais rápida, graças a desafios imprevisíveis como a pandemia global que acelerou a transformação digital em todo o mundo ou a constantes evoluções tecnológicas, a começar pelas implicações da inteligência artificial. Este quadro de mudança vertiginosa, exige uma resposta pronta e uma capacidade de adaptação, que tem a formação no centro.
Acredito que a obtenção de conhecimento ao longo da vida assenta em dois vetores fundamentais. O primeiro é o pessoal. Cada indivíduo deve fazer uma análise da sua carreira e dos conhecimentos que possui, identificando, face às exigências do mercado, os pontos a desenvolver para continuar a ser relevante. Para além do sucesso profissional, é essencial procurar o crescimento pessoal, como fonte de motivação e realização.
Outro aspeto a destacar é a possibilidade de requalificação: reconhecer que determinadas competências já não são distintivas e estar disponível para desenvolver outras, mais alinhadas com as próprias características, interesses e com a evolução do mercado.
O segundo vetor diz respeito ao papel das organizações, que podem — e devem — assumir-se como catalisadores da formação contínua ao longo da carreira dos seus colaboradores. Empresas e instituições devem criar e promover um clima de desenvolvimento permanente, oferecendo oportunidades de aprendizagem e valorizando o esforço individual.
Seja através de formação em grupo ou personalizada, as organizações mantêm as suas equipas motivadas, atualizadas e preparadas para os desafios do futuro.
Em comum, estes dois vetores exigem uma mentalidade de evolução contínua, pessoal e profissional, e a consciência de que a mudança é cada vez mais rápida e inevitável. A questão já não é se algo vai mudar, mas quando e como irá mudar.
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