Ninguém sai com dignidade desta farsa em que a política se apresenta como um dueto entre ventríloquos candidatos a deputados e quem sabe a ministros da República.
A campanha para as eleições internas do PSD é o retrato de dois candidatos à procura de dois partidos. A singularidade da campanha é não ter sido uma campanha, mas sim a súmula avulsa de dois discursos paralelos, desconexos, mutuamente exclusivos. Rio que é candidato sem fazer campanha fala para o País. Rangel que é candidato em plena campanha fala para o partido. O País ignora Rio e o partido ouve Rangel.
Neste excêntrico concurso partidário, estabelece-se uma diferença insultuosa para o PSD e para Portugal – a distinção entre os militantes do PSD e os portugueses, como se os militantes não fossem portugueses e os portugueses não tivessem o voto decisivo nas Legislativas.Fica-se na dúvida se é estratégia ou estupidez. Entretanto, o grande teatro político fica entregue a todo um desfile
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