Sem uma nova política, sem sentido crítico face ao status-quo, o presente Governo socialista é a imagem do imobilismo. É a afirmação de um Governo conservador por incapacidade e demérito.
O País está estável na sua apatia. O Governo é a imagem da instabilidade. Quando o País real é um detalhe nos intervalos do Mundial, o primeiro-ministro faz uma remodelação em estilo curto e minimalista. Minimalista porque só muda o que não pode evitar. Curto porque impulsionado pelas vistas curtas do imediato. Curto e mínimo é a assinatura de estilo deste Governo. E fala-se de um Governo que em nada se distingue do primeiro-ministro. Aliás, o Governo é uma extensão tentacular da personalidade do Chefe. Caprichoso e vingativo, o perfil político do primeiro-ministro não admite o pensamento autónomo na orgânica do Governo. A remodelação só atinge os célebres “ajudantes de ministros”, uma pequena mudança ao nível dos operários executivos sempre com poderes delegados. É a regra do controle