
Sustentabilidade: agir pelo futuro
Acredito numa visão central onde a Sustentabilidade deve estar no âmago de tudo aquilo que fazemos. Isto porque envolve precisamente tudo o que compõe o ecossistema das empresas.
Se há uns anos a maioria daquilo que se escrevia sobre Sustentabilidade começava em género de convocatória para a participação num presente mais circular, chegámos a um momento em que, acredito, esta já forma parte de todos nós. Ultrapassámos as metas e podemos, finalmente, começar a respirar com algum alívio.
Em 2033, quando se assinalar o 10.º aniversário da celebração do Dia Nacional da Sustentabilidade, é assim que espero iniciar um artigo. Seria um bom sinal. Ainda não é possível, e o caminho é longo, tornando-se mais evidente a necessidade de serem tomados passos concretos e adotados posicionamentos que lembrem que este futuro, efetivamente, já chegou.
Tornar a Sustentabilidade numa efeméride é um desses milestones, que nos convoca e alerta para a necessidade de encarar este tema como um dever que a todos cabe cumprir. Sim, é verdade que a consciência é cada vez maior e que o escrutínio positivo que existe em seu redor tem impulsionado os primeiros passos na transformação de empresas e atividades.
Mas a Sustentabilidade não pode ser vista como mais um pilar, ou um departamento, dentro da estratégia corporativa. Acredito numa visão central onde a Sustentabilidade deve estar no âmago de tudo aquilo que fazemos. Isto porque envolve precisamente tudo o que compõe o ecossistema das empresas.
É no ambiente corporativo que me foco porque é o que melhor conheço e por ter consciência de que aquilo que é feito a nível empresarial impacta todas as coisas: ambiente e pessoas. Não, não me estou a esquecer da parte económica (ou de governance), mas acredito que esta é indissociável das outras duas.
Parte da responsabilidade corporativa é o compromisso de minimizar o impacto negativo das suas operações e contribuir positivamente para o desenvolvimento sustentável. Isso implica tudo.
No Super Bock Group, a empresa onde me foi dada a responsabilidade de liderar uma equipa focada na área da Sustentabilidade, dizemos que queremos satisfazer a sede de um futuro mais autêntico, neutro em emissões, através de zero desperdício, promovendo uma sociedade mais justa e próspera, com momentos de amizade intensos e desfrutados com atitude responsável. É uma ambição que abrange precisamente todos os pontos.
Começamos pelas nossas operações, com embalagens circulares para os nossos produtos, com a gestão de um recurso que nos é essencial – a água – e com a aposta nas energias renováveis para consumo nas nossas unidades de produção – e que vamos partilhar com as comunidades envolventes.
Porque acreditamos que o caminho deve começar por dentro, colmatando o impacto das nossas atividades, e sempre que possível, estendendo-o para o usufruto das pessoas que por nós são impactadas.
Assim, se por um lado reduzimos o impacto no Ambiente, por outro potenciamos o impacto na Comunidade. De forma próxima nas comunidades que nos rodeiam, e de forma alargada através da educação e da cultura, mas também das nossas pessoas – proporcionando-lhes condições dignas de trabalho, e potenciando o seu bem-estar e evolução pessoal e profissional.
Mas também não nos esquecemos de uma questão que, à primeira vista, poderia parecer não se inserir aqui: a promoção do consumo responsável. Em linha com o ODS 3 – saúde de qualidade, apostamos num portefólio com zero ou baixo teor de álcool e incluímos mensagens de sensibilização para o consumo responsável nas nossas embalagens e ações de marca. Porque sabemos que o consumo excessivo de álcool pode refletir-se na saúde pública e reduzir o nosso impacto passa também por aqui.
Estes são alguns dos passos que damos, e que comprovam que tudo faz parte da sustentabilidade. E apresento estes exemplos numa lógica de defender uma abordagem holística de ser sustentável com o objetivo de relembrar que em tudo o que fazemos podemos fazê-lo melhor. Nem que isso implique transformar e adaptar a forma como trabalhamos, os produtos que comercializamos e as nossas relações.
Defendo que este é o único caminho possível para que, em 2030 ou antes, consigamos atingir as ambiciosas metas que temos pela frente. Que no dia 25 celebremos a Sustentabilidade, mas que acima de tudo, reforcemos o nosso compromisso em fazer parte desta transformação para um futuro verdadeiramente sustentável.
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