Foi preciso uma pandemia à escala mundial para se perceber que, se calhar, um trabalhador excelente não é aquele que apaga a luz ou que fica mais horas seguidas à secretária.
Sempre que se inaugura um novo ano, surgem as inevitáveis resoluções de Ano Novo, plenas de promessas e grandiosas intenções. É na virada de mais uma volta ao sol que se promete ir mais ao ginásio, deixar de fumar, comer melhor e, tantas e tantas vezes, trabalhar menos. Tradicionalmente, Portugal tem sido dos países em que se trabalha mais horas por semana, sem que isso tenha um impacto positivo na produtividade. Em 2018 – a primeira vez que abordei, noutra crónica, este tema – a OCDE colocava Portugal na 26.ª posição (entre 35 posições possíveis) de um ranking que evidenciava o valor que cada trabalhador gerava para o seu país, em função do número médio de horas trabalhadas e do PIB
per capitadesse país. Em 2020, a OCDE publicou novo estudo, comparando os números atualizados dos mesmos