Centro BIO ganha prémio europeu

  • Lusa
  • 11 Outubro 2016

Valorização de recursos e resíduos foi o único projeto português finalista dos prémios RegioStars, que distinguem os melhores projetos europeus apoiados por fundos estruturais.

Ajudar as regiões rurais de baixa densidade populacional a serem menos dependentes de energia e matérias-primas é o objetivo do projeto português “Centro BIO”, da BLC3 – Campus de Tecnologia e Inovação, de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, que hoje ganhou o prémio RegioStars da Comissão Europeia, na categoria de Crescimento Sustentável.

Apoiado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), o “Centro BIO: Bioindústrias, Biorrefinarias e Bioprodutos” de valorização de recursos e resíduos era o único projeto português finalista dos prémios RegioStars, que distinguem os melhores projetos europeus apoiados por fundos estruturais.

“Este prémio vai dar-lhe a visibilidade internacional que ele precisa. Este prémio será uma montra internacional”, afirmou à Lusa Ana Abrunhosa, presidente da CCDRC, que candidatou o projeto aos prémios europeus na categoria Crescimento Sustentável: Economia Circular.

Para João Nunes, presidente da BLC3 e responsável pelo projeto, é ainda uma solução para “aumentar a competitividade do território nacional através da valorização dos recursos”, além de contribuir para “a diminuição dos grandes incêndios florestais e do impacto económico negativo”, e ainda “para fixar jovens e massa crítica nas regiões rurais e interiores”.

O galardão hoje conseguido é, para João Nunes, “um reconhecimento de um trabalho desenvolvido por jovens e uma equipa de excelência, por uma região cheia de potencial”.

regionstars

Contou ainda como “este prémio teve já impactos muitos positivos”, tendo a BLC3 sido contactada por “grupos internacionais de excelência de investigação na áreas das biorrefinarias e bioprodutos” que se mostraram disponíveis para uma cooperação.

O responsável acredita também que o RegioStars terá ainda outro “impacto muito importante e positivo”, nomeadamente no “reconhecimento de que as biorrefinarias são uma aposta chave para a região e para o país, e para a resolução” de grandes problemas da atividade económica.

Diminuir a área de território abandonado, valorizando os recursos que a terra dá, diminuir os grandes incêndios florestais e fixar jovens e massa crítica em regiões rurais e interiores são, pois, as mais-valias do projeto, que quer tornar a Europa “menos dependente de recursos externos com um foco mais na sua atividade”.

O Centro BIO assume-se ainda como “um excelente exemplo” de como “o interior e os jovens puxam por Portugal”, colocando quer o Centro quer o país “na rota da excelência tecnológica e de inovação a nível internacional”.

blc

“Será ainda importante porque será uma oportunidade para captar mais investimento e jovens para uma região em declínio demográfico e com um abandono do território muito significativo, tendo em conta que o projeto já permitiu a criação de 52 de postos de trabalho, mais de 30 investigadores, com uma captação de investimento superior a nove milhões de euros para a valorização do território”, explicou.

Sobre o prémio atribuído ao Centro BIO, a comissária europeia para as políticas regionais, Corina Cretu, disse estar “muito contente por saber que um dos vencedores, de entre 140 projetos, é de Portugal”.

“É sobre a economia de reciclagem, que é muito importante para os nossos cidadãos e para o nosso planeta”, referiu a responsável, assinalando que “a inovação está a acontecer não só em grandes cidades, mas também nas áreas rurais”.

A comissária salientou ainda estar “especialmente contente por Portugal, porque está a provar que está a evoluir, substituindo as grandes infraestruturas pela inovação, investigação, desenvolvimento”.

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