Detenção na Crown Resort ditam tombo das ações

As autoridades chinesas detiveram 18 funcionários da cadeia australiana de casinos. Ações da empresa tombaram 13%, perante os receios de repressão que coloque em xeque o seu negócio.

As ações da cadeia australiana de jogo Crown Resorts, que detém casinos em Macau, viveram um dia negro na bolsa de Sidney, depois de 18 dos seus funcionários terem sido detidos pelas autoridades chinesas esta segunda-feira.

Os títulos tombaram 13%, levando o valor de mercado da companhia de entretenimento com sede em Melburne a encolher em, quase mil milhões de euros. Outros títulos do setor de jogo também sofreram quedas, mas menos acentuadas, penalizadas pelo receio de que a captação de clientes chineses para os seus casinos possa ser afetada. De salientar que a publicidade a jogos de azar é proibida na China continental.

Entre os detidos, consta Jason O’Connor, que é responsável pela equipa internacional de angariação de clientes VIP.

Mais de um terço das receitas do grupo que tem como maior acionista o milionário James Packer provêm de visitantes internacionais, sobretudo chineses. As detenções “sugerem que irá haver algum tipo de repressão”, afirmou Daniel Mueller, analista da gestora Forager Funds Management, em Sidney.

Até ao momento, a Crown Resorts ainda não tinha conseguido contactar os funcionários detidos.

A Crown opera casinos em todo o mundo, incluindo em Macau, onde as receitas do jogo estiveram mais de dois anos em queda, impulsionadas, pelo menos em parte, por uma campanha anticorrupção de Pequim que afastou da cidade grandes apostadores chineses. Depois de ascender ao poder, em 2012, o Presidente chinês, Xi Jinping, adotou o combate à corrupção como uma das suas prioridades.

 

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