Rede de bicicletas partilhadas em Lisboa arranca no Parque das Nações

  • Lusa
  • 17 Outubro 2016

A partilha de bicicletas na cidade de Lisboa vai arrancar no primeiro semestre de 2017. Parte do Parque das Nações para ser, depois, alargada ao resto da cidade.

A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) anunciou hoje que a rede de bicicletas partilhadas vai começar por funcionar no Parque das Nações, no primeiro semestre de 2017, para depois ser alargada ao resto da cidade.

“O que os cidadãos e os lisboetas pretendem é que o sistema entre definitivamente em operação e isso acreditamos que [aconteça] no primeiro semestre do ano que vem”, afirmou o presidente da EMEL, Luís Natal Marques, à Lusa.

O responsável precisou que o projeto vai começar por funcionar numa zona piloto: “Estamos a pensar no Parque das Nações, uma zona mais contida da cidade, e talvez seja por aí que devamos começar”.

Em causa está uma rede de 1.410 bicicletas (940 elétricas e 470 convencionais) distribuídas por 140 estações: 92 no planalto central da cidade, 27 na baixa e frente ribeirinha, 15 no Parque das Nações e seis no eixo central (que abrange as avenidas Fontes Pereira de Melo e da Liberdade).

Em outubro do ano passado, a EMEL lançou um concurso público para “aquisição, implementação e operação do Sistema de Bicicletas Públicas Partilhadas na cidade de Lisboa”, com um valor base de 28,9 milhões de euros e um prazo contratual de 108 meses (nove anos).

Porém, devido à exclusão por questões formais das dez candidaturas apresentadas – que eram, essencialmente, de empresas estrangeiras -, a EMEL decidiu lançar um novo concurso. “Neste momento, a empresa está escolhida, que é a Órbita, e estamos a fazer a recolha de toda a documentação necessária para submeter ao Tribunal de Contas essa operação”, apontou Luís Natal Marques, admitindo que isso só agora acontece devido a contratempos na celebração do contrato.

O responsável frisou que “a concorrência” levou a que o preço base do concurso baixasse em 20% para 23,09 milhões de euros. “Consideramos ser um bom preço para o cálculo que inicialmente fizemos”, referiu. À exceção do preço, “está tudo como inicialmente foi idealizado”, indicou o presidente da EMEL, realçando que se continua a prever que as receitas provenham da bilhética e da publicidade.

De acordo com o plano de negócio do projeto, o passe anual deverá custar 36 euros e o bilhete diário dez euros, pelo que a empresa perspetiva uma receita de 897.321 euros por ano. Pela publicidade, a EMEL tenciona cobrar 350 euros por bicicleta o que deverá representar um encaixe financeiro anual superior a 400 mil euros.

“É uma operação para uma cidade que é capital europeia e que pensamos que a merece. Os cidadãos também têm direito a essa forma de mobilidade, que é uma mobilidade suave, e que grande parte das cidades europeias mais importantes têm”, concluiu Luís Natal Marques.

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