João Vieira Lopes: “Salário mínimo não pode ultrapassar os 540 euros”
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal afirmou que "sem contrapartidas do Governo, o salário mínimo não pode ultrapassar os 540 euros".
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) diz que “sem contrapartidas do Governo, o salário mínimo não pode ultrapassar 540 euros”. Numa entrevista publicada no Diário de Notícias, João Vieira Lopes disse que é “muito difícil” que na próxima semana, na nova reunião de concertação social, Governo e parceiros sociais cheguem a acordo sobre o aumento do salário mínimo.
“É muito difícil, por dois tipos de razões. Nós não temos a certeza se, de facto, o Governo pretende um acordo, porque um acordo, como é costume dizer-se, tem páginas pares e páginas ímpares”, observa, acrescentando que nas primeiras “as entidades fazem cedências” e, nas segundas, “têm algumas contrapartidas”.
O que “acontece é que, para fazer um acordo que envolva o setor empresarial e que envolva alguns retrocessos em algumas áreas – laborais, salariais ou outras -, o Governo tem de colocar um conjunto de contrapartidas, seja de caráter económico, seja de caráter fiscal, que permita que as empresas aceitem essa situação. É o que tem acontecido em todos os acordos”, disse.
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"É muito difícil, por dois tipos de razões. Nós não temos a certeza se, de facto, o Governo pretende um acordo, porque um acordo, como é costume dizer-se, tem páginas pares e páginas ímpares”
O responsável diz ainda que atualmente não vê “da parte do Governo contrapropostas em que as empresas fiquem satisfeitas para poderem fazer algumas cedências”. João Vieira Lopes refere que o salário mínimo “é um ponto muito sensível”.
O presidente da CCP não faz referência ao valor que a CCP defende para a fixação do salário mínimo em 2017, dizendo tratar-se de um tema de “grande sensibilidade social, na medida em que os salários mínimos em Portugal são baixos”.
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