BCP revê contratos dos trabalhadores com a contenção como prioridade
Tendo em mente "o menor impacto na vida dos seus colaboradores", o Millennium bcp quer ter cuidado com o aumento dos custos com salários. Já os sindicatos exigem devolução dos montantes cortados.
O Millennium bcp iniciou esta semana negociações com os sindicatos para acordar um novo contrato coletivo de trabalho para os seus trabalhadores. Para o banco, a prioridade é a contenção de custos. Para os sindicatos, a devolução dos cortes que foram feitos aos salários durante o período de reestruturação é obrigatória.
Tendo em conta que a intenção é ter “o menor impacto possível na vida dos seus trabalhadores”, o BCP esclarece, em declarações enviadas aos jornalistas, que a prioridade é “a redução dos seus custos operativos”, nomeadamente mantendo “adequadamente contida a evolução dos custos de pessoal a curto prazo”.
Em comunicado, a Federação dos Sindicatos Independentes afirmou estar “ciente das dificuldades que o setor financeiro tem atravessado”, mas acrescenta não abrir mão da reposição da “redução temporária das retribuições auferidas” e dos outros benefícios que foram temporariamente suspensos no âmbito da reestruturação do Millennium BCP.
A federação, que junta o SNQTB e o SIB, diz que a proposta do BCP propõe rever várias questões incluindo “as progressões automáticas, o regime de faltas, contribuições para os SAMS, prémios de antiguidade, benefícios em caso de doença, invalidez ou invalidez presumível”, entre outras.
O Sindicato dos Bancários do Norte (SBN), por sua vez, acredita que não é “o momento oportuno para se iniciarem negociações com vista à revisão do ACT [Acordo Coletivo de Trabalho] do BCP”, segundo anunciou em comunicado a federação a que pertence, a Febase. Isto porque permanece em vigor até ao final de 2017 o memorando de entendimento entre o BCP e os sindicatos que estabeleceu, entre outros termos, “o congelamento de matérias importantes a nível de retribuições e outras prestações pecuniárias”, e que só depois do fim do período do aplicação do memorando deveria proceder-se a uma renegociação do ACT.
O Millennium bcp é um dos bancos que está agora a proceder a uma renegociação dos acordos com os trabalhadores. O Montepio também o faz neste momento, tendo a Febase anunciado que poderá haver o congelamento de salários durante dois a três anos, com a contrapartida de não poder haver lugar a despedimentos coletivos.
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