Brasileiro Roberto Azevêdo é recandidato a diretor-geral da OMC
O embaixador brasileiro vai recandidatar-se a um novo mandato à frente da Organização Mundial de Comércio (OMC), de 2017 a 2021, informou esta sexta-feira o Ministério das Relações Exteriores.
O diplomata brasileiro quer prolongar o mandato que começou em 2013 e, por isso, vai recandidatar-se no próximo ano ao cargo. “Tenho o prazer de confirmar que estou pronto para servir como diretor-geral num segundo mandato, se os membros assim o desejarem”, pode ler-se numa carta do brasileiro, assinada a 3 de novembro.
“Acredito que alcançámos um grande acordo durante este período. Mostrámos que a OMC pode distribuir importantes resultados de negociação, com a conclusão bem-sucedida das nossas conferências ministeriais em Bali [Indonésia] em 2013, e Nairobi [Quénia] em 2015”, destacou o brasileiro.
Roberto Azevêdo sublinhou que foram dados passos para, por exemplo, “fortalecer o sistema de resolução de litígios”, “expandir a organização ao receber cinco novos membros” e “reforçar a assistência técnica”.
O atual diretor-geral acrescentou que foram tomadas medidas para “manter e melhorar o trabalho de monitorização para assegurar adesão às regras da OMC, melhorar os serviços fornecidos aos membros ao conduzir e implementar uma análise estratégica exaustiva do secretariado e aumentar a visibilidade da organização”.
Acredito que alcançámos um grande acordo durante este período. Mostrámos que a OMC pode distribuir importantes resultados de negociação, com a conclusão bem-sucedida das nossas conferências ministeriais em Bali [Indonésia] em 2013, e Nairobi [Quénia] em 2015.
Na missiva, o brasileiro destacou que os “progressos” ficaram a dever-se a um trabalho em conjunto dos membros “inclusivo, transparente e pragmático”, e que a OMC está hoje “mais forte” do que em 2013, quando assumiu o cargo.
No comunicado em que distribui a carta do diretor-geral da OMC anexada à do presidente do Conselho-Geral da organização, o embaixador Harald Neple (Noruega), onde este dá conta do processo de selecção para o diretor-geral que deverá assumir funções a 1 de setembro de 2017, a diplomacia brasileira saudou “com satisfação” a decisão de Roberto Azevêdo, apoiando-a.
“O Governo brasileiro entende que o embaixador Roberto Azevêdo reúne as melhores credenciais para continuar a prestar serviços relevantes ao sistema de comércio internacional”, segundo o comunicado.
O Ministério das Relações Exteriores elogiou o “papel de liderança” do brasileiro “nas negociações que permitiram a conclusão de acordos relevantes e substantivos nas conferências ministeriais da OMC em Bali (2013) e Nairóbi (2015)”, que “foram os primeiros entendimentos multilaterais desde a conclusão da Rodada Uruguai em 1994”.
“A atuação do embaixador Roberto Azevêdo vem contribuindo para o fortalecimento do sistema de comércio multilateral em conjuntura internacional desafiadora”, considera a diplomacia brasileira.
A OMC nasceu em 1995 e tem sido a principal entidade a administrar o sistema multilateral de comércio.
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