Web Summit: Sinónimo de caos no metro

O Web Summit atrai mais de 50 mil pessoas. E também o caos para o metro de Lisboa. Apesar do reforço prometido pela Câmara de Lisboa, há quem não consiga entrar nas carruagens.

O Web Summit em Lisboa está a atrair mais de 50 mil pessoas. Mas não está fácil chegar ao Parque das Nações. Apesar de todas as garantias dadas pela Câmara de Lisboa de que tudo estaria preparado para receber os participantes, incluindo os transportes, há quem não consiga entrar no metro.

Fernando Medina garantiu ao Jornal de Negócios que Lisboa “tem sido capaz de acolher grandes eventos e a movimentação de centenas de milhares de pessoas e a cidade está preparada para isto. A cidade funciona”. Mas não é isso que se vê hoje no metro de Lisboa. E isto é visível no vídeo publicado pela rádio Renascença, onde muitas pessoas ficaram de fora na estação da Alameda.

Apesar do reforço feito para receber o evento de tecnologia, com o metro a circular durante toda a noite e com seis carruagens, há quem não consiga sequer entrar nas carruagens. Na manhã de hoje, “muita gente ficava nas plataformas porque não conseguiam entrar nas carruagens”, diz uma das participantes no Web Summit ao ECO. Além disso, “as carruagens estão paradas mais tempo do que o normal”, nota. O Twitter foi inundado com fotos dos vários participantes que tentam chegar ao evento através do metro.

O ECO contactou o Metro de Lisboa. A empresa disse num comunicado enviado às redações que vai encerrar a estação de Arroios a partir de hoje, às 16h00, de maneira a garantir a segurança e aumentar a capacidade de transporte. “Com base na análise dos movimentos detetados durante o primeiro dia do Web Summit e previsíveis para os restantes dias, com o objetivo de garantir a segurança e maior capacidade de transporte de passageiros no âmbito do evento, a estação de Arroios ficará encerrada a partir das 16 horas do dia de hoje, permitindo assim a utilização de seis carruagens na linha verde”, explica o Metro de Lisboa. E acrescenta que a “estação será reaberta logo que o Metropolitano de Lisboa considere que estejam reunidas as condições normais de procura”, após o evento.

Durante o encerramento da estação de Arroios, para além das carreiras habituais, a Carris reforçará o seu serviço, prolongando a carreira 797 da Praça do Chile à Alameda. No início deste mês, o metro disse que a rede de transportes “estaria preparada para acolher o grande volume de participantes esperados” e que, para isso, teria “equipas especializadas no aeroporto e na estação de metro do Oriente para prestar informações úteis sobre a melhor forma de os participantes de movimentarem em Lisboa”.

Uber ou Táxi?

Num dia em que todos tentam chegar ao Parque das Nações, há várias opções. Uma delas é a Uber. Abrindo a aplicação é possível ver que há vários carros na zona do Web Summit. O tempo de espera não é muito diferente do habitual, nem as tarifas sofrem grandes alterações. E ao que parece está a ser a escolha de quem não consegue apanhar um táxi.

Participantes disseram ao ECO que chamaram um táxi e que receberam a informação de que haveria 20 pedidos à frente. Depois de estarem meia hora à espera, voltaram a ligar para a central mas já não atenderam. O Uber foi a opção escolhida neste caso. Florêncio de Almeida, presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros, diz que não tem conhecimento de que haja problemas a nível dos táxis.

(Notícia atualizada às 15h45 com as declarações do Metropolitano de Lisboa e da ANTRAL.)

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