Dia sim em Lisboa em dia não na Europa

BCP descolou de mínimos históricos e, juntamente com setor energético, colocou a bolsa de Lisboa em destaque na Europa. Foi um dia positivo no PSI-20 numa sessão europeia com sinal menos.

Com a pressão no setor financeiro a pintar de vermelho a sessão na maioria das praças europeias, a bolsa de Lisboa escapou ao pessimismo dos investidores, apanhando boleia das valorizações mais expressivas das cotadas do grupo EDP. Também o BCP, que atingiu esta quarta-feira um novo mínimo, recuperou o fôlego e distanciou-se da barreira psicológica do euro.

O PSI-20, o principal índice português, somou 0,35 para 4.668, 35 pontos, numa sessão em que apenas duas cotadas fecharam abaixo do nível da água: os CTT perderam 0,28% para 6,44 euros e a Pharol cedeu 0,94% para os 21 cêntimos. Do lado positivo destacaram-se a EDP Renováveis (+0,87%) e EDP (+0,24).

No setor financeiro, apesar do panorama europeu negativo por causa da situação delicada em torno da banca italiana, o BCP descolou de mínimos após um avanço de 0,96% para 1,05 euros — chegou a tocar no valor mais baixo de sempre durante a sessão desta quinta-feira, nos 1,02 euros. Já o BPI fechou em alta ligeira de 0,09% para 1,13 euros.

Contrariando os ganhos em Lisboa, os principais mercados europeus encerraram a sessão em queda. De Madrid a Frankfurt, as perdas nas ações não foram além dos 0,5%, num desempenho sobretudo condicionado pelos bancos. O índice da Bloomberg que acompanha o setor na Europa tombou mais de 1%, perante as quedas de Credit Suisse (-3%), Unicredit (-1,87%) e ING (-1,48%).

“Os mercados acionistas europeus estiveram em baixa devido aos dados aquém do esperado nos EUA de ontem, que pesaram sobre o sentimento global e pressionaram o dólar”, disseram os analistas da Action Economics, numa nota citada pela Reuters. “A renovada aversão ao risco também pressiona as ações europeias, embora as perdas sejam relativamente pequenas e no caso do DAX insuficientes para danificar o rally de fim de ano”, acrescentaram.

Este sentimento negativo não impediu, porém, o índice londrino FTSE 100 de renovar um novo máximo.

(Notícia atualizada às 16h58)

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