Dívida dispara, BCP cai. E a bolsa? Também

A escalada dos juros da dívida portuguesa pesou no desempenho da bolsa nacional. Depois da subida na primeira sessão do ano, caiu. O BCP destacou-se ao ceder mais de 1%.

A dívida portuguesa disparou. Uma subida de mais de 20 pontos base, colocando os juros bem perto da fasquia dos 4%, que colocou pressão no mercado acionista nacional, levando a bolsa lisboeta a contrariar a tendência positiva dos restantes índices europeus. O BCP destacou-se pela negativa numa sessão marcada pela queda do setor da energia.

Enquanto o Stoxx 600, o índice de referência para a Europa, subiu em torno de 0,5%, entrando em “bull market” ao acumular uma subida de mais de 20% desde o último mínimo, em Lisboa o PSI-20 fechou em queda. O índice português recuou 0,18%, corrigindo da subida registada na sessão de estreia em 2017: 1,17%.

O dia ficou marcado pela subida dos juros da dívida soberana na generalidade dos países do euro, isto no dia em que foi revelado que a inflação na Alemanha alcançou a meta de 2% do BCE. Uma evolução que sinaliza uma melhoria da economia, levando os investidores a reajustarem as suas expectativas para os estímulos da entidade liderada por Mario Draghi.

As taxas subiram em todos os países, mas Portugal acabou por ser mais castigado. A taxa a 10 anos chegou a tocar nos 3,963%, avançando mais de 20 pontos base para máximos de fevereiro. Uma subida acentuada numa altura em que se aguarda um regresso do IGCP ao mercado, que castigou o BCP. Os títulos do banco cederam 1,45% para 1,073 euros.

O agravamento dos juros da dívida pesou também em empresas como a EDP, a EDP Renováveis e a REN, que registaram perdas de 0,45%, 0,36% e 0,92%, respetivamente. A Galp Energia, por seu lado, acabou por cair 0,31% para 14,27euros num dia marcado pela forte subida dos preços do petróleo.

No setor da pasta e papel, num dia marcado pela queda do euro para um novo mínimo de 14 anos, em torno dos 1,03 dólares, a Altri ficou inalterada, já a Semapa subiu 0,78%. A Navigator encerrou a perder ligeiros 0,3%. Além da holding liderada por Pedro Queiroz Pereira, só a Pharol e Mota-Engil apresentaram valorizações expressivas. A construtora subiu 2,67% para 1,65 euros.

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