Bancos antecipam maior procura de crédito
Segmento dos particulares é onde se deverá sentir uma maior procura de crédito no próximo trimestre, aponta inquérito do banco de Portugal a cinco grupos bancários.
Os últimos três meses de 2016 foram marcados por um aumento da procura de crédito junto de alguns dos principais bancos nacionais, uma tendência que deverá ter continuidade no trimestre corrente. Esta é uma das principais conclusões possíveis de retirar do último inquérito trimestral do Banco de Portugal sobre o mercado de crédito, divulgado esta terça-feira.
Para estes três meses, a maioria dos cinco grupos bancários sondados pela entidade liderada por Carlos Costa não antecipa alterações significativas na procura de empréstimos, contudo existem exceções, sobretudo no caso do financiamento aos particulares. Para este segmento, são duas as instituições financeiras a antecipar um aumento ligeiro da procura de crédito, tanto para aquisição de casa como para consumo e outros fins. Já entre as empresas, um banco antecipa uma subida ligeira da procura de empréstimos ou linhas de crédito, enquanto dois bancos preveem um aumento da procura por parte das Pequenas e Médias Empresas (PME).
Já no que respeita aos critérios exigidos para a concessão de crédito, os bancos inquiridos não antecipam que venham a ocorrer grandes alterações durante o atual trimestre. Um cenário um pouco distinto face ao último trimestre, onde alguns bancos sinalizaram uma menor restritividade desses critérios, tanto para as empresas como para os particulares.
De acordo com o Banco de Portugal, duas instituições financeiras reportaram spreads mais baixos para empréstimos de risco médio e uma instituição sinalizou um aumento do montante dos empréstimos ou linhas de crédito. Uma situação que, segundo o Banco de Portugal foi justificada pela “maior pressão exercida pela concorrência” que contribuiu para que a “redução da restritividade associada aos termos e condições”.
Já entre os particulares, algumas instituições apontaram também as pressões exercidas pela concorrência, bem como as melhores perspetivas do mercado de habitação, incluindo a evolução esperada dos preços da habitação e a situação e as perspetivas económicas gerais, como fatores que contribuíram para a redução da restritividade nos empréstimos concedidos a particulares. No que respeita aos termos e condições, duas instituições indicaram uma redução ligeira dos spreads nos empréstimos de risco médio concedidos a particulares para a compra de casa, enquanto uma instituição reportou uma evolução semelhante no caso dos empréstimos para consumo e outros fins.
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