BCP afunda quase 10% com forte queda dos direitos
As ações do banco liderado por Nuno Amado estão a afundar em bolsa, corrigindo dos ganhos recentes mas, essencialmente, reflexo da forte pressão sentida nos direitos do aumento de capital.
O BCP está a cair quase 10%. As ações do banco, que dispararam desde o destaque dos direitos do aumento de capital, estão a reagir negativamente à queda expressiva registada no valor dos títulos que permitem aos investidores participar na operação de recapitalização do banco liderado por Nuno Amado. Os títulos perdem quase 40%.
BCP cai com os direitos
Depois de dispararem mais de 15% nas últimas sessões, as ações do BCP seguem a perder 6,65% para 15,03 cêntimos, tendo chegado a cair um máximo de 9,69% durante esta sessão. Uma pressão vendedora que reflete o recurso dos investidores a estratégias de arbitragem numa altura em que os direitos estão a ser negociado em bolsa a um valor inferior ao da cotação do BCP.
Os direitos foram destacados da ação a 66,5 cêntimos, tendo valorizado até aos 1,005 euros na última sessão antes da admissão à negociação no mercado acionista português. Na estreia em bolsa, esses direitos ficaram avaliados em 61 cêntimos, tendo chegado a cair um máximo de mais de 40% para 56,5 cêntimos.
Direitos afunda em bolsa
Estes títulos que permitem, cada um, comprar 15 novas ações do BCP, estão agora a cotar nos 70 cêntimos. Considerando esta cotação, mais os 9,4 cêntimos do preço de subscrição das novas ações, cada título do banco poderá ser adquirido pelos investidores a um valor de 14,06 cêntimos. Ou seja, menos do que o custo no mercado.
Há uma situação de desequilíbrio no mercado, com o mesmo ativo a ser avaliado de formas diferentes através das ações e dos direitos: com os direitos é possível obter um desconto de 6% nas ações do BCP. É algo com que os investidores procuram beneficiar, mas tendencialmente será uma situação provisória. O mercado tende a voltar a situações de equilíbrio.
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