Saída do Tratado Transatlântico assusta Wall Street
As bolsas norte-americanas caíram no dia em que Donald Trump ordenou a saída do Estados Unidos do Tratado Transatlântico. Preço do petróleo, em queda, também pesou na sessão.
As bolsas norte-americanas estão a corrigir dos máximos históricos atingidos após a eleição de Donald Trump. O magnata tomou posse na última sexta-feira e já começou a trabalhar, assinando uma ordem que imediatamente desvinculou os Estados Unidos do Tratado Transpacífico. Políticas que começam a pesar junto dos investidores, tal como declarações recentes de Trump sobre a implementação de um “enorme” imposto aduaneiro e da renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio.
Neste contexto, o S&P 500 fechou a perder 0,26% para 2.265,31 pontos e, dos três principais índices, foi o que mais caiu na sessão desta segunda-feira. O industrial Dow Jones encerrou nos 19.789,71 pontos com uma queda de 0,19% e o tecnológico Nasdaq caiu 0,05% para 5.552,47 pontos.
O dia foi de perdas sobretudo para o setor industrial e para as energéticas, estas últimas pressionadas por uma nova derrapagem no preço do petróleo e acompanhando a tendência das homólogas deste lado do Atlântico. Em causa, a incerteza quanto ao cumprimento do acordo alcançado pela OPEP para cortar na produção da matéria-prima. O barril negoceia-se em Nova Iorque a 52,82 dólares, uma queda intradiária de 0,75%.
No campo das tecnológicas, destaque para as ações da Yahoo que, no dia em que se soube que o regulador norte-americano dos mercados abriu uma investigação para apurar se a empresa violou ou não a lei relativamente à divulgação de informação sobre os ataques informáticos de que foi alvo, conseguiram fechar no verde. Os títulos da empresa valorizaram 0,87% para 42,42 dólares.
Em contrapartida, destaque negativo para as ações da Qualcomm, que está a ser alvo de três ações judiciais por alegadas ilegalidades na forma como licenceia tecnologia para as fabricantes de telemóveis. No sábado, foi a vez de a Apple se juntar às autoridades sul-coreanas e estadunidenses, ambas a investigar a fabricante de processadores pelos mesmos motivos. Os títulos da empresa derraparam 12,56% para 54,98 dólares.
Por fim, o dia também ficou marcado pela apresentação de resultados pouco animadores por parte da McDonald’s, cujas ações derraparam 0,75% para 121,36 dólares nesta primeira sessão da semana. As vendas da conhecida cadeia de restauração caíram pela primeira vez em seis trimestres.
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