Soares da Costa salva apesar do voto contra da CGD

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2017

O grupo CGD votou contra a proposta de recuperação apresentada pela administração da Soares da Costa. Plano passou à tangente, mas ainda falta o aval do juiz que detém o processo.

O plano de recuperação da Soares da Costa foi aprovado à tangente. A notícia avançada pela edição desta terça-feira do jornal Público (acesso condicionado) dá conta de que terão votado a favor da recuperação da empresa centenária 51,08% dos credores. O principal credor, o grupo Caixa Geral de Depósitos votou contra. O peso dos créditos da CGD chegava perto dos 30%.

A votação não é contudo definitiva, uma vez que precisa de ser homologada – o que deverá acontecer num prazo de dez dias – pelo juiz que tem o processo em mãos.

Em declarações ao Público o administrador de insolvência, Pedro Pidwell, garante que “foi sobretudo a mobilização de fornecedores e trabalhadores que permitiu que este processo de viabilização possa ir para a frente”. Já a administração da Soares de Costa adiantou que se regozija “com a aprovação clara do plano de viabilização que apresentou. Desta forma acreditamos que é possível viabilizar uma marca centenária e que tem grande impacto na economia e na criação e empregos”.

"foi sobretudo a mobilização de fornecedores e trabalhadores que permitiu que este processo de viabilização possa ir para a frente”

Pedro Pidwell

Administrador de insolvência da Soares da Costa

A Soares da Costa enfrenta um processo de insolvência desde agosto de 2016.

A empresa liderada por Joaquim Fitas emprega cerca de 1.200 funcionários que com a aprovação deste plano irão conseguir recuperar quase integralmente o passivo no âmbito de uma linha de financiamento assegurada pela administração da Soares da Costa no valor de 45 milhões de euros para fazer face a necessidades de tesouraria.

Os maiores credores da empresa são a banca, que tem créditos reclamados no valor de 696,7 milhões de euros. De referir que à banca era pedido um perdão de 75% da dívida em euros a que se soma mais 35% das dívidas contraídas em moeda angolana, sendo o restante pago a 18 anos.

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