Metro do Porto adjudica construção da estação Modivas Norte à Soares da Costa
A adjudicação da obra foi aprovada "na última semana", em reunião do conselho de administração da empresa. A obra está avaliada em 429 mil euros.
A Metro do Porto adjudicou a construção da estação da linha Vermelha Modivas Norte, em Vila do Conde, à construtora Soares da Costa, disse hoje à Lusa fonte da transportadora.
De acordo com fonte oficial da Metro, a adjudicação da obra foi aprovada “na última semana”, em reunião do conselho de administração da empresa.
A Soares da Costa “apresentou a proposta mais favorável no concurso público internacional, lançado em outubro”, sendo o valor da adjudicação da empreitada de 429.374 euros, disse.
O prazo de execução da empreitada é de quatro meses, contados a partir da consignação da obra, o que deverá ocorrer dentro de dias”, prevendo a Metro que “a nova estação fique concluída e operacional até ao final de junho”.
Esta nova estação representa um investimento global de cerca 1,2 milhões de euros, sendo comparticipado em partes iguais pela Neinver, gestora do Vila do Conde Sytle Outlet, e pela Metro do Porto.
A construção desta nova estação – a 82.ª da rede do Metro do Porto – esteve prevista desde o desenho inicial da rede do metropolitano e deveria ser executada em 2012. Contudo, foi retirada em 2011 do plano de atividades por indicação da tutela, quando apenas faltava lançar o concurso público.
A Metro do Porto estima que “mais de duas mil pessoas venham a utilizar diariamente a futura estação, que é precisamente contígua ao Vila de Conde The Style Outlets” e a “avaliação económica do projeto aponta para a recuperação do investimento público a cargo da Metro do Porto – e que é de cerca de 600 mil euros, 50% do valor global -, num prazo máximo estimado de 12 meses após a entrada em operação comercial da estação”.
“Em termos de impacto na procura global do sistema, prevê-se que Modivas Norte origine um aumento superior a um milhão de validações anuais”, referiu, acrescentando que, atualmente, cerca de 97% das deslocações até aquele espaço comercial são realizadas em automóvel.
A gestora daquele espaço “também levará a cargo a construção de acessos pedonais de ligação da estação à zona comercial”, concluiu.
A construtora vencedora desta obra entregou em agosto no tribunal um Processo Especial de Revitalização (PER) que, de acordo com o semanário Expresso do dia 07, terá de ser votado no dia 25 deste mês.
A Soares da Costa Construção (SdCC) reconhece 711 milhões de euros de dívidas, surgindo a CGD (179 milhões de euros) e o BCP (111 milhões de euros), como os principais lesados, seguidos do Bankinter (32 milhões), Banco Popular (21 milhões) e ex-BES Angola (18 milhões).
A lista de créditos reconhecidos incluiu ainda construtoras portuguesas como a Mota-Engil (766 mil euros) e a Somague (308 mil euros), destacando-se o grupo Elevo (resultante da fusão das empresas MonteAdriano, Edifer, Hagen e Eusébios), com 14 milhões de euros.
O semanário referia que, no total, o valor reclamado na lista provisória supera, contudo, os 1.400 milhões de euros, envolvendo 1.689 entidades, sendo o desvio entre a dívida reclamada e a reconhecida justificável com as responsabilidades cruzadas entre a SdCC e a SDC -Investimentos (duas empresas distintas que um aumento de capital na construtora separou) e o negócio das concessões de que a construtora é um acionista residual.
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