Ex dono do Financial Times tomba 20%

Ações da Pearson estão a ser penalizadas pela revisão em baixa das estimativas de resultados e pelos planos de venda da editora Penguin.

O maior grupo de educação do mundo e antigo dono do Financial Times – a Pearson – sofrem um tombo histórico em bolsa. As ações da empresa que detém ativos como o Wall street English caem mais de 20%, na bolsa londrina, depois de esta ter revisto em baixa as estimativas de resultados para este ano e o próximo, bem como a intenção de alienar a sua participação na editora Penguin.

Esta quarta-feira, a Pearson cortou o lucro previsto em 2017 para o intervalo entre 570 milhões (658 milhões de euros) e 630 milhões de libras (728 milhões de euros), aquém das estimativas da Bloomberg que antecipavam um resultado líquido na ordem dos 681,9 (788 milhões de euros), sinalizando que vai baixar os dividendos. O líder mundial do negócio da educação também baixou as suas previsões de resultados para 2018, em resultado da quebra das vendas de livros para o ensino superior nos EUA, que só no quarto trimestre do ano passado baixaram 30%.

“Atendendo a que anteriormente tínhamos antecipado que o mercado de livros para o ensino superior se iria manter estável em 2017, assumimos agora que muita dessa pressão irá continuar”, afirmou a empresa britânica num comunicado citado pela Bloomberg.

Uma das consequências da quebra de vendas de livros, é a intenção da Pearson vender a sua participação na editora Penguin Random House, o que está a ser interpretado como um recuo no negócio de educação. Com o resultado obtido na alienação de 47% da editora Pengin, a Pearson pretende investir no fortalecimento do seu balanço, bem como devolver parte desse retorno aos seus acionistas.

A venda dessa participação poderá render 1,2 mil milhões de libras (1,4 mil milhões de euros) à Pearson, segundo os analistas. O que não impede que as ações do grupo tombem 26%, para os 598 pences.

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