Petróleo cai 1%. Plataformas dos EUA valem mais que a OPEP?
Preços do petróleo seguem em queda, com o aumento do número de plataformas em atividade nos EUA a diminuir o impacto do corte de produção pelos países da OPEP.
O petróleo está em queda neste arranque de semana. A cotação do barril de petróleo recua em torno de 1%, com o mercado a dividir-se entre a relevância do corte de produção da matéria-prima por parte da OPEP e o aumento do número de plataformas em produção nos EUA.
O petróleo trava após três sessões consecutivas de avanço no final da semana passada, com o preço do barril de brent londrino a recuar neste momento 0,55%, até aos 56,39 dólares, apesar de já ter estado a desvalorizar 1,16%, para os 56,04 dólares. Já o concorrente crude desliza 0,59%, para os 53,54 dólares, em Nova Iorque, depois de já ter estado a perder 1,06%, até aos 53,29 dólares.
Petróleo em queda
Este desempenho acontece apesar de o ministro do petróleo do Kuwait ter avançado que os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) conseguiram cumprir em 92% o corte de produção de petróleo previsto ao abrigo do acordo celebrado no final do ano passado, ao mesmo tempo que os seus parceiros fora da esfera do cartel terão conseguido implementar mais de metade dos cortes previstos. O mercado parece estar a preferir valorizar o aumento do número de plataformas dos EUA em produção, que de acordo com a Baker Hughes atingiu o patamar mais elevado desde outubro de 2015.
Para a OPEP trata-se de um equilíbrio difícil. Ao reduzir a produção de petróleo, o cartel ajuda a impulsionar a cotação da matéria-prima mas, ao mesmo tempo, também torna mais rentável a exploração de petróleo para os produtores norte-americanos. “Trata-se de um dilema para a OPEP”, disse Spencer Welch, diretor de mercado de petróleo e de exploração da IHS Markit, numa entrevista concedida à Bloomberg. “Eles querem ajudar-se a si próprios e, ao fazê-lo, também estão a ajudar outros. Isto é inevitável. A OPEP diz que não pode mudar o que acontece nos EUA, pelo que sim: a produção vai aumentar”, acrescentou o mesmo especialista.
Desde que os membros da OPEP e outros 11 países produtores começaram a reduzir a produção de ouro negro no início de janeiro, que a respetiva cotação se tem mantido acima da fasquia psicológica dos 50 dólares por barril. A expectativa é de que o mercado petrolífero entre em défice durante a primeira metade deste ano, segundo estimativas da Goldman Sachs avançadas avançadas na semana passada.
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