Governo pisca o olho a investidores com fundo “sofisticado”

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2017

O programa "200M - Co-invest with the best" conta com 200 milhões de financiamento público português e incentiva os privados, nacionais ou estrangeiros, a investir na mesma proporção.

O secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, disse que o fundo de investimento público português em empresas tecnológicas e científicas 200M, que vai hoje apresentar em Londres, “é um dos mais sofisticados da Europa”.

Além de procurar garantir que os empreendedores portugueses não tenham de abandonar o país em busca de financiamento, o fundo tem como objetivo “atrair os melhores investidores que há nestas áreas“.

Estes, salientou João Vasconcelos à Lusa, “não são os que trazem mais dinheiro, mas os que acompanham o crescimento da empresa

“São os que trazem, para além de dinheiro, gestão, ‘know-how’, desenvolvimento de produto, marketing. Precisamos desses investidores que saibam investir em biotecnologia, em digital, em renováveis”, vincou.

São os que trazem, para além de dinheiro, gestão, ‘know-how’, desenvolvimento de produto, marketing. Precisamos desses investidores que saibam investir em biotecnologia, em digital, em renováveis.

João Vasconcelos

Secretário de Estado da Indústria

O programa, designado como “200M – Co-invest with the best”, conta com 200 milhões de financiamento público português e incentiva os privados, nacionais ou estrangeiros, a investir na mesma proporção, potenciando um total de investimento de 400 milhões de euros.

A condição base desde esquema de co-investimento é que as empresas que recebem o investimento tenham a sede fiscal em Portugal.

O fundo, que João Vasconcelos considerou “um instrumento dos mais sofisticados da Europa para capitais de risco“, foi anunciado no ano passado, no âmbito do Web Summit, a maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo, que se realizou em Lisboa.

A apresentação será feita ao final da tarde nas instalações da Second Home, uma das mais conhecidas incubadoras de ‘startups’ mundiais, que possui o seu segundo espaço em Lisboa, no Mercado da Ribeira.

Antes, o secretário de Estado visitará as instalações das tecnológicas Farfetch e Seedrs, fundadas pelos portugueses José Neves e Carlos Silva, respetivamente.

O sucesso destas empresas, bem como a visibilidade dada pelo Web Summit, estão a “facilitar” a visita de Vasconcelos, que hoje continua uma série de encontros privados com investidores, iniciados na segunda-feira para promover as condições de investimento e trabalho em Portugal na área da tecnologia.

“É um bom momento para Portugal”, admitiu o secretário de Estado, referindo a atratividade de Lisboa e do Porto para jovens empreendedores, onde se conseguem integrar facilmente sem mudar de fuso horário.

Esta imagem positiva do país poderá atrair empresas preocupadas com o impacto do ‘Brexit‘.

“Há aqui uma oportunidade. Muitos deles são investidores e empresas de vieram de fora do Reino Unido e que estão atentos a oportunidades para investimento na Europa, porque não querem ter todo o seu portfolio num país que vai sair da Europa”.

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