Uber investiga caso de assédio sexual

A empresa está a investigar um caso de assédio sexual ocorrido dentro da estrutura interna. Em causa estão as alegações de uma ex-funcionária que diz que os recursos humanos ignoraram o problema.

A Uber está a enfrentar acusações de assédio sexual. Em causa está um texto de uma ex-engenheira da empresa onde esta descreve situações de alegada discriminação sexual. Confrontado com as palavras de Susan Fowler, o presidente executivo já ordenou que se faça uma investigação interna ao caso, avança a Bloomberg. Travis Kalanick respondeu assim a um problema transversal a Silicon Valley onde continuam a existir poucas mulheres.

A ex-programadora de software da Uber relata que foi abordada diversas vezes pelo seu superior hierárquico, tendo reportado as situações aos recursos humanos que alegadamente não deram seguimento ao problema. “Era claro que ele estava a tentar ter sexo comigo e que estava a ultrapassar a linha do razoável, daí que tenha feito imediatamente screenshots das mensagens de chat para reportar aos recursos humanos“, relata Susan Fowler no texto intitulado “Refletindo num muito, muito estranho ano na Uber”.

Em resposta disseram-lhe que o gestor em causa estava bem posicionado internamente e que não queriam castigá-lo pelo que consideraram ser um “erro inocente”. Travis Kalanick leu o post e reagiu no Twitter afirmando que o que é descrito “vai contra tudo o que a Uber apoia e acredita”. “Este tipo de comportamento não pode ter lugar na Uber”, garantiu, assumindo que “quem se comporta desta forma ou pensa que isto é OK será despedido”.

Na sequência do texto, o CEO da Uber pediu à diretora dos recursos humanos, Liane Hornsey, para abrir uma investigação “urgente” tendo em conta estas alegações. Esta investigação contará também com Arianna Huffington, a empresária de media que está também no Conselho de Administração da empresa.

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