Wall Street escapa ao efeito do petróleo, mas por pouco

O petróleo afundou nos últimos dias, atingindo mínimos em 2017. Wall Street escapou a essa influência negativa com as ações dos bancos a valorizar na perspetiva de maior desregulação nos EUA.

Pela primeira vez em 2017 o preço do petróleo baixou dos 50 dólares, depois de uma trajetória que o preço do petróleo tinha vindo a fazer de recuperação desde os últimos meses do ano passado. Apesar da desvalorização da matéria-prima, a bolsa norte-americana escapou ao terreno negativo, ainda que por pouco. Os investidores estão a aguardar os dados do emprego divulgados amanhã pelo gabinete oficial.

O efeito não tardou a fazer-se sentir nas energéticas cotadas em Wall Street, apesar de ter sido compensado com subidas no setor financeiro. Porquê? Uma das razões apontadas é o facto de hoje a administração Trump ter voltado a insistir na mudança da lei bancária que impede, neste momento, os bancos de acumularem uma parte comercial com uma parte de investimento. Já o setor energético foi prejudicado, segundo a Bloomberg.

O expressivo aumento das reservas de petróleo nos Estados Unidos apanhou os analistas de surpresa, sinalizando que continua a existir uma elevada oferta da matéria-prima, isto apesar das tentativas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para por fim ao excesso de barris no mercado e dar um impulso às cotações. Além disso, esta quinta-feira a Repsol anunciou que encontrou a maior reserva de petróleo de há 30 anos.

Os três principais índices norte-americanos fecharam em terreno positivo, contrariando o que se tinha vindo a verificar esta semana. Contudo, os ganhos foram poucos. O Dow Jones e o Nasdaq subiram 0,02%. Já o S&P 500 registou uma valorização de 0,12% para os 2.365,84 pontos. A tecnológica recém estreada em bolsa, a Snap, também ficou praticamente igual com uma ligeira desvalorização de 0,18% para os 22,77 dólares por ação.

Os investidores também estão com atenção aos números relativos ao nível de emprego nos EUA, que vão ser divulgados esta sexta-feira. Com os níveis do desemprego a chegarem a mínimos muito promissores, os investidores norte-americanos ainda devem esperar pelos dados oficiais, mas a subida dos juros parece uma realidade que parece cada vez mais provável de chegar já neste mês. A Reserva Federal reúne-se nos próximos dias 14 e 15 de março, datas essenciais para os investidores perceberem como vai atuar a Fed perante Donald Trump como presidente.

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