Juros de Portugal voltam a baixar dos 4%
Os juros da dívida portuguesa estão em queda. Recuam pela quarta sessão consecutiva, estando novamente abaixo do patamar dos 4%.
Os juros da dívida portuguesa voltaram a baixar da fasquia dos 4%. Depois da forte subida registada no seguimento da alteração das linhas de referência para as diferentes maturidades da dívida nacional, a taxa a dez anos começou a corrigir perante os bons sinais da economia, mas especialmente do défice. Chegou a 3,998%.
A taxa de juro portuguesa no prazo a dez anos está a recuar pela quarta sessão consecutiva. Nesta sessão, está a cair mais de sete pontos base, tendo chegado a mínimos de 15 de março ao tocar nos 3,998%, de acordo com os dados da Bloomberg. Portugal segue tendência dos restantes países do euro, mas com uma queda mais expressiva que leva o diferencial face à dívida alemã para 358,9 pontos.
Os juros nacionais têm vindo a corrigir desde que a revisão das linhas de referência para as diferentes maturidades da dívida colocaram a taxa a dez anos nos 4,3%. Uma queda acentuada patrocinada pelos bons indicadores que têm sido revelados pelo país rumo à saída do Procedimento por Défices Excessivos (PDE).
Juros regressam aos 4%
O INE revelou, no final da semana passada, que Portugal atingiu o défice orçamental mais baixo desde o início da democracia: 2,1%. O valor abre a porta para que Portugal saia do PDE aplicado ao país desde 2009, por ser inferior não só ao valor de referência de 3,0% previsto no Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), mas também da meta mais exigente, de um défice de 2,5% do PIB, definida para o país aquando do encerramento do processo de aplicação de sanções.
No seguimento da divulgação deste número, Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos económicos, proferiu declarações que vão ao encontro precisamente da possibilidade de Portugal poder sair em breve do procedimento por défice excessivo. “Durante a crise, mais de dez países estavam sob procedimento por défice excessivo, agora restam três. Portugal sairá em breve, a França em 2017 e a Espanha em 2018”, declarou o comissário.
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