Mais impostos tiram 20% aos lucros da Navigator

A Navigator viu os seus resultados líquidos encolherem nos primeiros três meses do ano. Há uma quebra que é explicada pelo aumento da fatura fiscal.

A Navigator lucrou, mas menos. A empresa liderada por Diogo da Silveira fechou o primeiro trimestre com resultados líquidos de 35,6 milhões de euros, um valor que representa uma quebra de 20% face ao mesmo período do ano passado. A explicação está nos impostos. As receitas continuaram a crescer.

“Os resultados líquidos do trimestre foram de 35,6 milhões, e comparam com um resultado líquido de 44,7 milhões no primeiro trimestre de 2016, tendo este beneficiado de uma taxa efetiva de IRC de 16,88%, minorada por benefícios fiscais contratuais entretanto esgotados. Deste modo, a taxa efetiva de imposto no período voltou a situar-se em 27,5%”, diz a Navigator em comunicado à CMVM.

Tal como os lucros, também o EBITDA encolheu. “O EBITDA registado no trimestre situou-se em 90,2 milhões, ligeiramente abaixo do valor registado no ano anterior“, diz a empresa, salientando que “no primeiro trimestre, foram contabilizados alguns custos não recorrentes associados ao início de produção e comercialização das pellets de cerca de dois milhões de euros”.

Estas quebras acontecem num contexto em que o volume de negócios registou um aumento de 2,1%, para um valor de 392,7 milhões, possibilitado pelo bom desempenho operacional nas vendas de pasta, de tissue e de energia, tendo o negócio de papel registado também um nível de vendas acima do previsto.

Menos dívida, menos custos

A Navigator diz que “continua a trabalhar na redução global dos seus custos e no aumento de produtividade “e registou, já no primeiro trimestre, uma evolução positiva, com um impacto estimado de cerca de 6 milhões no EBITDA”. A maior eficiência operacional será conjugada com a redução dos custos associados à dívida, também ela mais baixa.

“No final do trimestre o endividamento bruto era de 707,1 milhões de euros, sendo a dívida líquida de 616,6 milhões, o que representa uma diminuição de 24,1 milhões em relação ao final do ano de 2016“, refere a empresa liderada por Diogo da Silveira. “Em termos do custo a dívida, importa salientar que, em resultado do processo de reestruturação da dívida concluído em 2016, o custo das operações de financiamento continua a ter uma evolução positiva, tendo registado um decréscimo de 777 mil”, conclui.

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