Travão às apostas na queda. Liberbank dispara em Espanha
Os receios de que o Liberbank possa ser o próximo a cair levaram a uma forte queda das ações. Foi imposta uma proibição às apostas na queda dos títulos do banco, mas não às dos restantes.
O Liberbank protagonizou uma forte queda em bolsa no final da semana passada. Depois da resolução do Banco Popular, que foi comprado por um euro pelo Santander, os investidores começaram a refletir nos títulos da instituição os receios de que houvesse uma repetição da história, ditando uma queda recorde das ações. O regulador interveio, proibindo as apostas na descidas dos títulos. As ações estão a subir mais de 30%, mas o resto do setor afunda.
Os títulos do banco espanhol chegaram a ganhar um máximo de 36,47% durante esta primeira sessão da semana, a subida mais expressiva desde que o Liberbank entrou em bolsa. Seguem a valorizar 32,79% para 90,3 cêntimos, corrigindo assim da forte desvalorização registada no final da última semana. Numa só sessão, as ações chegaram a cair 41%.
O banco estava em queda há dez sessões — esteve 14 sessões consecutivas sem valorizar –, movimento que levou os investidores a temerem o mesmo rumo que o Popular, banco que acabou por ser alvo de uma medida de resolução após várias semanas de quedas acentuadas em bolsa. É que também Liberbank deverá necessitar de um aumento de capital para cobrir perdas com ativos imobiliários e outros empréstimos mais problemáticos.
A correção registada nesta primeira sessão da semana é também resultado do aliviar das preocupações dos investidores, mas principalmente da imposição de um travão às apostas na queda dos títulos do banco. Tanto a CNMV, a homóloga espanhola da CMVM, como a ESMA, o regulador do mercado europeu, proibiram novas posições curtas sobre a instituição durante um mês.
Enquanto o Liberbank está a salvo dos especuladores, os restantes bancos não. E há pressão vendedora sobre o resto do setor. O Bankia e o Sabadell registam quedas de 2%, assim como o CaixaBank, que comprou o BPI, que recua 1,93%. Estas quedas estão a pesar no índice espanhol, o Ibex-35, que está a perder mais de 1%.
(Noticia atualizada às 10h17 com o comportamento negativo dos restantes títulos do setor financeiro espanhol)
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