BPI: PIB vai crescer 2,5%. Investidores devem apostar na Sonae

  • Rita Atalaia
  • 14 Junho 2017

O crescimento da economia portuguesa cria boas oportunidades para quem está à procura de investimento. Há, neste cenário, uma cotada que se destaca: a Sonae, diz o BPI.

A economia portuguesa está a crescer. E ainda vai crescer mais: 2,5% em 2017. Um cenário positivo que cria boas oportunidades para quem quer investir no mercado acionista ibérico. A conclusão é do BPI. Esta melhoria do cenário económico acaba por beneficiar uma das empresas mais expostas ao mercado nacional: a Sonae, a dona do Continente. A empresa liderada por Paulo Azevedo substitui assim a EDP na lista das preferidas do BPI.

“Em Portugal, o crescimento económico e a consolidação das contas públicas excederam as expectativas: o PIB cresceu 2,8% no primeiro trimestre de 2017, o aumento mais acentuado desde o final de 2007″, destacam os analistas do BPI, que projetam uma expansão de 2,5% no total do ano, “graças ao investimento e exportações”. A estimativa anterior era de um crescimento de 1,5%.

Este crescimento beneficia claramente as empresas mais expostas ao mercado doméstico, como é o caso da Sonae. “A Sonae está altamente exposta a Portugal (mais de 90% das vendas), onde as tendências positivas a nível do consumo, imobiliário e turismo devem continuar a influenciar os resultados da empresa”, afirmam os analistas do BPI.

A Sonae está altamente exposta a Portugal (mais de 90% das vendas), onde as tendências positivas a nível do consumo, imobiliário e turismo devem continuar a influenciar os resultados da empresa.

Analistas do BPI

O BPI refere ainda que as ações da Sonae “têm reagido bem à melhoria dos resultados, reestruturação [da empresa] e aumento da confiança no país“. Para os títulos desta cotada, o banco atribui uma recomendação de comprar e um preço-alvo de 1,30 euros. Os títulos estão a cotar nos 0,98 euros, pelo que o potencial de subida é de 32%. No cabaz estão também a ACS, Cellnex, Ferrovial, Fluidra, NH Hotel Group, Sabadell, Zardoya Otis, Ebro Foods.

O otimismo em torno do impacto positivo que o crescimento económico terá na Sonae acabou mesmo por levar o BPI a substituir a EDP pela Sonae na lista das suas preferidas. A energética — cuja recomendação caiu de comprar para neutral e o preço-alvo manteve-se nos 3,70 euros — está a cumprir a sua estratégia, mas as margens “saturadas” na Península Ibérica e a perceção de risco em torno da regulação poderão pressionar a EDP no curto prazo, afirmam os analistas.

A Sonae lidera a lista das preferidas, mas há outras cotadas que se destacam. É o caso da Impresa. O BPI atribui uma recomendação de comprar e um preço-alvo de 45 cêntimos. Os analistas salientam o crescimento das receitas, processo de reestruturação na SIC e ainda redução dos custos. Mas o banco também destaca os CTT devido ao crescimento económico, mas também ao comportamento dos juros da dívida nacional.

Se a Impresa e os CTT são apresentados como runners-up, ou seja, cotadas que podem vir a entrar no cabaz das eleitas do banco no mercado ibérico, a Nos surge como a única cotada apontada como underperformer. A explicação para a visão negativa sobre a empresa liderada por Miguel Almeida está na concorrência que existe no setor, nomeadamente tendo em conta a corrida aos conteúdos.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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