Menos barris na América, mais 2% de valor nos mercados

O petróleo segue a valorizar mais de 2% nos principais índices após o anúncio de uma quebra nas reservas norte-americanas. A matéria-prima avança pela quarta sessão consecutiva perante a perspetiva de uma redução do excesso de oferta no mercado, o que permitiu ao Brent superar novamente a fasquia dos 45 dólares.

Em Nova Iorque, o barril está a subir 2,26% para os 44,36 dólares, recuperando assim da forte queda nos últimos meses que o levou a entrar em bear market. Em Londres chega aos 46,93 dólares, uma valorização de 2,4%, voltando assim a negociar acima do patamar dos 45 dólares.

O Instituto do Petróleo Americano revelou que as reservas americanas reduziram-se em 2,5 milhões de barris. As reservas americanas têm vindo a afetar a subida de preços do petróleo ao pôr em causa os cortes na produção acordado entre os países da OPEP e alguns aliados, como a Rússia.

As reservas americanas, apesar de se manterem acima da média dos últimos cinco anos, têm estado em declínio desde março. A redução de 2,5 milhões de barris parece agora suficiente para animar os investidores.

Apesar de o “ouro negro” estar a valorizar, o saldo no mês é “negro”. Este é, até agora, o pior mês de junho dos últimos trinta anos, com o petróleo a desvalorizar quase 10%.