Portugal volta aos mercados com dívida de muito longo prazo

O IGCP vai realizar um duplo leilão de dívida durante a próxima semana. Vai emitir títulos a dez anos ao mesmo tempo que realizará um leilão de obrigações de muito longo prazo, com maturidade em 2045.

Portugal está de volta aos mercados de dívida de longo prazo. O IGCP vai realizar um duplo leilão de obrigações com maturidades de dez e quase 30 anos, numa altura marcada por alguma agitação no mercado. O objetivo da agência liderada por Cristina Casalinho é obter até mil milhões de euros com ambas as operações de financiamento.

“O IGCP vai realizar no próximo dia 12 de julho pelas 10h30 horas dois leilões das obrigações do Tesouro com maturidade em 14 de abril de 2027 e 15 de fevereiro de 2045, com um montante indicativo global entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros“, refere o comunicado. O ECO já tinha revelado que iria ser anunciado um novo leilão na próxima semana.

O Commerzbank esperava um leilão de títulos a cinco e dez anos, num montante entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros. O IGCP acabou por anunciar um duplo leilão de prazos mais longos, sendo de salientar o regresso de Cristina Casalinho a operações de muito longo prazo, de praticamente 30 anos.

Em antecipação a este anúncio, as taxas da dívida portuguesa subiam de forma considerável face a outros países da periferia. Embora a tendência de agravamento se verifique desde a manhã, intensificou-se nas primeiras horas da tarde, com a taxa a dez anos a agravar-se em 10,4 pontos base para 3,16%. No prazo a 30 anos está acima dos 4%.

O mercado de dívida tem estado sob tensão, especialmente depois de conhecidos os relatos da última reunião do Banco Central Europeu. Nestas atas é revelado que foi discutida a possibilidade de abandonar do comunicado a ideia de poder ser aumentado o programa de compras de dívida, algo que está a ser visto como um sinal de que o BCE está preparado para arrancar com a inversão da política monetária.

(Notícia atualizada às 16h40 com mais informação)

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