Marcelo quer Pedrógão fora da campanha eleitoral
O Presidente da República quer que os portugueses sejam esclarecidos acerca do destino dos fundos para Pedrógão Grande, e que a tragédia não seja utilizada na campanha autárquica.
Marcelo Rebelo de Sousa pediu para que a tragédia de Pedrógão Grande não seja arma de arremesso político em vésperas de autárquicas. “São só três semanas”, lembrou o Presidente da República, num momento em que se instala a polémica sobre o destino dos donativos para os fundos de solidariedade a favor dos concelhos afetados pelos incêndios da zona centro do país, no passado mês de junho.
Marcelo sublinha a necessidade de esclarecer os portugueses que só uma parte dos fundos é gerida pelo Governo e que o restante está a cargo de entidades “escolhidas pela sociedade civil”. Em caso de lapsos, Marcelo refere que devem ser corrigidos.
Por fim, apela para que a tragédia trazida pelos incêndios não seja uma forma de aproveitamento político em contexto de eleições autárquicas. “Pediria que houvesse um pacto a pensar que as eleições são no dia 1 de outubro, e a questão de Pedrógão, de Castanheira de Pera, de Figueiró dos Vinhos, e outros município vizinhos continua depois da campanha eleitoral”, refere.
Em resposta às declarações de Teresa Morais em conferência de imprensa, o Governo entretanto emitiu um comunicado onde faz o balanço do REVITA. Trata-se de um fundo social onde são depositados e geridos os donativos enviados para a recuperação dos concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande.
Segundo o comunicado do Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, o fundo é gerido por um Conselho de Gestão composto por um representante do Governo, um representante das autarquias afetadas e um representante das instituições particulares de solidariedade social e associações humanitárias de bombeiros. O mesmo documento confere que o fundo já juntou mais de duas dezenas de entidades, e que já recolheu cerca de dois milhões de euros em donativos monetários.
Também esta terça-feira, o presidente de Pedrógão Grande anunciou que já foram reabilitadas quatro casas destruídas pelos incêndios no concelho. Existem ainda dez obras adjudicadas, 99 processos entregues a instituições, 17 em avaliação, 21 em consulta de preço e 43 ao abrigo do fundo REVITA. O autarca anunciara no final do mês passado que estaria a trabalhar com a Fundação EDP no sentido de reforçar uma equipa no município com engenheiros, arquitetos e desenhadores, de forma a impulsionar a reabilitação das casas afetadas pelos incêndios, segundo a agência Lusa.
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