Espanha dá como perdidos 40 mil milhões com ajuda à banca
Antes o valor ascendia a 60 mil milhões de euros, agora o Banco de Espanha fala em 40 mil milhões. Este é o total injetado na banca espanhola durante a crise que deve ser dado como perdido.
Espanha já não vai perder mais de 60 mil milhões de euros injetados na banca espanhola durante a crise. Apesar de a fatura ainda ser elevada, ascende agora a 40 mil milhões de dinheiros públicos, de acordo com os cálculos atualizados do Banco de Espanha. Mas a instituição liderada por Luís Linde faz uma ressalva: este valor pode baixar ainda mais com a conclusão de várias operações pendentes, como é o caso da venda do Bankia.
Segundo dados citados pelo El País, o Estado injetou 54.353 milhões de euros nas instituições financeiras espanholas. E, desse total, o regulador prevê que tenha recuperado apenas 3.873 milhões. Com operações que ainda estão pendentes, como é o caso da venda da participação que o Estado tem no Bankia, estima que a esse valor se juntem outros 10.402 milhões. Por isso, feitas as contas, vão ficar por devolver perto de 40 mil milhões. De acordo com as tabelas reveladas, o banco liderado por Luís Linde dá este dinheiro público como perdido.
Em causa está a injeção de capital que o Estado fez em 14 bancos desde 2009. Este resgate foi feito de duas maneiras diferentes: uma parte em dinheiro dos contribuintes, canalizado através do Fondo de Reestructuración Ordenada Bancaria (Frob), ou seja através do regulador; a outra parte através do Fundo de Garantia de Depósitos. No total, estes dois mecanismos injetaram 64.098 de euros, tendo apenas recuperado 4.546 milhões.
Mas o Banco de Espanha insiste que este processo ainda não está fechado, uma vez que são perdas potenciais. Segundo o relatório da entidade, o cálculo final destas contribuições “não pode ser feito até à liquidação final” de todos os ativos, referindo-se sobretudo à futura venda do Bankia.
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