5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Dos juros da dívida nacional aos inventários de crude nos EUA, passando pelo sentimento dos investidores alemães e pelo arranque da reunião da Fed, há muito a que os investidores devem estar atentos.

Será que os juros da dívida nacional vão descer ainda mais após a retirada do rating nacional do “lixo” por parte da Standard & Poor’s? Este tema promete ser um dos principais focos de atenção dos investidores, num dia em que também arranca a reunião mensal da Fed, onde poderá ser decidida uma redução do balanço do banco central norte-americano. Na Europa também será dia de saber como evolui a confiança dos investidores na Alemanha, o motor da economia da zona euro.

Juros da dívida nacional: novos mínimos à vista?

A surpreendente decisão da Standard & Poor’s em retirar o rating de Portugal do “lixo” afundou, nesta segunda-feira, os juros da dívida nacional para mínimos do final de 2015. A yield da taxa a dez anos recuou abaixo da fasquia dos 2,5%, pela primeira vez desde aquela ocasião. Na sessão desta terça-feira, as atenções prometem estar novamente centradas no rumo dos juros soberanos nacionais e na confirmação, ou não, de novos mínimos das taxas.

Como vai o sentimento dos investidores?

A divulgação de mais dados económicos poderão dar novas pista sobre o rumo da economia europeia. Depois de nesta segunda-feira ter surgido a confirmação da aceleração da inflação na zona euro para 1,5%, em agosto, chega a vez de serem divulgados dados sobre a construção, mas relativos a julho. Também será divulgado o índice ZEW, que mede a confiança dos investidores na maior economia europeia — a Alemanha — relativo a setembro. As estimativas da Bloomberg apontam para que este indicador se tenha deteriorado nesse mês, passando da anterior leitura de 86,7, para 86,2 pontos.

Fed reúne: foco na redução do balanço

Nos Estados Unidos, arranca a reunião de dois dias de política monetária da Reserva Federal (Fed). A discussão do início da redução do balanço da entidade liderada por Janet Yellen deverá ser um dos temas em discussão. De acordo com as minutas da reunião de julho, alguns dos membros da Fed já estavam preparados nessa altura para anunciar a data do início do programa de redução do balanço do banco central norte-americano, mas terão adiado o tema para a reunião deste mês. O balanço do banco central norte-americano é de 4,5 biliões de dólares. Será que a Fed vai começar a cortar os valores a reinvestir no seu balanço? Certezas absolutas só a partir de quarta-feira, quando termina a reunião que hoje arranca.

FedEx divulga contas trimestrais

Mais um dia marcado pela divulgação de contas trimestrais nos Estados Unidos. A FedEx é uma das cotadas de maior dimensão a revelar o balanço das suas contas nesta terça-feira. Segundo a Bloomberg, a empresa especializada no envio e entrega de encomendas deve apresentar resultados relativos ao primeiro trimestre fiscal aquém do esperado, bem como rever em baixa os seus objetivos para o ano, penalizada pelos efeitos do ciberataque que a sua unidade TNT sofreu em junho. A Adobe Systems é outra das cotadas norte-americanas a prestar contas.

Petróleo em alta. E os inventários do crude?

As últimas sessões têm sido marcadas pela acentuada valorização dos preços do petróleo nos mercados internacionais. Ganhos que têm sido alimentados pela revisão em alta das estimativas de procura da matéria-prima. Na semana passada, a Agência Internacional de Energia reviu em alta ligeira a estimativa da procura mundial de petróleo para 2017 e 2018, sublinhando que os operadores esperam uma subida do preço do barril. Esta terça-feira será a vez de o Departamento de Energia dos Estados Unidos revelar o relatório semanal dos inventários de crude. A divulgação destes dados poderão influenciar o rumo das cotações do petróleo nesta sessão.

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